Estrela do Norte 1865

., __ . - ..-r...-;n;;::c::ct & EX- 1 ..; 1 bfü#M-AAi◄ canto do Cy nc, a 17 d'Ou tubro de 1833, depo is das se te horas da m:mhã, ann un– cia-se a M. Gag lin que vai ser transferi– do para Thuil-Tiên. Acabava de r ecitar o seu officio, e nem ain da tinha comido coisa alg uma, n em revestido seus habitos; immedia tamento en v rga as suas ves tes e o t u rbante o sahe da pri são. Ao ver quuren ta ou ci ncoeuta soldados armados de cJrnços e salJres , ass im in terr oga o sol– dado que o acompanhava : Dem tao di ch1:m sao ? (Levais-me para me cor t&r a C11heça ? ) O soldado r espond eu_: (Oh( ) :u._ Gap-elin replicou-lhe : Tau chong so nghc ( sabe que te oão temo ). Logo quatro sol– dados, com o sab r nú, peg-~m nos 1~ can– tos da canga ; outros do is vao, u m atraz, outro adian te dclle ; o r esto dos so ldados armados de chu ços, formam alas dos seus lados · dous mandar ins, encarregado:, da 0 \ecução, vão a cavallo fechando o pres– tito . caminham ató ás portas ~a cida~e e d'ahi pa~·a a ponte.... Ao salur da J.?l'l– são ia arnmado o r osto el e M. Gagclrn; depois empallideceu um pouco, para bem dev ressa retomar as côres nat uraes. oesde que ch egaram a.o largo ou su– bu rbio que está no fim da ponte, u m Ih 'as até á cintura, ligam-lhe o bmços a um pos te collocaclo posteri ormente. A tudo se presta M. Gag Iin com maior scng nc frio; passam-lhe u ma corda pelo pcfic oço, enrolam as duas ex tremidades á vo lta de dous postes solidamente colloca– dos dos dous lados para a execução ; dez ou doze soldados, collocados ci nco ou sei~ de caâa lado, pµ cbam a cor da com todas as suas forças. l\J. Gagelin exp ira sem fa– zer o mlnimo movimento e este digno confrade ganh a assim a coroa do rn ar ty– rio, entre as sete e as oito oras da ma– nhã do nde Outu bro do 1833 . Depois de t ri nta seg und os d'esfo rços gastos em t i– r ar a corda , ella q uebra-se; o corpo de ,11. Gagclin, .i á desa nimado, i n clina-s par a. um lado ; r ea tam a co r cln, que fica ligada. aos dous postes pelas du as ex trem idades e sobro ella ass i rn tensa ba tem o solda~ dos com paus ou espcc ies ele a lava n cas • appr oximam fogo dos p és de 1. Gagclin' para. se cer tificarem da sua morte. Con~ clu idas qu e for am todas estas oper ações, havendo-se r etirado os ma ndarins, um discípulo do p:idre Odorico , que seguira Gagelin desde a. sua prisão a tó o logar do seu Suplicio , pediu aos solda.dos per– missão para desligar a coroa , estendeu o corpo de i\l. Gagelin cobriu-o, o fi cou a seu la.do ató ás dez horas. Quar en ta ou cin coenta. chri stãos quizeram, p ela mór parte, tocar o co rpo do sa n to mar ty r e aj udar a collocal-o no @squife . Levaram– no para Phu -Càm, p ara on de já tinha ido o padre André a fazer-lhe a sepultura. Durante a noite de 17 a 18, o padre An– dró, depois d'haver feito r eYes tir o corpo de Til. Gagclin em todos os paramen tos saccrdotaes , como parn celebrar a santa. mi ssa, enter r ou-o n 'um j ard im em Phü– Câm . (Ex tr. ) EU NÃO fE A TREVO! reo-oeiro, qu e levava nas mãos uma t 1 b~a sobre a qual es tava cscripta a con– d<emnação proclamava-a a.o som d' um si– no quasi de ce!U cm cem passos : ~~za– va ' eJJa o scg-umte : " O Europeu l a y– Jioái-Uà:1. ócu lpa.do por ter pregado e di– f und ido as do utrinas da r eli_g ião de Je_sus 0111 muitas partes deste r emo ; por isso é con demnado a ser estrangu lado. » A multidão, qne o scg- nia, augmcn tn va. ca– tl a vez ma_is_, deplorava. a sorte de i\I. Ga– golin o dlZla : <e Que fez es te h omem? pa ra que dar i_i n!ortc a um innocente? a um homem rns1g-n c como es te ? o_ r_01 tornou-se em t yranno? » Es ta mult1dao de pagãos, presa da admit"ação, ao "·er a coragem e o sang ue frio do n?ss? caz:o mart yr exclamava : u Quem vrn ,Jámais a.lgu ri1 '110mcm ir no c11:_m inho da morte com wo pequena emoçao. » E' <JUO elles ain d_a n ão . tinham vis t~ marty rcs . l\l. Gag-elm carn rnhava a pas sos úu·gos, com a r tranq ndln, la nçan~o ele tempos a tempos as sua ,i• tas sobre .1 multi dão que o precedi a. chegam á. ex– tremidade do ar r abalde Bai- na.n , e p r~– param-so para a execu ção; l\l. cagel:11 olha cm r edor de si e pergu nta se vao cs trangu1al-o ~u cor tar-lho_ a cabeça. Es– tende-se n o ch ao uma cs teir:1 ; l\L Gage– lin pede para se pôr do joelhos; fazcm - 1,-0 assentar com_ as p ernas estond1tlas , e desabotoar depois as vestes; e descem- E' es te um dos absurdos, qu e, quando se tra ta el e praticar a r elig ião , vem estu– pidamente feri r n ossos ou vidos ; conYém por ta nto tratar clelle. Vós n ão ou ais salvar vossas almas o lcnd~s ani~o ele vos prejudicar ; vós nã o ousais ca.mrnhar para o céo, e intr cpidos mar chais para o inferno ? ? Eis uma co~ag m singular e uma vonta– de poilCo r a cional l Homem pusillami ne o tl e pou ca fé l quanto vos lastimo e quan– to me en vergonho da vossa fraqu eza t '6s llcvemos certamente en vorgon har-nos de.

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