Estrela do Norte 1865

10 nos declara no Evan~clho (Jue quando vier no fim do mundo, para julgar todos os 1{omrns appar :!cerá com o signal sa– grado de suo. cruz, para servir ae reco– nhecimento a seus escolhidos, e de con- 1lemnação aos reprobos; reconhecerá só– mente como seus os discipulos da cruz, os :mito.dores de sua vida crucificada, í ·to é, os verc1atloiros christãos. 3. 0 A terceira razéio pela qnal o si!?nal da cruz é o signal rlislincti vo do christão, é porque clle faz lembrar os pontos mais importantes da religião chri lã. t • 0 Recorda o myst!'rio da S' neta e ln– divisível trindade; pois que, ao fazei-o, sº diz: " Em nome do Pwlre, d1J Filho, e do Espirito Santo, lrc pessoas; o l'ae, o Fi– lho e o Espírito S::rnto ; mas um só Deos : em nome, e não em names. 2. 0 o myslerio Ja Incarnação e da Eu– charistia, Lto é, o Filho rle IJeos descen– do do céo á t,~rra por nú~, no seio da Vir– gem ~laria, e sobre nossos altares. Por– quanto, é ao dizer ; em nome do Filho, que se despe a m:1'J d'l testa ao peito, \·iva ima– gem do aniqnillamcnto do l•'ilho de Deos, que repousa no cora~·ão de S!lUS fieis corno outr'ora na~ castas entranhas de .laria. 3.º o mystcrio da fl.edrmpção, isto é, Jesus Christo Filho de Oco$ feito homem, morrendo n'uma cruzpara apagar os nos– sos pcccados, para nos fazer merecer o perdão e a s:llvação ctPrn,, e abri r-nos as portas do céo f Pchadas pelo peccado. 3. 0 O mystr:rio da Igreja, isto é, da so– ciedade, lllllfl, sancta e catho!ica dos discí– pulos de .Je~ns Christo, iloc; filhos da cruz. l-iendo o si;.ma1 da cr 1z o mesmn para to– dos, é o signal de •na nni,1o em um só corpo, o signal exterior de s11a socif'dade. E' p0rtaT1to o signn.l da Igreja, e recorda admira,·clmte : i .º l'úr ma unirlade, que n Igreja é 1irna, forma ndo um só corpo, fora do qual não se está com Jesu-; Christo ; 2. 0 por sua uni versa!i,Jadc, que a rgreja é catholica ( ou uui vrrsal) cstendendo-~e a todo, os paizcs, a to los os povos, e cha– m:mrl.o-os a torlos á lnz da verdade. 3.'' Que e1la r- ~a,irfo, t!lndo por chefe e por modelo oSanto elos <:antos, Jcsuc.: cru– cificado, Cl!ja imitaçür, é o caminuo u ni– co o mai, scgurr, da verdadeira santida– de; 4. 0 Que a lgrPja {, r1pa,to /ira, i~to ó, fun– dada pelos apostoh, ( instituidores do sl– gnal da cruz J o:, q,. w.; a /íOV('rnam srm– pre po1' seus 1 ·it i nu,-; succ~ssores os pas- tores da Iweja 1:a!hvl1rr1 • ' ~-" Finalmcnl ·, o e· v~al ,la c1 nz recor– da ao,; christão•· 1 1u ,t w::dadcira o uni- 1·n l 1 •r J,t I r• .T, -11 Chric.:to 6 a l!l'~eja roma- tta, isto é, a Igreja governada pelo Papa, Vif!ario de Deos e successor de . Pedro, prí ncipe do apostolos, o qual solfrcu por Je us Christo, em Rom2 , o martyrio da cruz. Já vêdcs, caros leitores que o si nal da cruz re:snme tudo o quo ha de grande e de mais funrlamentál no dogma e na mo– ral do ch ristianismo. E' pois com toda a razão que os /\pos– tolos nol-o deram como nosso signal di s– tincti rn . E' tambem a razão por que a Igr0j a o emprega na administração das cousas san tas , nos Sacramentos, nas ben– çãos, no princ ipio e no fim de todas as suas nra~ões. Façamos de hoje em diante com respeito e com a dev ida attenção este signal tão veneravcl. Façamol-o, n ão por habito, e com as ponta dos dedos _c~ipo quem sa ·ode o peito, mas com rehgiao, pausada e len tamente, do fundo do cora- ção. · Fa<;amol-o frequentes vezes, principal – mente cm nossas tentações e amarguras , antes e depuis da mesa, o ao fazel -o te– nhamos cuidado de nos lembrar das san– tas cousas que ellc encerra o das obrig::– ções que nos impõe o nosso titulo tao grande de CuR1sTÃos. ( Leituras popu.lare,. ) A Regend a da edeR"n àdad ~. Antes dos desastres sem nnmero da re– forma, via-se na Allemanha casas reli- 1üoias s01Jrc todas as collinas. Vastos edi– ficios de agrado ve1 prespectiva, se an– nunciavam de longe por um campanario alilado que elevava-se J].o meio dos bos– ques ; e torlos sabiam que ali vi viam ho– mens que não oceu pavam seoespirito se– não com a~ cousas do céo, e que não ti– nham outros cu idados, nem outra ambi– ção senão em soccorrer seu proximo . Apon tarn-se principalmen te no paiz o mosteiro de Olmutz, povoado de bons re– ligiosos, piedosos e instr ui.dos. . Entre el– lcs distlngui:.t-se um homem simples co– mo todos os qu e sabem muito ; por que a sciencia parece-se com o mar: quanto mais se cam inha, mais o horizonte _so a larga, e mais periueno so sr.n te o sab1?· Este homem chamava-se Al!us. Depois de ter franzido sua fronte e bran queado sua bella cabeça em busca de demon s– traçõc. p:1ra as quaes ó impotente a ~o~– S,L r.izão, tinha chamado cm seu auxil10 a fé dos meninos; depois confiando sua vida á. oração, como a uma ancora de misnicor<'li:i, elle r-i tinh.a <lelxndo baJan-

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