Estrela do Norte 1865

K.JtSJ,W;t,;.'tdei;:W a,- 16 ç f seus mar tyrcs no céo ; qu e terdes abraça– do o E lado e-:cle ias lico s m estimulo al– gum possível ::i.lém do dezcjo de seguir uma vocação i; ivina, e trabalhar pela sal– yação das almas; que terdes entrado para a rongr g-ação dos padres seculares, os Oblatas de S. Carlos, inslituida com a mi– nha mais plena approva 5.o e sob a minha direcçãQ ne ta arc!tidioce e ; e finalm en– te as provas de in teira confiança que vos tenho dado ta nto no meu collegio como na diocese, são bastan tes para garantir a sinceridade do vo sos mot!vos, e a segu– rança da vossa ompreza contra o pcl'i go de imprudoncia, fins secundarias ou ob– ,i ectos pessoaes. Se alguem dczejar ainda maior segurança podeis francamente re– moUêl-o para mim que a darei toda . cc E agora encommendo-vos a vós e a vossa obra ao Verbo da Vida e á guia do Espírito San to, para c1ue a aperfeiçõe em vós e por vós. « Vosso afl'ec tuoso pai e 1 Christo - t N. Card. Wiseman, ao Rvd . padre Herberto vaughan, Dr. em theologia. » ( Do Diario de Pernambuco. ) J 11lig a1nen t o . 1 A ACCUSAÇÃO. (Continuação.) o velho suspendeu a sua horron<la ac– cnsação, trrs11assaclo de dôr e commoção. o a udiLorio consternado fitava-o com ex– pressão i ndizí vel de compaixão para com ollo o de horror para com seu filho .. .. Winhold, mais afflicto que os outros, fi– xava no occu sa<lor um olhar terno e fe– bril. nep is de pequena pausa, cont inuou 0 de graçado, no meio do fremito da m ul- Lidão : . . -Os com panheiros de meu filho um- ram-se contra mim ; Soltaram-no da pri– são em qu e se achava e desapparccoram com cllo . . . . h qual foi o meu desesp_c– ro ! Fui lan~ar-mo aos pés dos magis– trados de meu paiz, supplicando-lhes que fizessem pesquizas. D.1ria a. metade de minha vida vara tornar a ver esse desgraçado filho r ebelde, para ap~rta~-o ain J a eífl meus braços; eu cham~1-o _m- cessan temen te .. . . Elle voltou . A11 sim, C'l lo voltou ... . Urna noite qu e me tinha deitado! cer– ranrlo os olhos fat igados pelas lagrimas, afim do es(J uecer um momento a lem– brança de minha desg ra a, meu fil ho ap - pareceu diante domim! Ello estava acom– panhado dos que o tinham libertado! Sua altitude era ameaçadora. l\leu pai ! erguei-vos! " E' precizo que ' me sigais, » bradou-mo ollc com uma \'OZ terrível. Que queres de mim? pergun tei-lho com terror. « Quero fazer-Yos soffrer o LP esmo tra– tamento de que fu i Yicti ma, » respondeu– mo com um tom que mo fez presonlir a du ra sorte que me espora,a. Seus companheiros, separando-me do meu leito poseram-me mor tl aça, e arras– taram- me com as mãos atadas para o la– do da torre em que meu fil ho es tiver a en– cerrado. Mas, em vez de mo cond uzirem á pequ 0 na camara commoda e arejada que ello tinha occupado, lançaram-mo n'um carcere hum iclo e escuro. Ah i permaneci durante seis mozos ! Quem pod eria jámais comprehond er a i n– tensidade dos tormentos que sofl'rí nessa medonha h abitação? Bebia agua fria, alimentava-me de pão negro, e até mesmo essa palha que mo servia de leito, bem raras vozes a reno– vavam. Quando havia innundações nos arredores do Castollo a agua penetrava em meu retiro e ameaçava submergir-me. Adoeci novamente; as l::igrirna s e as pri– vações de todo o gonero es liveram a pon– to de cegar-me. Cada dia augmentava a minh a dor. 1eu filho sabia, mas não se condoía de m im. Ernfim, obt ive dos elementos a qu e não pude obter de meu filho . Uma terrivel tempes tade derribou ator-. re ; meu cnrcere qu e se achava no sub– ter raneo foi proservarlo, mas urna inun– dação violenta onvadiu-o, des truindo-lhe as porlas. Como púde eu sal var-me n ão o comprehond er ei j ámais. Quiz a Provi– dencia que ou sahi sso miraculosamente de so t umulo anti cipad o ! .. . . Dirigi-mo, vacillanto, para o i nteriol.' do nosso Castell o ; abi r etu mbavam os mais alegres e estrepitosos gritos. Então, peuetrado do indignação , ergui a mão para amaldiçoar esse filho degen erado, que se en tregava aos prazeres em quan– to seu pai ex pi rava de dores . . . Sim, cu levan tei a mão , mas não pude proferir o ana thema . . . . 'fres vezes recomecei , trez vezes meus lahiosse r ecusaram a pronun– ciar a palavra fatal. Atormentaclo por n ma do r profun da i ncapaz de od iar meu fi ll.10, sen tindo, a~ contrario, que o ama,,a com t odas a for– ças de m inha alma, fu g·i derramando co– piosas lagrimas, efni occultar-me no fun– do de u ma impenetravel fl oresta. "

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