Estrela do Norte 1865
- aos sequazes das outras nclig-iões? o Go– ·crno não tolNa ó, c1Jndemna até ás yezes certas dou trinas funestas ao p:üz, suh– vci--i vas da bô:i. ordem da ad!J]inistrção publica; 'rá isso fazer uma injmia pr - oal e uma dn ,norosa injusliça ao que professam tae doutrinas? O go,·crno tole– ,.,1 a pro tituição; crá isso fazer uma io– ,i nria pc soal e urna clamorosa injustiça ás infe lizes mulher . , que se dão á tão Yergonhosa vida? '.las s as cousas e leYam a estes apu– ros, caro Sr. Soares, entã0 não se pode mais ahrir i.Joeca para confes ar a yerda– dc de noss[, santa nr!igiiio s m olfender e injuriar os dissidentes. Quando o rrovc1·– no do Brazil diz que a ílelig ião Catholica Apostolica Rornarrã éa r.eligião do E tado, faz simplesmente uma profissão de f ·. De– clarn. cm face das outras nações do Uni– Yerso; Eu, Governo bruzilciro, ou eatho– lico Apo"tolico nomano e por con eqnen– cia estou conYenci<lo d.a wrdadc <les ta Religião, e da falsidade' <las outra . O po– "º do Brazil é Catholico .\posto1ico noma– no; cu q1te o represento sou-o tamhem. Deixo a liberdade a cada um de seguir sua neligião em particular; mas não prote.io nenhuma outra senão a lleligião dos hra– zileiros que é tambem a minha. Onde es– tá aqui o phantasrna deolfcn"ns e in,ju s– tiças que tanto apavora ram a tímida cons– ciencia do Sr. \!acedo Soarrs ? \las se ha inju ti ça n 'es ta <lcclam~ão do Estado lia-se de aci mittir a mesma injus– tiça nas profissões de fé elos indi,·iduos. Todas as vezes qu e um Catholico declara <rue a sua Heligião é a nnica wrdadeira, fira réu, no jnizo do illu"trc magistrado Sr. Soares, de uma offrnsa g-ra\'o, de nma soberana in,iusLii;:i para com os que sc– i-\'Uem a r,eligiüo CaLholiaa.-Pode ser por (}Stcs chamado á r csponsahilidade, e o .·r. Soares, se tivesse de julg-ar a cansa, daria por procedente a accu sação e ap– pliraria com se ver idade as penalidades do codigo. Com clfeito, segundo o mesmo Sr. nr. S:,ar1's, a offe nsa, a injw,tiça consiste em !l ec)a:·~r i mplicitamente o governo que a l\ e1Ig1t: CaLholica é a verdadeira, ns ou– ll'as nao. L?go qualquer que diga a mes- 112ª cousa_ 1_mplicita, ( por maioria de ra– ~ª?) e!<'pllcitamenlc commettc a m esma lúJ ust1ça. J\Ssim fique entendido, - não se deve mars. _professar a verdade exclusiva da HeUgrno catholica Apostolica Romana; ó um_a al/~!J"cno phw,·isaica ( Pag. 42 . ) é u _m~ lDJl.lfla tlagrante aos nossos irmãos .aiss1~.c~tes; o qne se deve pensar e dizer ,.. lnn 11,tr por toda n J)arte em 1'?:tt, as rtwi.q puenues q1te o bm,i:e é crue todas as neli– giõe são igua"s, qu e nenhuma é superiot· á outra, (l!ag. 5ii) qu e todas ellas s inspi– ram ao reboar do· trovões, ao soprar <las yentanias do norlc : que não ha nenhuma que possa dizE:r : Eu sou a verdadeir~ l Oaqni se seg-ue que o GoYerno do Bra- il não pode declarar- e C:itholico Apos– tolico nomano nem me mo por seus actos; com elfeito assistirS. :\l. o Imperador com seu ministros á uma cercrnoni,t Religi– osa na Capella L:11perial é declarar impli– cilam&nte que o Gornrno do Brasil é Ca– tholico, que ellc prefere a f\ eligião Ca– tholica, que a Heligiií.o Ca.tholica ' a ne– ligião J.orninanLc no fmperio do Brasil; ora isto é uma sol 1erana injustiça e uma injuria feita aos dissidente·. E' mister c1ue s. 1\1. o Jmperador e a sua côrte vão um dia á Capella Imperi:i.l, outro ás reuniões do protestante Keley, outro áalg uma mes– quita musulmana, que, esperamos, se 0rigirá em J,rern na côrte, gra~as ao zelo <lo Sr . Dr. Soares e dos seu amigos par– tidarios da complela liberdacle das Hcli– giões, etc. , e is to fará o Governo para não descontenLar a ninguem, para. mo - Lrar que não ha no paiz l\eligiiio domi– nan tc, qne todas são igualmente boas com tanto que não o!Icndam a moralida~ de publica. Eis o que deverá faz er o Go– verno. O melhor, porém, fôra n ão ir cm rg-reja nenhuma. Deixar isso de ncligião á conscien cia individual, cad a qual s'ins– pirando ao sopro das ventanias do norte, e cuidar de cousas de_ mais palpitante in.,. Leresse. Não sabemos, cm ve'. 'da.ue , se pelo aca– nharnen to naluru.l de n ossas idéa · obscu– rantistas e emperra las, temos conYcni– en temente scgnido os vôo allanciros do nos o pbilosopbo transcendental, iumos dizendo, do nosso Kant brazileiro. Ouçamol-o a inda . Desta ,,cz, sua dou– trina é tão profnn<la que mi fazer tinir ambos os ouvidos a todos os emperraflos do mundo, não só catholicos, senão tam– bem protestantes, comtanto que conser– vem ainda um Yislumbro de crenças christãs. ( Continiw.) Dn~e~ a,00 OR?lt II G!iiat'Ro e1um Bo- a110n. n~eBoHiíct a@, 'A.q1111iJftl 1 ~ se~ sáit0- do• ~nQ!ea.•i•t1t11Helllt@ 1!1-~ A--ea– ele11111io.• t~tt. Be i~ião ~a,'tll@llien. (Continuaçii.o.) ira uma epocha que devide a vidá <la Europa em dous periodos i nteirament~ oppos tos; o período untigo, em que a Eu- ..
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