Estrela do Norte 1865
,1 E~'.l'RE.i,LA nu NOH.'i'ii,, ""ª ~~·mpa tlúas eram as leis ab olut:is rlo undo, que prostrava-,ie diante d'elle. I aqu i e te ax.iom'l.qne certos jurisconsul– tos modernos não tem es1111ecido : Tudo o 4 110 agrada ao príncipe tem força de lei. Qnirlquidpri1 r-ipi placuit, legis habet ti(Jorem . !•or isso viu-::;0 durante muito seculos t do o genero humano, pelo menos na arte do mnndo entüo conhecida o explo– rad a, encadeiado o tremulo, empallidcccr tremer aos pé de um homem besteal- nte monstruoso, ora 5ar"mata, ora Tbra– cio, cuj a vontade era considerada como o desti no, cuja: pessoa era adorada como um;J.. divindade. 1: se reinado da força não podia subsis– tir sem produzir oscilações perpetua en– tre o depotismo e aanarchia, e sem fazer passar em cos tume o as assinato polí– tico. Comoconsequencia destes trcselemcntos reunidos, apenas o christianismo começou a, er prégado, manifestou-se logo no mun– do pagão u m quarto symptoma mais gra– ve ainda: foi o odio encarnicado contra a nota reliaú10, culpad a de arínnnciar aos JlOVO" os direitos de Deos e o l!l'incipio da l ibci-dadc. Esse odio desen vol vou- se n as ter ri veis pcrse"nições que todo conhecem, o que duraram ató que o paganismo n ão tem mais força e extinguiu-se cm sua prop ria corrup ão. Cousa verdadeiramente digna de obser– v;:ição ! Emqnanto o mundo romano dava direito de cidadão a todos os erros e a to– das as su perstições, el1warn :i ltarcs e t~mplos, offerccia i ncenso e Yo tos as cli– vrndades mais oppostas e ma.is infames, de tal sorte que s. Leiio p o udc d izer c1uc o lmperio romano se acreditava mu i reli · gioso porc,rt!e não repellia n enhum erro : 1'tic~anumsib1 v clebatur assumpsisse religioncm, l]llla nu /Iam respuemt f'alsitate-m : n esse mesmo_momento, elle concentrava todo se u od10 contra o christianismo e contra. a verdade. Esc;e odio exhalava-se pela ca lnmnia que aru~a·,a os Cluistãos ele tod.os os lksastrcs do irnperio, pelo exilio pel a p r·oscripção ]>ela 1 • - ' ' · ' " H 1 sao, pelas mai horrorosas tortu- ra. ' pela morte mais cruel 1 ' 0 todas as partes do l ~pcrio levanta- va-se este '"'it . . . aos /et'Jes , Bt . 0 . sangumar1n : Os chn staos •rol · ,rtSlianos ad leones J ( os o' su 1· . como j ust"' PP 1 c10s eram considerados no dizer <'~°:~nte devidos a urria seitll <Jno, do g ·encro' 1 ,t !rnem, era culpada do odio rnmano d. · 1 · Cremos '" ? . , 0 io genens wmam. ,...,or,1 'llle . ,.., d t· tosa enfcrmülaüe d d =usa es a,..rspan- :Phf.cid.i, clarn.m t o mu!)dOyag ao é co- en e com m teira certeza. D•pois da revolta ori;ri na l o homem abandonad o só á suas força naturaes, cahio na mais monstruosa idolatria. Fnzendo-lhc perder a iclei:1 <lc Deos, Ycr– daclei ra luz dos espiritos, ell:t o levoi-l a pór cm sua, paixões seu fim supremo e a render ás creatura a homenagem que só era devida ao Creador. Pouco a pouco em todos os po\·os da terra, o peccado veio a con lit uir-se em um estado de predominação e como de habito permanente, na ordem religiosa e na ordem social. Daqui vem que s. P:11110, na Epistola nos Romanos, para, exprimir cm uma só for– mula este horrível estado do mundo pa– gão, disse que foi propriamente o reinado mortífero do pecrnclo : reanavit 11eccatwn in mortem. (Continua.) P!l'ote _ção de N.ltU.•ie §antim ÍIHlln. ão podemos apresentar nm exemplo m,11s con olant.o ela protecção de Maria Santíssima do qnc o do especial amparo que Ella se dignou prostrar a Sa nta l\laria Egypciaca faze ndo-a sahir dos horrores do uma vida de desenvolturas no meio dos prazer es o rrgalos do mundo; para ir ha– b itar um deserto, uma solidão, onde con– templa ncl o os rigores dos juízos de Deos, chorou amargamen te os erros cm que eahíra, Este exemplo nos mostra a confi– ança que desde os primeiros seculos do christiani smo a Igreja depositou na Tllüi de Deos e bem revclla a bondade de Maria para com os pobres peccadores. Eis aqui em que ter-mos esta illu stro penitente conta. ella mesmo a um santo religioso de nome z ozino, a historia de sua converç5.o . « .t:u devia morrer do Yergonha disen– do-vos o que sou. A unicfl narração àa da minha viela vos causará tanto horror q ue vós rotirarnis diante de mim como da presença de uma cobra. Entretanto vó– la contarei, supplicando-vos o socorro de vossasOrnçõe ,aJ1m dcq ne Ocos u se comi– go sua mi sericordia no dia do m eu jul.., gamento. « sou natural do Egypto. Na idade de doze annos, deixei men pai e minha mãi e r etirei-me contra suas vontndes pará a cidade el e Alexandr ia, onde vi vi deze– sete annos abysma.da em todas as sortes <lc crimes. Um dia d e estio tendo v isto um grande numero rle pesso s que iam a. Je ru salern para ahi celebrar a Exaltação da santa cruz, mo embarquei com ellas e me ahvsmoi nas mais medonhas dosor– dens durante a viagem. •
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