Estrela do Norte 1865

do uma ne!igião pub1icamentc reconhe– cida, r espeitada e protegida pelos poder socines, a maior parte dos cidadão. , o po– '"º, principalmente, que só se deixa 1evar pe1o exemp1o, nenhuma 11eligião Yem a ter, e o athci mo social propa 0 a rapida– me nte o atheism o individual : (§) ali.sur– do! contras.mo! ( Pa7. 2:.í) P en sanm que o nervo de um Estado está n :i união das intelligcncias e das von– tades n'uma verc- ade e n'nm bem com– muro; e que uma Religião como a catho– lica, unica cm que se acha uma un idade perfeita de crenças e de culto, era ercinen– temente propria a..p-roduzir essa salutar união das von tades e das intelligencias para consegu imento do fim social: aca– nhamento de idéas ! ( P;:i. 7 ) Pensavam que sendo odioso para a 11e– ligião deixar a cargo de cada cidadão as despezas d'edificação dos templos e sus– tentação do cu lto e dos seus ministros, de– via o Estado encarregar-se dessas de pe– zas ; e como a íleligião do povo brazilciro era a Catholica, que devia tomar á sua conta su stentar o culto Catholico : abuso de poder e injustiça notaria ! ( Pag. 42) Pensavam que a Relig ião Catholica sen– do a Religião de todos os seculos ; a Heli– gião qu e pela serie não inter rompida de eus Pa tores vai prender-se aos Aposto– los, pelos Apostolos a Jesus Christo, e por Jesus Christo ao berço do mundo; que tem por chefe o Pontiticc nomano, succes- ~ardia e a caridade entre o· cidadão , e !l. verdadeira paz, a \·erdadeira caridade, ex– cluindo a tolerancia de tudo o que pódc er uma causa de perturbação e de discor– dia, como diz um sabio publici ta. não deviam perm ittir neste Catholico Lmperio a propaganda publica da here ia, o culto publico das variadíssimas seitas cm que se acha retalhado o protesta nti mo; pois . a ~üstoria mo tra que nu nca. es as seitas tomaram pé e impvrlancia em paizes ca- • tholicos sem mcrgulh:ll-os n os horrore da guerra civil, como aconteceu na Fran– ça, na Allcmanha, na rnglaterra, alteran– do-se a tranquillidade pu hl ica no fun es to conflicto de innovaçõe per igosas que se 1evanLavam temerar iamente ~ontra a fé dos porns para corrompei-a e destruil-a; e pois, deixando a cada um a liberdade de seguir q_ualqucr dout rina religiosa no fôro da consciencia, tolerando a pratica dos cultos dissidentes em casas particulares , não perseguindo, não violentando a nin– guem por causa de Religião , lim itaram-se a prohibir as manife taçõe~ publicas, a propaganda escandalosa das seitas inimi– gas do Catholicismo : injustiça sem .iusti{i.– caçao ! privilcaio mais que absurdo ! estupúlo despo ti mo de numero ! ( flags. 36. 37, 41 ) (Continua.) Difil'1!i ;-s o 1n•on~anciado e11n Bo– lliQa. peno B iSiJO Q8.' &quil a na §es– ~ão cBo ence1•11.•a~ne;aio ,lia 1Ca-– ele11sain. oi~ ReUigiiío {;atll110HC!!~. (Continuação.) Veio to•lavia u ma épocha cm que a ra– zão christã se pôz n ovamente em conta– cto com a razão pagã; cm_q!ie a igreja qniz a todo o custo refazer-se a unagem do an– tigo mundo pagão. Depois da5 cru zadas, esse con tacto, tor– n ado mais i ntimo e mais geral , começou a c,msar nos espíritos u rna cspecie de for– mentação. Até então a Eu ropa tinha t ido u111a ci– vilisação completrt e inteiramen te fnnda– da sobre o christianismo, mas qu ando teve lugar a tomada . de Constanti nopla pelos Tu rcos, todo esse grande edificio sen– t iu - se corno que abalado em seu s alicer– ces . or de S. Pedro, sebre o qua l fundou o Oi– vino Salvador a sua Jg rr.ja que subsistiria até o fim do mundo, apesar dos embates do in ferno, como com elfcito até aqui tem suhsistido; uma Rel i[:;ião espalhada por tocJo o globo, e todavia 1mm nn. sua <1ou– trina, como no seu goYerno no seu cul– to; uma r.aligii"" o que foi o principio gera– dor da civilisa<:ão europ<:a, q1;c Lem cober– to o mundo com seus bencflcios, que tem produzido os mui ores santos, que tem sido abraçada, defendida e demonstrada á toda. l uz pelos maiores genios que tem h onra– do a humanidade, ha dcsano •e seculos a rsla parte; pensavam, dizr. rnos, que essa llcli~ião é o Christianismo completo, a vcr_dad ira Religião, r evelada por Deos, a unira que se demonstra, a u nica que pode fazer a nossa felicidade e admittiram-na c·omo a ba e fundamen'tal do no:-so ed i– ficio politico 1 como o elemento principal jo. n~s o _futuro engrandecimento: ana– <·h, omsmo 11iconveniente ! injuria {1.agrante fei– ta aüs Olllt'(Js cultos ! ( Pag. 3G ) Pensavam, emfim que sendo um dever dos poderes puhlico; manter a paz, a con- Esse ;ibalo foi dev ido ás con sequencias da expulsão dos Gregos de Byzancio ~s quaes vieram bus~ar refugio na ltali,1. 0 no OcsidenLe. Apenas desembarcados, começaram a. fallar com or~111!10 ;da Greda antiga, de snas escolas tao 1llustres, de sua philoso- , .

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