Estrela do Norte 1865
Do111i11g r, 30 de Jadlao A.na.e.o IJ I " ele 1805, N . 3 S. A ESTRELLA DO NORTE. SOU OS AUSP!ClO5 Dll S. B1C, fl Bl'MA, O Sr.. D. ANTONIO DR MACEDO COSTA, DISPO DO PARÁ , Venite et ambulemus in lumi11c Domini. lsAI. li. 5. A. L !be1•dnde Reli ~i@~a s eg n u l o I O doama e ww1 formula obscura e fn completci o !§1•. D.a•• .&. J . de Jf.i~•eedo Sou- dewn11henomeno s..ipel'ior á m::c1o. ( Pag . f ;j.) res, .11.aa9is t.a•a do l >.a•nsilei.a•o. E corno é que sendo todas as Religiões identicas nn. essencia, differem nos dog– mas? ( Continuação . ) Explica-o primorosamen.te o Sr. Soares. O homem aspfra ao infinito, quer penetmr Deos_, tent<i conhecer a vide, nas prot unclida– of; JIONSTRAÇÃO DA THESE E REFUTAÇÃO DELLA eles elo ser. Nes,a busca do invisivel, nes a cs- PE LO P ROPRJO AUCTOR. cavaçao do insonclavel, nessa exploraçao do fll Chegamos ao amago do debate. o Sr. Soares depois de expender a sua these procura demonstrál-a. Já vimos de passagem que elle susten ta a IJerfeita liberdade das Religiões, porque as considera todas como identicas. Acha– mos, porém, conveniento para o bom exi– to de sua causa, explicar aqui mais ao longe es ta luminosa idéa do illustre pu– blicista, e desdobra-la em toda a sua ma– ges tosa amplitude diante dos olhos dos nossos leitores. Todas as Religiões segundo a profunda obser vação do Sr. Soaref:, passadas, pre– sen tes e ainda fu Luras, são iguaes em uma cousa, di fferen tes em outra· Espiritos emperrados, attendei ! A un i– da.de iguald ade, iden tidade de todas as Religiões consis te nisto, _que - toclas pcn:– temda natt,rezci humana, CUJas forças ellas , ei– /icamporque naosabem exp~ ical-as. _( Pag:. 13 ) Na essencia todus as Reliaiões são ide~1ttcas e exprimem a 1Jerdade. (Pag. t ::i. ) Assur~ em quan to as Religiões são uma tendencia f a– tal, uma aspiração fatal do homem ao m– fin ito ; emquanto var{em das fm ·ças huma_– nas, que ellas deificam, por nao saber e::r:ph– cal-as - as Religiões são uma e a ~ esma cousa. este ponto são idep.ticas e igual– mente verdadeiras. Na f ónna, porém, todas as ReliguJes sao di/fel'entes e nenhwna de/las A a e.cpl'e~sao d_a vei·dade, ou antes unw só que se nao v ode di– fi,nfr qlla l sej a. ( Pag. Hi. ) Em que se repel– lem 11ois as ltehyiões? Em doamas . ( Pag. i3 .) incompl'(Jhensivel, o homem acha mysterio , phenomenos que nao sabe explicar, accidentes notaveis nesse tei-reno invio que o olhar p m·s– crntador vai medindo 2Jasso li passo ; o homem marca-os na cárta de sua derrota e formula-o· em 211·i11cipios que a intelligencia affi rma, :;em que o v ossa cxphc,w. Eis o doama . ( Pag. 14 e 11:í ) . Em poucas palavras. o home::n i mpel– hdo por uma fatal aspiração ao infinito, quer penetrar a Deos, e nesta m ditação acha cousas superiores ás suas forças ; bus– ca explical-as ; enuncia essas explicaçõe inven tadas por elle de phenomenos supe– riores á sua razão com umas fo rmulas a que chamamos dogmas. Assim os dogmas são a expressão de es– peculações c inYenções dos homens, quan– do, levados por um ir resistivei e fa tal im– pulso, aspiram ao infinito, ao sôpr o dos ventos do norte etc. • . Portan io as disptitações religiosás Sl]O me– ras questões ele valavras . ( Pag . f3. )"condue luminosamon te o Sr. Soares. Está cl~ro:. P?rqu? tudas as Heligiões naesscnc1a sao 1dentlcas, tod!lS verdadei– r as, pois consistem na explicação ela na– t ural asp iração ao i nfinito, e só diffcrcm nos dogm:i , a saber na di1Ierentes for– .mulas obscuras, incompletas que ob cu– ra e incompleta1?1en t~ expl~cam as cousas que excedem a m telllgencia. Logo que tão r olig"iosa, · questão de for – mulas, ou de palavras. Nenhum desses dog-ma , ou de Sfl · for– mu las r. a e!f•pres ·ao da t crdade todo são \\ \ l \ \
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