Estrela do Norte 1865
19 que pelo menos sendo a , im simples- a mi. são de Deos, rodeada de torlos o es– men te apre entada nenhum esp irito po- plendorcs de sua historia, de sua ii:3sli– derá recu ar julgando-a daquellas que se tuiçõ s, de sua moral, dos seus er~1ço , podem discutir e pôr em duvida. cer ·ada com o pres tigio da profund 1dado Com effeHo todos, os mais pob1· ·s como dos seus dogmas á todos ensi nado e im– os mais ricos, os mai s humildes como os postos, s apezar de tudo isso te_m_de sus– ma.is poderosos, os mais ignorantes como tentar contra o mundo das pmxocs, das os mais abios, todos carecem de saber co- fraqu rza e dos m io ti'io temerosa guer– nhecer a Deos quanto é dado a um ente ra; vêde o que ~eria 5e fôra posshel sup– limitado como ó o homem; todo cure- primir a religião ! Co rno os vícios, como cem de o saber amar, todos de o aher as fraq uezas humanas, como as paixõe servir , todos de o saber suppli car, todos se ririam da debil opposição de uma phi– de receber d'elle graças e bençãos. r,:' uma losophia, mesmo bem nrra oada, mas fria gra nde, é a maior igualdad e, a qual só- e estranha a todo o h omem, menos tal– men te se dá na religião Catholica. vez ao seu pensarnento ! A religião falla Olhai para a philosoph ia, ou ella vos ao homem todo, á sua razão, como á sua ensina i<l éas estrav:i1wntes e fa lsissimas, conscicncia, como á sua irna/;inação, co– que em logar de lernrem a resignayão, a mo aos seus sentidos. Em todas as suas coragem, o conforto á alma afllicta, cm fa.cnhl adrs, tendencias e in tincto a r eli– todos os animas inf undem a desesperança gião 11ppõ barrcil'::is ao homem JJara que a desolação e o a.nniquillamento; ou apro- não pratiq ue o mal; a philosophia con– ximando-se do christiani smo e ad optan- tentar -se hia com o cloctrinar, como o ho– do as verdades goraes, que elle ensina, mem com a não ou vir ou a despresar; o pretendo sem elle governar o homem, mundo então seria entregue ao vicio, á convertendo-se en tão em uma especie de força, ao despotismo au á anarch ia 1 instituição composta de ar istocracia e Mas e,se caracter de ui1i\'ersn!idHde. ce democracia : de aristocracia emquanto ensino e de ig ualdade na doctrinação não reserva para os sabios, para os espiri- se dará em as outras religiões? Não. Em tos superiores as verda les que o vulgo as seitas orientacs, separadas da Igreja nem póde estudar, nem comprehender; de noma ni nda que se conserva a maxi– de demorracia emquanto á este só confia ma par te das verdades catholi cas, com essas verdades inferi ores sem mostrar tut.lo o caracter dessas igrej as está por tal para isso a sua missão I Esta philosophia fórma viciado com a direcçfio que se teem espiritualista quando reconhece a supe- arrogado sobre ellas o poder secular, a riorídade da r eligião é um bom e provei- ignorancia é tão c.ra ~s? em baixo, o ser– toso estudo, é um excellrnte auxiliar da vilismo tão vergonhoso em cima , que não religião; mas quando lhe diz: Eu sósínbo póde haver ante o simples bom senso ne– posso conduzur o homem ao seu alto des- nhu111 termo de comparação com a Santa tino, essa philosophia é um orgulho iu- Igreja Catholica. Não ha alli acti vidade, suportnvcl muito pernicioso á humani- torça, nem vida; são ramos cortados da dade. Quem é então que ensinará os hu- arvore da vida. mildes e os ignorantes ? Com qu e direito Menos se dá ainda a egualdade da doe– o farão os que se pretendem mais sal.tios trinação nas igrejas r>rotestantes; como o que muita~ v~zes não são mais q~e sobcr-, princip~o fundamental des tas igrejas, é bos e desprnsadores ? Oh I se poss1vel fõra lfUO os 11 vr os sagrados não deveri.srr ex– risca_r do mundo a r elig-iã?, como seria plicados senão pelo modo de ver indivi– borri vel .ª sorte dé!; humanida~e I quem dual, é claro que cada um se deve ensinar deu direit? ao sab1? para me vir pregar? a si mesmo; a pala na igreja é alli um porque be1 de prec1J ar ~elle e~1 que tam- nome sem significação ; o ignorante lê 0 bem tenho uma razao? E_ dep01s qual será Evangelho, e seg~ndo a doctri n_a protes- 0 !'eu fim? T~lvez .domm~r-me e av~s- tan_te está au thorisado a ler ah1 todas as . sallar-me. FuJa pois de diante de rmm mais extravagantes doctrinas, que lhe esse préga~or que ninguem cá _n~andou, tr:aga_á i<l éa o qu e elle charna a sua ins– que não sei quem lhe deu o certiflc_ado ~e piraçao. Por modo que o1J_ue se n ão en– sabio e que bem póde ser que nao se.ia tend e ó para que conser vam ai nda parte mais de que um infatundo i~norante. Eis dos protest:.mtcs urna ger arch ia, com pres– o g_ue pode.ria dizer ao sab10 todo o q~e byteros, _bispos e synodos. o pretestan– carecesse de instrucção. Daqui viria pois tismo nao é uma religião; se viYe é das á multidão a ignorancia e o despreso dos parcellas de verd_ade qu e ainda conserva, deveres religiosos e moraes, o portanto a herdada da antiga e grande Igreja Ca- degradação e a barbaria. tholica. E em verdade, se a religião unida com O catholicismo intima as verdades de
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