Estrela do Norte 1865

... • .l E8'.fREJ,ll...t. HO NOll'rE. tos os mais horríveis, o tinham procl - Lemhrau~a dR 11uulr11gmln. do do Sane.to. .Já os mais gruv<'s symptomas dia• ele Fe·,iercill.•t ele 86& nas annu ncmYam um fim aproximado. Cada eóstns aBa Pa1i.•a l 1-,·1tn . um apressava-se de obter dclle a1gumas 1mlavras de edificação : todos chornrnm, porque cada um chora\'a nelle um amigo, um pai, um cansolador. No meio da cons– ternação qne. estava pinta cl:l em torlos os roslos, só clleparecia tranquillo. Seus tra– ços respiravam a doçura e a senericladú. Uma das pessoas que assistião a seus ul– timos momentos pedio-lbe <1uc lhe disses– se o que significava aquelh1 sorrir que apparecia rlo tempos a tempos sobre seus labios. On.ncião rea nimou as forças já es– pirantes, e, com uma voz dcsfallecicla, di sse : ln periculis, i11 anguslii , ili ,·ebus dubiis Mariam cogita, .Mariam in– voca. 11·011 ,·cccdat ab ore, 11011 re– cedat a corrlc. S. IlEnNAnoo. Nos perigos, nas angustias, Nos tormento , na amicçào, De llfaria invoca o Nome, Couscrva-0 no coração. - u Sr pareço tão fe liz neste momento, meus ami,s:-os, se o sorri so da paz vem re– velar as doces emoções de meu coração, é porque estou pensando na minha vida passada. . Corria o Paraná sulcando o mares, Nas cós tas da Paraliyba, prôa ao norte. Da noite o denso véo toldando os ares, Envolto na escuridão tinl!a os lagares. Assim levando vigoroso curso, Inimigo do mundo e rle suas folias, nunca procurei os prazeres após dos quaes correm tantos insensatos ; sompro levei minhas esperanças mais longe e despre– zei as vaidades da terra. As penas que o senhor me enviou, as s11pportei com vis– tas do lho agradar e de expiar meus pec– carlos; as aftlições que vieram derramar– se sobre mim, as uni ás dôres qno soITrcu Jesus Chrislo sobre a cruz pol' nosso amor. sempre fugi ~a socicd_ad_c do_s _mat)S, e desviei-me de fazer a m1mma rnJust1ça a meu proximo. Procurei COr_DJ?:ir do me– lhor modo os devores da rclt n ao, e agora lou vo ao Senhor por ter me preserv~do de uma muHid:lo de faltas qu e eu tena po– dido commeter. Tamhcm é com esperan– ça que c11lrego minha alm:i entre suas mãos; não por rru c me julgo puro a seus olhos; mas esporo cm sua bondade, e con– to com os infinitos merecimentos de meu Salvador. ,, Todos os assi stentes, cheios do admira– ção polo ancião, ~ão po rliam empedir-:se ele derramar Jagr1mns de _ternura. Dah1 a pouco o moribundo exp1ro11 . « Quanto é su_ave mor~er da n_rnsma sorte ! dizia um Joven sa l11 nclo da u sa cio fal ecido. » . - Sem duvida, ó bom morrer ass1~1, lhe re:,,pondc u um dos a~~istcQtes ;_ p~rern vi vamos como este ancwo, se cpuzermos acabar docemente no&sa orbita. ( E;rf.r.) Eis que do arrccife cm Cabo branco Monta, e.fica tremente sobre u.m dorso ! Do nordeste acossado rouco, e forte, Aqui s'embate nas ancius do balanço. IJe confuso o tropel, que reina a bordo. D'um lado rocha, d'outro o mar em furia. .Já nem serve ao nauta a sabici agulha! Todos de lethal assombro estão feridos, Ainda os que parecem clestimidos, ou·a pressão do medonho-frio horror Despoja os membros do vital calor. Era a imagem da morte ahi presente l Quan to tem de horrorosa bem se sento. Ergue-se ominosa voz: Cargas ao mar! Solta botes ! arria os escalercs ! l'l'estribord ! Ancl'ci re ! Acode em baixo .. • Nem eu quero est.a scona mais lembrar– Ouve-se o dcprecar em pranto ama.ro : Qu·a cxplosl ODaos afaste tao terrfoel. Quam ferri'vel co1tecbe1· se vóde o 111,.l ! IIo no homem n esperança bem falli veI. A senti fugitiva em caso tal. Mas, ó Céos, não nos falta o sacro aro paro Da terna i\Iãi de Ocos - Verbo Hwnanaclp. Qu' aos filhos seus não tem abandonado. com fervor invocada nos soe.corre, Fazendo-nos raiar dia propicio Da santa Purifi,caçcio, que almo occorre; E mandando sob tão seguro auspicio A salvação da vida, que entre lagrimas Imploramos do abysmo sobre a borda. Fé ! No méio da tormcntn Deos se acorda. 1 ..

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