Estrela do Norte 1865

----- .4 E8TREl,LA DO NORTE. falsos, são invenções do homem ; ou r n– tão algum é verdadeiro, ma 5 na.o se sabe definir qua l seja. Assim diz •r que Jesus Christo é neos, ou u m propheta ou um impostor, é uma questão de palavras .... na su bsw.ncia tudo ó o mesmo. Dizer com o Mozaismo, com o Chris– ti an ismo que Deos é um, ou dizer com os Manic,beus qü e ha dous, um do bem ou-, tro do mal, ou com os Pagãos, que ha mu itos cada qual mais infame ; é íJUes– t ão de Palavras. Dizer com Luthero que o h omem deve commetter o adulterio e ou– tros peccados para nelle abu dar a graça de DtJos ou- affirmar com os Catholi cos que esta doutrina é uma alro rn ina ão e que devemos ser castos, é uma qu stão cte pa– lavras. Dizer que na Euclla ristia es tá o Corpo adoravel do Salvador, ou que ne se augustíssimo mys tcrio da nossa fé n ós não adoramos, senão uma fatia de ptio, c,Jmo se expri me horrivelmente f> Sr. Dr. So, es . ... é uma qu es tão de palavras ; na substancia tudo é o mesmo ! tu do são dogmas, isto é formulas inven tadas pelos homens, que exprimem ditferen tcs modos de comprehender o i n fi ni to, e não se pó– de difi nir qual dessas form ulas é a ver– dadeira . Niio se sabe se é verd adeira a formula q ue diz : Jesus Ch risto é Oeos ; se a formula que diz: Jesus Cllris to é um im– po~ or ! Que ho rror! r.x0lamar ão aqui todos os b om ns que tem ainda um resto do Ch ris– tian ismo no coração. E' possi vel que um magistrado brazileiro, q ue ao en trar no sen car go prestou u m,iu r amen to sobre os li vros sa.gTados do Evangelho, profira u m tal acervo de impiedades em face de um paiz cat~10lico ? . . Silencio ! esse n orror é mai s uma pro– va do acanhamento de Yossas idéas, em– perrad as obscu ran tistas! Sahei, pois, qu e apezar de Yossas allegações pharh ticas, apezar da brutalidade do phanatismodos Pa– dras. ( Pag . 57) a causa está uu.nlw ! Desen– ganem-se os phànaticos. Na term Vil'gem elo 1Jra1.i l ( n ão teve coragem ele d izer da San– cta c:rnz, ) nao 1w de brotar frnctos a se– me1Lte 'Uit ,· montana ( leia-se o Ca tholicis– mü ) ( ~ag. (H ) , a causa está ganha ! o es– pírito do_ e_ci~lo ti-iu.mpha ! e os proselytos dos saos prmcipzos professados pelo Sr. Soares relcbram 110,· toda a pa·,·teci victorw da demo– cracia ! ( Pag. li) . _Todas as Heligiões são i denticas; todas sao Tg-uacs ; todas ensinam, diz elle em outra parto, a existencia de Deos, aimmor– t alidacw d'alrya , a liberdade, a vida f utu– ra • ••• m~s dilforem em dogmas, sem quo ningnem possa affirmar ou saber quaes desses dogmas sejam a expressão da ver– dade, q11a s não .... o ·aqu i ded uz a ~u a ultima cons~quen– cia o nosso ~I igno pu 1l icista ph ilosopho. Pois se tncl o isto é assi , , o homem tem di reito de formular como lhe pa recer . Se todas as form ulac; na cssencia são a ex– pressão da verdade, se ninguem 3abe quaes dessas formu las cm concreto seja a expressão da Yerdade; se o homem, de outro lado, é ímpellido por sua natureza a aspirar ao infinito , cujo effeito são essas formulas, ning- uem tem direito de dizer a outro : Tu niio deves formular , ou não deves for mular assim, m&s d'outro modo, ou em outras palavras ningucm tem di– reito de dizer a oátrem : Tua Relig-ião, que form úla de tal ou t.al modo não é verdadeira , não é bõa. Po is todos tem di– reito igual de fo rmular, co rno bem lhes pa recer . .. . Ora o Estado deve proteger o direito de torlos. Logo, se todos os homens tem igual di– reito de explicar a sua tleligiãocorno lhes parecer, o Estado de,·c proteger igual– men te todas as ncli giões, e o reconhecer uma Religião e to le1·ar as ou tras é uma in– justiça . Si nós ou sassemos diz0r redondamente ao illustrado Sr . Dr. Soares : Este vosso principio da igualdade e identidade das lleli giões é um ABS URDO ; os esJMi tos pen– sadores, os pi·osclytos llos sa.os principias, que celebrnm, com o Sr. Dr. ::ioares, av ictoria:'da democracic, exclamariam logo : que arro– jo ! ql:l e temcrMade ! taxar de absur do urn principio tão b rilhantemente desenvolvi– do , t ão labori osainen te fundamen tado por u n dis ti nc to di sc ip1~fo da escola de Krause ! Bem ! senhores meu ,, masse é o mes– mo Sr. Dr . S~ar~s, que o diz ! Se é o mes– mo, o mesm1ss1mo Sr. Dr. ~oar es, que diz di"sertis verbi"s que a í;;un Idade das Re– ligiões é 11 m Ans unoo ! e isto no mesmo seu folheto onde est~belece largamente es te principio pa ra tira r por conclusão ({lle todas as Religiões devem ser igualmente favorecidas ! O que devcr_emos pensar do principio, da consequenc1a, do folheto, e do s r . Soares ? ( Contintía ) Dis ~urso 1sro11111neia1lo e11111 Jlo 111 a p elo Bis1>0 d' A.1111iln, na se,s: são tio e 11ee1•r~11_1!nto tia .&el\.– denaia d a Reh91ao CJa.1-laoliel\. (Contiouação. ) Não vemos n ó~ oi. apostolos de nossas monetruosas novidades esforç.arem- se por

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