Estrela do Norte 1865

- lhe dav3:maconhec~r, ~u q~1e não apre en– tavam a ua ap_recrnçao senão como um obj ecto de motcJ o e de desprezo? como é, ~elo co~trario, _que ella não teria concebido estima e ate admiração e enthu iasmo por ~ s~? ~b:as, por es es homens, pores a~ IDSLltu1çoes e por todas essas cou as pagas qu e, cada dia e em todo o curso de sua educação !iteraria e sc,ientifica, lhe apresentavam como O typo unico do be)lo err, todo o gencro, como os modelos unicos , e que se devia absoluLa e exclusivamente estudar, afim de os imi– tar, sem esperan a de o alcançar e com mais forte razão, de excedcl-o , pois que eram os cumes da perfeição? O contrario teria sido um prodígio. Pois que! não sabemos nó com que te– nacidade obstinada o homem retém até á rnlhi ce as impressões que tem recebido na adolescencia? Posto tudo isto, mudado o homem no– "º em homem antigo, as ideias, as aITei– ções, os u sos, os costume , os estudos os amores, sendo tudo pagão, como não' te– ria resultado infallivelmente dahi aue a Europa se tornasee enferma, e enfêr-ma da mesma enfermidade do mundo de outr'ora, isto é do mundo pagão? Este habito de exaltar e de praticar por ass im dizer snm discripção as cousas do antigo paganismo, com detrimento das procl ucções do christianismo, começado ha quatro seculos, e quanto á essencia continuada _po~ ~od~ a parte, poude pa– r ecer ao pr10c1p10 mnocente, porque a sociedade es tava toda penetrada de chris– tianismo; ma · crescendo pouco a pouco o enthusiasm0, resultou dahi um syste– ma anti-Gatholico, direi mesma anti-social, que constituo o verdadeirn perigo da possa epocha. (Continua.) Discurso RECITADO POR OCCAS!ÃO DE LER-SE O RESULTA– DO DOS EXA~JES DE SUFFTCIE C!A DO SEl\'JINA– RIO EPISCOPAL, NO DIA 5 DE JULHO DE 1865. Senhores! l_Ja na vida hnmana qnadros alegres e felizes, b llos momentos qQe transportão a nossa alma de inefavel prazer, os quac~, em!)ora roubados pela mão do tem– po,, nao deixam el e ser avivados pelas mais doces e_ saudosas r ecordações. Taes são os pre 1 0 1 >s in~taotes em que o homem , elevando-se acima da fraqueza indivi– d~al, é applauclido nesses primeiros en– s.a10s ~uc tem de decidir de sua tenden- eia para a vida real, ou pa'.a a_ Yida ephc– mera. ,\ memoria do_ primeiros anno., ainda rcflecliua atravcs de remotas pr~– maveras, produ:-: em_nos a~a1~na a. mais tema e sino-c11as expressoe . é ella que um dia Yos° fará reconhecer 9.S causa· que concorrcrarr:i par:i. o."º~ o d_esenvol– vimento 1itterar10 ; é ella qLle \?S bad e aYi vara saudade dos momentos r1s0nhos, das ideias juvenis com que tentastes os VOSSO S primeiros YÔOS _; é. clla emr1m qu e h.i.de conserYar-Yos a lll e1a apraz1vel dos troph eos que ganhastes nestas pequenas, porém gloriosas lutas. Creado pa!'a um fim sobrenatural, possue o homem esse instincto de ambicionar o bem e co~dem– nar O mal; um, gerrnem de elernçao que tende a felicital-o ; outro, flagello des– truidor só proprio para corromper e de– gradal-o. E', por ta!1to_, senhores, por esta quali– dade ingerntaa nossa alm~ que ohome~ , em geral, deseja _adquenr, pelo mento de acções louvaveis, um nome honroso e reputação disti nc_ta que o tor~ei:n credor da estima e respeito de seus s1m!lhantes . E' por el1a. a.inda que acabais de appre– hender na expressão dos enromios diri– gidos a~s \·o-sos esfo_rços, a imagem de um galardão justo e chgnamente conquis– tado - o brazão sublime que ha de enno– lJrecJr-vos nr, meio dos rnssos collegas, e feli citar os dias invernosos da vida de vossos pais! Mas oll ! parec qn~ o~ço"'al– guem dizer-me que a pr_9p~nsao rnn~ta do homem para o bem, nao mflue benig– namente sobre aquelles qu e despresão todos os motivos de elevação, e que, en– golphados na negligencia, preferem an– tes a vergonha inllerente á quietação e ao repouso que as vantagens ublirnes do sal1er? Sim, convém cxceptuar os estudantes remissas: dir-se-hia que esses jovens contrarios á sua perfeição e utilidade, aba~ faram in sensi velmente lJClo habito da inerci:-t, os dictames da recta razão ! i\las por ventura, senh ores, a dcshonra e avil– tamento á que se sujeita o J?áO estudante reduz-se somente a.o per10do ela viela cscholastica? ne nenhum modo ; elles abrangem todas as idades da vida : o fer– rete do opprobrio seguirá o negligente :por toda a parte, acompnnhanuo-o p_or todos os estados. Conformes aos sem prmcipios, os homens tomam por norma de suas ac– ções as inclim~ç~es da adol~scencia; oh ! qual será o J u1zo da !"OCiedade sobre aquelle, cujos conhec~mentos foram des– lustrado nos preludlos de su a carreira, por vergonhosas reprovações? Que confusão para esse moço, quando

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