Estrela do Norte 1865

- Assustais-m , exclama neste ponto a folha do alamo commovida ; parece-me que al um exces o de raiva vos perturba a razão. Desprendermo-no ? 1 Fugirmos? 1 Pai pensai ni so ? Quem dará sombra a ~ste bosque quando nó aqui não esti– vermo ? que mys terio o véo cobrirá os r etiro da ti mi da cor, a? quem receberá o onalho para humedecer a terra? Quem ab orverá o suecos para dar vida á arvo– r e secular que nos alimenta? - Confe so-vos que isso pouco me im– por ta. Ou tras fi carão depoi de eu partir. - 'ão é necessario irdes longe, acredi– tai-me, parn achardes sorte peior do qne a nossa . Vêde a nos~as pobres irmãs mor tas que vagu eiam a nossos pés ; as– sim que o ven to as de pega cahem por terra para ahi murcharem. - E tavam j á fracas e d bilitadas; a li– ber dade · as pe t·deu ; poróm eu, cheia de verdor e de força, a li ber dade me salvará. - .Bastantcs ini migos e bas tantes peri– gos enco ntrar íeis no vosso caminho. -Eu , mi nha ir mã, sou fo lha de carva– lho, e não conheço perigos. - Lembrai- vos de um certo cortador de lenha, que nos c.1usou tanto medo na pri– mavera? Ello dizia roma Yós: « Quero ir correr o mundo ainda que isso me cause trnbalhus, porque aqui morro de fome , e não tenho agoa para beber. » Partiu para a cidade, e sabeis como elle voltou? cheio de mi seri a, desanimado pela indif– ferença elos homens, e com o coração op– primido pela t ri steza, mas bem ditoso -a ind a por encontrar outra vez o seu ma– chado seu pão trigueiro e a sua floresta. - u'a out ros que partiram e nunca mais voltaram. brias margens, s não na hora em que os v ntos despojam a natureza . Filhos e filhas, recebei este conselho ; não queirais abandonar vossos pais e mai pura fr gozat· dei liberdudf! , que tanto almeja, : vede que vos acontecerá as mai das ve;;e ome mo queaconteceu á folha de carvu.lho; nao despre– zeis áquelles que vos det am o na cimento e os accompanheis até que Deos os leve para si. ( Lcilliras 11opulare . ) A. mulher regenerada 11elo ebristiau i s11no. ( Condusão. ) IV. Roma foi a successora de Atbenas; cou– be-lhe a voz, e a humanülade caminhou mais um signo no firmamen to do pr o– gresso. Sciencias, artes, governo, leis, tudo se desenvolveu. A philosoph a aper– feiçoou-se; mas quanto ao ct cst ino da mu– lher? Deu tambem mais um pa~so com a humanidod e ; ella pôde assistir aüs fes– tejos da intelligencia, e aos ospectaculos que até então lhe eram negados~ emfim a mulher teve licença para saber I Causa vergonha o dizel-o I Além disso, sua per– sonalidade fôra. garantida por um dote: porém não estava tudo feito ; a mulher ainda fôra infeliz se seu destino parasse ahi I Ainda não fôra dado o signal para sua completa regeneraÇ,ão 1 Breve ! V. - E' que uns são felizes e outros não. A' nuvem não fal ta vento que a conduza, Um dia lá do extremo ela Asia, uma voz 0 passar:o _acha o seu sustento, e o regato se fez ouvir, e o velho mundo pagão tre- 0 seu dech ve. Opassara , o r egato, e a nu- meu e vacillou em suas bases, e os idolos vern estão onde o Crcador os collocou, vós do Egyptu baquearam. Essa voz era a do sois f'oll1a, minha irmã, e nosso lagar é Messias, o promettido, o filho do Eterno. nesse ramo. ~ascido de uma Virgem, o Christo não - Tudo isso são h istorias I o vento le- qmz ver a luz do dia n'um berço sump- vanta-se ; é occasi?o, a~eus. . . tuoso, mas sim n'um ber ço de pa.lha para Partiu , com effeito a imprudente folha collocar no mesm_o nivelo grande e' 0 pe– de carvalho, despr~zando a arvore que lhe queno, para ensmar a confraternid ade tinha dado o nascimento; por chuncras uni versa!; porque os faustos e o luxo não deixou o ramo que a sustentava. poderiam augmentar sua grandeza! Que aconteceu ?-Não cheg?u á monta- Era a voz des_se Jesus, que se entregou,.... nha, nem fresco reg:i,to a vm sobre ~s a to~os os solirunentos e martyrios, para bord as. -Ainda não trnha cbega_do a no1- ren;ur o horo.eru ,de sua falta primitiva 1 te e iá secca, despedaçada, esten<lld~ sobr~ Era a voz eles.se que-quiz ser crucifica– .a terra 0 pisada pelos r ebanhos, nao ros- do·para dar a vidaHb orea tura peccadora 1 tava d~lla senão tristes edaços. Era a voz desse, que, pregado o di vino A folha do alamo mais prudente.e.hu - 1 corpo sobre o.s braços de u ma cruz, pela. milcle O satisfeita com sua sorte vivou malvadeza e ingrati dão dos l10mens, le– a inda 'longos dias, e não cahiu nas som- vantando os olhos ao céo exclamou : Per-

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