Estrela do Norte 1865
SSI ~ R&M m:re ,, nhns da terra a riqueza e almndancia, não o modelo e a regra : que nisto é que con– é não, mr is digno de Jou vor que vós, que siste a verdadeira sabedoria. culliva 1do pelo est udo a vossa intclligcu- Usar moderadarnen t, da p1:osperidade, eia, rns prcp;i.rai s á exhaurir dell:i., não e supporta r com valor o infortunio, eis o fructos , m<1~ prccio :is miHas de conheci- que ousamos escrever a quem é mais for– men tos u~e1 s. te _qa e nós. Eu porém que motim pode- Proseg111 portanto, ó manceho , com o · rei te~ ele con olação, a não ser tua com– mesmo ardor o desvcll o na vossa obra de panh1a e presença, unicos ben que Bazi– illu strarãn e de .•")o ria; não vos hão de fal- lio nos deixou? l'orquc então ·on templan– tar incen th~os para_ afcr~orar_o animo gc- do cm ti como n 'um espelho fiel, o tran– nernso ; o gelo na rnerc1a nao vos ha de sumpto de todas suas virtudes, podere– adormcntar o CO!'ação vehemente e cheio mos, n·uma doce illusão persuadirmo– de senti mentos nobres que vos h,io de ele- nos que ainda o possuímos . var no futuro ao fa , tigio da sociedade. ~!ais amplos horisontcs se vos ilcscor– Li1Ja r.io á 111cdida qne fo rdes illuminan do rnsso espí rito r.l e novas luze ; as bençãos do G· 1 o deseenio copio ·as sobre vós, como o órl'alho m,ttuti no sobre as ar-idas pla– ní cies; penetrareis cmfim no sanctum·io augu sto du sal.iedoria, por cujo ves tíbulo r csplandccen te jamais ha de _passar a. som– nolenta indolcncia l O :IIE NT!R0S051NHO. Um hones to lavrador tinha um fllho chamado Alexandre, menino ama \'C'l e do– cil, mas que se fazia nota r por ua incli– nação a menti1·. ' nn ca podia contar na– da sem acrescentar alguma cou a de si e sem feril' a Yerdade. Seus pais o r epre– hendcrão muitas vezes po r este defeito, e lhe disseram qn e se continua~se a contar cousas que não eram verdadeiras, se tor- S. Ir. M. 1 naria ridic ulo e per deria a estima das pcsso11 s de .l;>cm; ,\ lcxandre prometeu emendar-se, mas succumbia á primeira CAHTA DE SÃO GREGORIO NAZIANZENO A SÃO occasi.:io e acr·csccnta va mentira sobre GREGOHIO !'.!SSENO, PELA ~IOR'fE DE SEU Ill- mentira. niÃo DAZILIO. Um dia o pai o levou comsigo para ir Depoi s dos i_nnumera~•cis desgos to~ de que a minha vida tem sido como tecida, estava cu ainda r eservado para receber a triste nova da morte de Bazilio e a parti– da d'aquclla alma santa para ess'otra pa– tria de nós tão a!J'astada; onde cll e goza emfirn n:, ]Jrescn ça do '.:enhor d'uma bemavent ura nça que fez cm toda sua vida o unico objccto de todas suas meditações. Alem de 11111itas outr:-is consolações que com cll c faltáram, a grave e perigosa do– ença que a inda me afíli ge me pri vo u da ventura <l e l.wijur aqucllas santas cinzas, cdcdar-Lea tir.Ja nossos communs ami– gos alg un s motivos de_ consola9ão. visitar um tio enfermo. o cami nho era bastante grand e : contava-se fazer quatro lcgoas a pé. Alexandre não se qu eixou disso e seg uio seu pai com passo agil. Para se distrahir, o falladorsinbo se pôz a contar uma multi dão de historias, en– tre outras esta.: disse a seu pai, que es– tando um dia no prado com seus cama- radas, tinha visto passar um cüo que era grande como um boi . O pai surriu-se: Alexandr e rcpetio por muitas vezes o que ;:icabava de contar, e prote tou ff Ue n ão aeCl'cscentava nada., qu e o cão era com ell'eito tão gTa.nde como um boi. «Seja! respondeu-lhe o pai : vê-se por– torla a parte co usas cxtraord in ar ias. Olha! por exemplo, vais d·1qui a pouco te con vencer disso. Daqui a uma horn,. vamos passar uma ponte que certamente aind a não passaste cm tua vida. A'todo o sujeito que tem dito uma mentira no dia em que passar es ta ponte fatal se lhe que– bra uma perna. ,, E' pos:;ivel q11e se n~w contnstc quem tiver um cor;:i ção scnsirnl , ao Yer a solc– dade ela Jgrc,ia, que acaba de ser despo– jada d 'aqu elle que faz i,L sua g lor ia e co– rôa! relo qu e a ti pertence, ó meu amigo, posto que n ão fa lleces de amig-os que te consolem, por mui bellos que sejam seu s di ·cursos, esto u com tudo persuad ido qu e 11 ão pócl es achar consolação senão em ti mesmo e na Jembrança d ·aquelle que chora s.' se até aqui tens sido para os ou– tro:, um 111odclo de sahedoria, e como uma regra vim, não sómente de moderação na prosperidade, se n ão ai nda de paciencia na adversidade , si'! ;igora pa ra ti mesmo . Alexandre empallidecc_u . O ardor que tinha mostratlo até entao affroxou um pouc? ; tornou- se pensativo e apenas r es– pondia ás pcrgu n Las de seu pai. Este des– cobria logo a anxiedade de seu filho e rea– nimou a conversação, mas Alexandre fi– cou sombrio e triste. <1 E que tens tu en– tão? lhe perg un tou o pai. Que te a.conte- 1 \\ \
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