Estrela do Norte 1865
14 ., t:;~'fRt:LL.\ no .\OR'l'I:;. tudo trm um desi:!nio li"'ado para expri- \ Não! O homem tem na sua intclligen– mir a sal,etloria, "ex••rntar a vontade da- eia a re. ol11~ão do problema da humani– quelle E e que é cau~a e fim ue todas as dade; felizmente a immobilidade nãc es– cousas. tá na ordem <le nosso destino ; a civili- 0 homem tambNn tem um desígnio, sa~ão é o verbo. euma natureza. f:' mi ·ter que seja aqui!- As idéa- de outr'ora não ão as idéas lo que deve rr, ou não será estimado dos de hoje: civilisação é filba do céo; todo outros,' nüo scr:í e,ti mado ele si mesmo, o orbe devera se r eu imperio, P o tem não serú feliz. A sua naturezn consiste sido; e o homem inspirado por sua voz, em aspirar á ftlicidade, compreheneler, e tem trabalhado. Eis o mundo do seculo prornr que nãri p,írle atti n;{il-a senão sen- decimo nono com suas luzes para qu e do bom; isto é. enuo aquillo que di:man- Rous eau o compare com o mundo de da o seu Jr,m de accorrlo com o systema Brahma, de Siva e de Vichnou. do universo, e c:om os fins de Deos. E se é o progre so mater ial ; - deixe- s~ no t··mpo d~. µnixlo somos tentados mol-o de parte. o espírito tambem teve a chamar no~~o bem áquillo que e op- seu de~envolvimento; porém, nunca mais poem ao brm de outrem, não podemos brilhante victoria alcançou do que com persnatlir-nos positivamente disso, se a o ch ri tianismo. consciencia nos grita que não. E dissipa- Dros o rnandou para ensinar a mais da a paixão, tudo aquillo que se oppoem santa pbilosophia, a mais recta mor al, e ao bem de outrem causa-nos horror. as mais subl imes idéas pelas palavras de O cumprimento do de ver é em tal gui- seu Divino Fi lho. sa nec s al'io ao nosso hem, que ainda l\landou o christianismo para abater os as dores e a mortr, que parecem ser o falsos preconceitos, para mudar as armas no so mais immPdínto detrimento, se do combate, e para substituir o ferro pe- murlam E'm p~azer na alma do homem la razão. . . . . generoso, riue soffrr, e morre com inten- flJandou o christ1~mc;mo para ens! nar ~fio ele servir o pr1ximo, ou de confor- o perdão, a generosidade; p~ra e_n smar mar-se com as aelmiraveis vistas do 0m- que as lagrimas do arrependido tmham nipotente. valor ante seu supremo Tribunal. Man-_ Ser o homem aquillo que deve ser é dou o christianismo para firmar na ter– pois ao rne,mo tempo a difini ção de ddier ra a justiça, a virtuàe e a vida; para lem– e a de felirir/a.,fe. A religião exprime su- brar aos homens que elles tinham uma hlim mente esta verdade quando diz que alma! o how ·m é feito li imaaem de Deos. o seu Ai nda mais 1 dc\'er, e a sua feli ·idade c-0nsistem em Deus fazendo com que seu Filho nas- ser e ta imaóem, cm não querer ser ou- cesse do ventre de uma mulhn, mandou tra cousa, em que1·er ser bom, porque o christianismo para levantar a compa– Deos é bflm e lhe deu por olJjecto o ele- nheira do homen, do abyEmo , das tr e– var-se a tau.as as virtudes, e tornar-se um vas , do nada, a que a mater ialista e bar - com clle. bara antigu idade tinha atirado o anjo da Sílvio Pellico. familia. Aqui desej avamos chegar : a re- A. n1ulher regenerada pel o ehrisHanianao. I. Com o perpa~s·,r dos scculos, idéas se mutlam, wlh::i-. in-;tilu i<;õP.,;scderrocam, Velho: pcmarnrnto: r-a<lncarn, e a huma– nilladr·, de mrl:1morphose em metamor– pho f', ,·,ü seu raminho de andamento pru~~es-ivo, guiada sempre riela mão de Ommpotente Ct·N,dor; e ai ele n6s se as– sim não fo,;se t AI de nG~, se a paraly– sla enlorpece,,c a civilisa~,ão; se ainda no tíCCUlo XIX , em romaria suicida, nos fohsemos pro.trar ante os despotas, for– mulandc, o de~oladrJr l>jum,1 da velha In– dia. generação da mulher , foi o christianis– mo quem consumou I Sob as azas do Evangelho ella foi creatura de Deos, e fi– lha de Eva; antes disso fôra materia : ve– jamol-o . II. A historia da lndia se perde na noite dos tempos; mas alguns de seus usos e costumes atravessaram os seculos, e a sua tradição tem chegado até nós I seus Deo– ses, seus pagodes, esses obeliscos, essa theologia estranl,a, es a architccturo. gi– gantesca e assombrosa, tem prendido a attenção de esc.riptores, que nol-o tem transmitlido ! E o que referom elles ácerca da mulher do Indou? Diria o. lei de Manou II ella é nascida unicamente para servi r a seu marido, e
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