Estrela do Norte 1865

,1 ~TRELL..1 DO NO.BT.E, fé a todo.- os fiéis, ás mais humildes r0mo A. fo!ha de C!RrYnlla@ e follaa ás mais sublimes intel igenc ias ; todo~ ca- cio ala1n o. rccem de suas graças r sacramentu. , e mui tas nzes succede que não o maior le- ( rAnULA. ) trado m.is o mais ignorante, de coração simpic.; e humilde, é quem delles mais Dizia urna folha de carvalho á folha do aproveita. alarno : - Que pen as, minha irmã, da E quantas yezesaquclle,a quem o mun- vida que temos? Não ó bem cu toso vi– do acha apoucado de entend imento, não ver, como nôs, sempre prezas ao mesmo é allumiado com os mais sub limes cxplcn- ramo, n ii.o o deixando senão para mor– dores do Alto ? Quantas vezes uma g-ran- rer? Tudo o que tem vida, cm redor de de sanctidadc não sujeita as maiore3 ele- n6s, é li vre ; a nuvem leva onde quer seu vações da terra? orval ho bemfazejo; o r assaro faz o seu Ainda ha pouco moreu em França uma ni oho onde lhe agrada, e percorre-os á sua grande gloria da Santa Ig-reja; era um hu- von tade, e os animaes dos bosque vão mildr parocho d'alilêa, o parocho de Ars. livTemente onde a pbantasia o conduz. Quando aspirava ao. acerdoci o esteve para Porque razão estamos nós captivas sen do não ser acccito por falta de in tellig-cncia. creaturas de Ocos? Depois as sua virtudes mcrcreram-lhe o - E onde iremos nós, minha irmã, r es– favor do Céo, e pôde fazer exames suffi- pondeu a folha do alamo? Que faríamos cientes ; mais tarde, .iá parocho de uma da liberdade, se um sopro inimigo nol-:.i. pai ochia desviada, cllas fizeram taes pro- desse? No nosso tron co achamos a vida, digios que 08 peregrinos que a lle recor- e o ar nos embala docr m ~nte o sol no seu riam eram am; milhares, e fo i prrcLo fa- occaso vis ita-nos com ·seus bellos raios ; zer estradas, estabelecer diligencias para que mais precisamos nós'? estas nova neccs3idades : iam consultal -o - 011 l muitas cousas, que me faltam ; grandes e piõq uenos, e todos voltavam ad- e vós com bem pouca cousa vos conten– mirados e mai s convertidos. Quando 40 tais, pobre folha do alamo. Neste sitio annos de trabalhos e de penitenci:is leva- con venho, não ha folhas que me egua~ ram o humilde par0cho á sepultura, a lern, sou verde e de bella apparencia: mas França catholic..i estremeceu de dôr e ac- para que me servem estas vantagens n a clamou-o santo, o que tal\'ez a Igreja ra- nossa solidão? Graças a Deos acho aqui ctillque em breve, dando-lhe as honras o n ecessario, devo confessai-o. o orvalho do altar. do céo, os suecos nutrictivos da terra n ão São milagre3 que sómente se operam me faltam; mas tudo isso é pouco quan– no seio da San!'! fgro,ja. ~irn, que o catbo- do se pensa nos perfumes que além cx- 1ico seja humildu e simples d& rnração, balam as flores embalsamad as para nu– que f1equente os sacramentos, que na- trir as ahelhas ! O ar nos embala doce– quella fogueira de amor divino - no San- mente, dizeis vós, porém eu estou abafa– tíssimo Sacramrnlo da Eucharistia - da no meio dest-:1 flore ta, cercada de tau– queime tudo o que é da terra, e incendeie tas folhas da mmha especie, que me en– a alma no amor do Céo, os espaços de sei- cobrem o mundo. - O mundo eleve ser encia divina r1ue ante elle se abrem hão tão ,bello? de confurnlir os sabios e espantar cs me- faz sombra debaixo d~stas grândes ar- nos li dos. vore~ ~m quanto que o dia é brilhante na Assim•no catholicismo todos são cha- plamcie. O sol, no seu occaso visita a mados a uma grande herança, á qual não nossa fo11?-agem, isso é verdade, ~as O que dão direito, belleza, força nem saber, mas nós precisamos é que elle nos visite no a humildado e o amor que de todos po- seu nascimento. Emfim a nossa vida tran– <lem s,·r, por modo que o mais despresa- quilla desagrada-me e enfastia-me. Na do dc.,s homens p6de cr nlllla a melhor altura onde estou collocada sobre a mi– part,i mesmo neste mundo. nha arvore não vejo a cada instante se- Eis-ah i uina irranue cgualdade · eis a não essa velha faia diante de mim • e a ,;crdad<:ira democracia, não mflndda co- estação adianta-se, o inverno aproxima- mo a tão l'al!ada nos jorn ·es e livros. se, e com elle a morte. Eis-ahi nrua nota car:icteristica da ver- Apressemo-nos, pois, minha irmã, des- dade do calbCllki:;mo. E' a religião á mais embaracemo-nos dos nossos troncos e fu– bumana porque é do todos os homens ; ó jamos. Entregue ás azas do zephiro ou portanto a ~t, verdadeira, arrebatada peh tempestade, eu quero ir como pa.ssaro atravez das nuve ns, quero _ 1 correr pelos montes, e quero contemplar a naturpza á borda dos fro1,cos r eg;ito~.

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