Estrela do Norte 1865

phia, de sua cl0rrucucia, do na poezia, de suas _artes, de seus g ra ndes homew , de su:1 l1b rdnrlc, de suas inst ituições re– ligiosas e soci::tcs, cmfim, de toda na tão :rntig-a e, s ""Undo diziam, tão brilhan Lc ci\·ilis:i.ç-üo. tinha ido jamai cxtinclo, ma somente comprimido e adormecido, e reanimou no coração do homem da l\ledia-Ttlade ao contacto ln limo, habitu al, ger al com o paganismo :rntigo, isto é, com uma civi– li ação e u ma grandeza inteiramonlc. en– su :i.es e soparaclns do elemento christão . · Então hu-s log-o despertar nm ardor e uma admiraç,fo desconhec ida pelas cou– sas ela an tignidadc. Todos o \·i ram logo desenvolver-se só e invadir rapi damente todos o e piri tas. O raio encon trou o raio; o veneno ajun– tou-se a.o Yencno. Mesmo cm Boma, quaoclo descobr iam– se monumentos pagãos e obras d'artc pa– gã, o enthusiasmo não tinha limites. O culto dessas glorias que estavam mor– tas e que rcsu sci ta vam cn tão n :> esp iri– ta elos homens, foi para a razão um véo que obscureceu as verdadeiras glorias do chri::tianismo, e fez que as achassem mes– quinhas cm comparação das g randezas passadas, scductoras illusões para os sen– t idos do homem ca rnal. A Grecia, diz Cou– sin que bem a co nhece, nao inspirou so– mente a Europa, embriagou-a. Prodigiosa transformação dos ec;piri tos, mas não menos funesta que grande 1 ingu em notou que se podia bem admi– r11.r esse e plcndor das artes e da civilisa– ção dos antigos, mas qu e ao antigo mun– do pagão havia succedido um mundo dif– fe rente e infinitamente superior debaixo da r elação da vida e dos principias, e que as bellczas scnsi veis do primeiro e tudo o que r lle podia ter de bom e de verdadeiro deviam scrv·r de ornamento ao segundo, e ser romo uma escada para chegará bel– lezas mais snblimcs. Todas essas bellezas verdadeiras ou pre– tendidas, foram attribuidas á · forças na– tu raes do l1 omem, e r.squeceu-se que todo esse passado não foi cm summa senão uma prcparaçüo desti nada nas int n rões da Providencia para conrluzir até a gran– deza sobrenatural do christianisrno. O fa cto é que desde esse momento. o pen– samento li vr e e o racionalismo mostra– ram-se Ycrdadoíramonte na Europa, e em poucos :mnos tornaram-se adultos. Pouco a pouco foi-se accumulando uma massa de antipathias a.nti- chrislã que, crescendo sempre traduziu-se pelas se– guin tes manife tações : Primei ramente o Protestantismo, qu e ap– plicou á ordem ccclcsias tica. o principio insurreccional, já resuscitado, do pensa– mento livre, e sub titu iu á autoridade da.. Igr eja o esp ír ito particular; depois o Vol– taireanismo, que negou debaixo de uma fórma mais absolulta toda revelação di– vina; emfim o que se chama a Revo luçao, que proclama direitos novos no mundo. Estes direitos do h omem ind ependente de Doos acabaram por encarni çar-se nas sociedades elos maçiJes, dos emancipa dores, dos solidarias, dos lú;res-pensaclores, socie– dades publicamente constituídas, que di– go? reconhecidas legalmente e protegidas por certos governos : sociedades ujo fim determinado 6 a destruição elo Papado, ultimo sustentaetllo da sociedade, a extir– pação do ca tbolicismo, o a n egação de to– da a idéa. de Ocos. Se com a. hi sto ria na mão, se procurar a verdade, não se achara uma origem ma is verdad eira, n em uma causa mais poderosa do paganismo moderno, ele que toda a sociedade chri stã está tão profun– damente infestada . (Continna.) REC:I'fADO POR OCCAS IAO DE LEJl-SE O RESULTA– DO DOS EXA fES DE S0H' I CU:NCIA DO SEnJINA;– RIO f. PISCOPAL, NO DTA 5 DE J ULHO DE 1865 , o quin to co nci lio de Latrão, cm 1õ12, deu- se pressa nm condemnal- os em su._is manifcstaçõ s mais monstruosas; mas Já ::s principaes escolas racionalis tas ela Gr~; eia tinham s ido alli postas em h onra ; .1a a flor da mocidade da Europa havia a l~i bebid o um norn espírito, chamado mais tarde o espfrito modemo . Por isso podemos dizer qn e essa épocha marcou a J.lltima hora da velha Europa : artes, Jitteratura, philosophia , _polit_ica, civilisação tudo foi mudado . En tao os ido– lo tornaram a app~recer no meio de rs– racl. O fr ueto prohi b ido começou outra vez a ai trahir os olhares dos filhos de Eva. O germe fatal d,1. conc11piscencia, que nã.o Amaveis collegas e condiscíp ulos. Parece que meus labios não deviam en– treabrir-se _neste mom_ento solemne, em q ue o coraçao m e palpita de en tln1siasmo e conte n tamento, para desferir mer ecidos louvores áqu elles d 'en Lre vós em cu jo p eitos se inflamma o puro amor elas scien- ' cias. - \ l\Jais alto do que minha voz fa.llam as exuberantes provas <[Ue acab~is de dar àe yo sas _lucubra{'õcs continuas, e O juízo imparcial e recto pronunciado sob r e vos– sos prQgrnsso ne.s lettra$. Soooja recom- ' ,,

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