Estrela do Norte 1865

,. 30:J P::115S..S * , ..:L!...1J'-& ç ;;p. riM BomavonLurados os quo choram o que sentem as Jagrimas lhe inundarei'n as fa– ces nas a{!on ia da dô r, que sentem a de - graça comprimir-lhes o peito, que Yêem o c~pcctro da fome e da miscria e cru e no anciar do d espero, no aluçar da magoa cqrnem os olhos _e as mão para o céo sup~ pllcanrlo o allmo quQnão encon tram na t~rm : hernaventu rados elles, porque se– rno consolados. perdão no cornçúo, a calumni;i e os im– propcrio , as injuria e a rnortr ; bcma– rnnturados porque d"ellc é o reino dos céos. Padre FRANC ISCO BEll 'AROINO OE Ot:SA. O CONSELHEIRO. Ilcbcllou-sc Ab alão conLra El-nci Da– vid . Segui u a voz de Ab a.Ião todo o Hoi– no, cujas vont:id es ell c tinha ganhado: , B ' mayen~urados os que teem fome e sede de .J11s t1ça ; bemaven,turado o orphão que 1ucta com a .mi seria, victima dn má f~ e do dolo; bcmavenl urada a viuva, que ve urna a 11ma irem cabinda as pedra do ediflcio que lhe procurou levanLar o espo– so; bemaventurada a virgem que estende a mão supplicanc.l o o oholo da caridade, e que recebe, cm vez da esmola, que Deos abençôa, a ga rgalhada cynica que lhe cora as faces ; 1Jcmaven turados todos ellcs, por– que serão fartos . Toto carde ttnite1·sus Israel sequitur .Ab alam. Ch t'gou a nova ao Hei nestes me mo ter– mos ; e como no grandes casos s~ Yecm os grand es corações, acommodou- e Da– vid á fortuna do Lempo, e r tirou- e com os capitães de sua guarJa., que só o acom– panl.iavum. Tinha ,iàca minbado um bom espaço do monte Oli\'cte, quando recebeu segundo aviso, que tam bem Ach i tofd, seu g-rande conselheiro, seguia ::is partes de Absalão : e aqui foi, qu e o coração do 11ei cn tiu o· primeiros aballo . Poz- e de joelhos, levantou a.s mãos ao Cóo e dis e a Ocos : Jnfatua, quceso, Domine, consilium Achitofel. Peço-vo Senhor, que infatueis o conselho de Achitofel. Nunca a no sa lingua me pareceu pobre de palavras, se~ não neste texto. Infatuar significa fazei, imprudente, fazer ignorante, fazer nescio, e ainrla significa mais; e tudo isto pedia Bemaventurados os misericordiosos, os q11e enxugaram as lagrimas qu e cabiam ardentes dos olhos de seu irmão; os que agasall.iaram o pobre que tiritava de frio sob os andrajos ; os que vi ilaram os en– carcerados, os que curaram os enfermos ; os que sempre tinham uma palavra de n] ento e de consolação para aquelles qu e se viam e magados sob n pressão da dôr e da desgraça; bcmavcnturados clles, por– que tambem alcançarão mi scricordia. David , que fizcs e Deos ao conselho de. Achitofel. Vêde o que pczava no juizo da– quellc grão Hei ; e o quc deve pezar no de todos um grnndc conselheiro? Quando, disser am a David que todo o reino unido srguia a Absalão, não fez oração a Deo , para qu e o li\Tasse de suas armas : quan– do lhe diss eram qu e lambem Achitofcl o seguia, fez oraç.ão apertada, para qu e o li vrasse de seus conselhos. •lais temeu David a te tn. de um só homem, que os braços de infinitos homens. Bem tinhajá. experimen tado o mesmo oa,•id na pedra– da do gigante, qu importa ponco que o corpo e os braços estejam armados, se a: tes ta e tá fraca. Houve-se David neste caso. contra Absalão, como já so houvera con– tra Golias. O tiro da sua oração n ão o. apon tou con~ra o Reino, q_u e era o corpo armado, scnao contra Acb1tofel qu e era a testa. Um grande conselheiro' no con– selho do Hei, hade ser a sua maior estima– ção; e no conselho do inimi go hade ser o. sou maior temor. Bemaventu rudos os limpos de coração, aquelles cn,i a alma n ão embaciou um pen– samento impuro; cuj o espírito se elevava ao céo nas azas candiéfas da oração, cuja fronte se expandia ao clarão da luz e da vei dade; - corações límpidos e serenos como nm sorrLo de anjos, como um céo limpo C1 sem nu ven s, como a supcrficie chri tal lina dos lagos, que n ão ag ita a Yi – ra ção dn. tarde; bemavcnturados elles , porqu e verão o Deos. Berna vent nr:i.dos os pacíficos, os queres– p eitam os direitos de seu s irmãos, os que seguem á risca os preceitos eternos e in– violaveis do Sinay, as maximas santas elo Evangelho ; os que dão a Cezar o qn e ó ~e Cez:u· e a Deos o qu e ó de Oeos; qu e se nao locuplotam á custa do sang ue, do suor e das lag-rimas alheias ; os que amam e te– mem o Senhor e srgu em-IJ10 os dictame ; hemarnnt urados porqu e serão chamados filho s do Dcos. Bcrnavcnturados os que padecem pcrsc– gu · por amor da Ju s tiça , q ne não tmn– siB 1.H ·nm a mentira que n ão incensam os ídolos; Jlemaventur; dos os m/lrty res da fé, qu e baratcam o sangue pela causa san- ta; os martyres da verdade que soJfrom n•:;ig·natlos, com o soniso nos la.hios e o Padre VrnmA.

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