Estrela do Norte 1865

no foi atacado de escarlatina, e morreu pouco depois. ·o dia seguinte peguei em Tanny, que chorava amar:•amante, para a levar a contemplar os re tos do seu ami– go. ~unca vi agonia simHhante, impres– sa no rosto de uma criança de tão tenra idade; até que emfim, depois de ter con– templado em triste silencio as feições do defuncto, voltou-se para sua mãi e, en– tre soluços, perguntou-lhe, se lÍ1e seria permittido orar pelo pobre Guilherme. r.1as, sem esperar resposta, ajoelhou com as mãos postas, e o rosto virado para o céo, r ecitando o Padre-Nosso. Estavamas presente doze pessoas, mas nenhuma com os olhos enxutos. Como esta criança uma livraria de Sermõe . Por es tes mo– th·os ómcnte não posso vc1· um mendigo sem alliviar as ua necessidades com a minha bolça, ou a sua alma com as mi– nhas orações. Os e ta.d istas, que traba– lham por inventar uma republica sem a pobreza, roubam o obj ecto da nos a ca– ridade, não sóment~ ~ão cnten~endo a. republica. de um chr1 tao, mas amda es– quecendo-se da propllecia de Chri to. ( Da fütrella do Sul. ) -Lê-se no C1uzei1'0 do Brazil: é amada ! l\las apezar de todo o amor de seus pais, não creio que seja amada na terra, como o é no céo. Os anjos a guardem 1 » Assim o coração de uma criança ensina– lhe instinctivamente, que é bom orar pe– los mortos, e os pais enternecidos já não sabem onde estão os seus argumentos de herejes para falsificar a índole feliz de sua filha. Admiram uma idéa de piedade, sem bem saberem porque, e a sensibilidaJe fal-os esquecer o seu rígido protestantis– mo, até chegarem a pedir aos anjos, que velem pela sua filha, sendo que, segundo a sua seita, é idolatria invocar outrem que não seja Deos. o acto contado por aquel– le pai commovido não seria admiravel da parte de uma criança catholica. E' que o protestantismo trabalha por mirrar a al· ma, condemnando-a á mais afllictiva ari– dez. Mas desde que a alma so[re, e se re– colhe em si mesma, o verdadeiro dogma christão appresenta-se-lhe involuntaria– mente ao coração como alimento e conso– lação. u Publicou-se em Paris O Evange lho ex– plicado, def endido,_ meditad?~ ?tL exp~ içao exegetica, apologetica e homihttca da vida de Nosso Senhor Jesus Christo, segundo a har– monia dos Evangelhos, po:.: M. abbade Dehaut; 4 volumes de i:iOO paginas, u o Monde fallando desta obra escreve: - u E' uma das melhores apoloµ-ias do Cbristianismo, que tem apparccido até hoje.» u o autor segue o grande mcthodo, o methodo dos padres da tgreja, que con– siste antes em mostrar a verdade, do que em l'efutar o erro. » ..4.pl101.•is111os, pens1.xine11tos e J.ºfl!– Rexõeliii 1.•eligio@a s. MOTIVOS DA CARIDADE. Se somos dirigidos, diz Sr. Thomas Brown, sómente por nossas particula~es disposições, e não regulamos as nossas in– clinações por alguma regra mais alta do que a da nossa razão, seremos sómente moralistas; a theologia com tudo nos cha– mará. pagãos. Por conseguinte esta gran– de obra da caridade deve ter outros mo– ti vos, outros fins e impulsos. Não dou es– molas para satisfazer a fome de meu ir– mão, poeém para executar e cumprir a vontade e mandado de meu Deos ; não tiro a minha bolça por amor daquelle que me pede; porém d'Aquelle que m'o ordena; não soc,corro a nenhum homem pela rhe– torica de suas miserias. - u Aquelle que dáao pobreemp-resta ao Senhor;n hamais rhetorica nesta unica sentença do que em POR UM PADRE DE i\lINAS. - O homem na ordem da natureza nas– ce, cresce, alimenta-se, mancha-o o e-rro conserva os laços da especie, rege-se n~ vinculo da sociedade, e para morrer pre– para-se. Na ordem da. Craça, segundo a divina philo~ophia d_o ~hl'istianismo, nas– ce para a vida espiritual no haptismo; cresce e corrobora-se na confirmação; nutre-o a Eucbaristia, purifica-o das ma– culas do peccado a santa sisterna da Pe– nitencia, perpetua-o na especie o sacro– sancto matrimonio : a Ordem deputa a Igreja, perfeito governo, divina socieda– de, magistrados e pastores, que a regem ; e qual atléta valoroso nos derradeiros combates da vida unge-o o oleo da Extre– ma-Unção. - Sendo a morte o écho da vida, só sa– berá morrer quem houver sabido viver. Typ. da EsTRELLA DO Non·rE.

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