Estrela do Norte 1865

occupação é procu rar os meios de che;mr :ias ultimo limites d ' um luxo immo<le ra– do no vestir, na habita(io, no c0mcr e cm tocl,t a e,pecin de pnizeres. Ao lado de Cesa1-, colloro1 o Ponlilicc. AO Ponlif1ce lle deu a go,·crnar as al– ma., a lnipc ra Jor o· orpos. Para sati fazrl-os, e1lc con orne n Yilla e calca aos pés a conscifmcia. :;io fall:i de outra cons· , niio am rcionaontra cousa que os refinamentos do b~m cst.-:r mate– ri al, pondo toda a ci Yili:S3Ç,lo humana ao serv iço de sua cob iças. Ao l'on tili ce, a s l:iedade esp iritua!; a Cesar, a soricd::do c:iril. O q11c resurta d'i3so? As leis salutares da fgrc,la, particularmcnte ha mr io,·cculo, cahcm r.1pidamcntc cm mu ito· luga.rí' s, e n 'um grande nu mero úe ~s;;oas, em com– pleto desuso . o- deiir tos augmcntam-se, cs a ttentados con traoshonsco·tumcs,o sui– ciuio, o du •lo ; cousa horrível a dizei- ! o in fan tr•cidio, a impenitcncia final, :;ign:ics csp:rn tosos de uma sociedade corrompi da, qu e tende para sua dissolução, altin;tcm logo propoi"çôcs desconhecidas, mesmo do paq-anismo, nos peiores dias de sua vcrg-0- nhos,1 e:üstencia . llierurchica mcnle un idas cm ,e con– fundirem , cnmoa al ma co co rpo ;l{) uni– do·, essa duas sociedades l'ormarnm co– mo uma só personalidade e mai·charam com um passo sci;uro pa ra sua pcrfci– çi'ia. F. o que constitue o caracter proprio de nosso secnlo utilitario e sensualista , é o abandono, o dcsprc o, a calumnia , cmfim de todos-esses pre;;crvati VO" com qne a pie– dede christã hav ia cercado a mais delica– da das-Yirt udcs, porque ella sab ia que e~sa virtudú erasemclhantca um espelho mu i r-olido que o menor sopro impuro púde obsrnrecer. Esses prescnat irns, b(!m que, nos tem– po e no. paizt>s Ll r,:, t::hlos não r,s pozes– sef!l em prat ica, todos cerlam~nte, os res– peitamm pelo menm; 1•01 theori.t o mes– mo no uso qnc o· outrosddles f;:ziam . \fas hoje, qnal é aqudle clcsiws me ios que nosso scr:L:lo raci<malista e SPJ na1i - ta por excellencin., não uesac-recl i ta pvr sua zomlmrius; nii.o avilta po~ seu des 1-,m, n õ.o denigre por suas calumnins? Orações, sacramentos, pm 1 ir·as piCíl0s1s, e princi– pa1nwn lo mor tiflra1:iio <los scn I iJos são palawas quasi h:tr1aras p; ra arJtw1 h•.' fJ ue cm nossos dias, dão-se o :ir ck sabios . São co usns .boas para os idiotas, para as vclha_s . crcdu las, e para a menin:is su– P rst1c1osas. O despot ismo cosariuno tornado impo"– si rel, a libe rdade humana fo i plenamente assegurada, e por nmito tempo, a ordem nas oc icd,,c!rs ch ri sti:s, esvccialmentc nu. Europa, se man tern firme sobre o pri n– cipio ernugelico, como as pyramidcs do deserto sobre suas bases de granito. Mas a quatro scculos começou o surdo Lrn !:alho que impelle os goyc1·nos moder– no a se secularisarcm, isto é a se eman– ciparem da autorirlaclc religiosa, su bs ti– tuindo ao rri na.do de Dcos o rninado al)so– luto do homem , no que consiste precisa– mente o cesa.ri mo . Os leg-istas , e jurisconsultos, principal– mente depois de ~lac11ia.vel, imbui dos das rn aximasdo an tig·o dirnito romano ou ce– sariano, trnuallla.i-am á pornn. par:i pro~ Yocar uma mudança radical na polí tica trad icional da Emopa christã . 'o vertice do edificio soc ial elles niio Yiram senão nm.1 consa, o clwfc do Es– t~do, isto é o Cesar , lrnper:..dor o Ponti– üce. El les chegaram n. pcrsuauir aos sobera– nos eh rist[0s, personagen_s mui to ditl'eren– tes elos i mpornd ores pag-ao~, que cm seus l~st"dos suas "º1'. la<ks d!' Yia -<'_r a lei su– prema. Nilo lcmn1•,l';a~n -sc m:-us da obra do chrislianismo qul' Linha s?-lutarmentc separado os do us 1'.o<lCJ"('~, afun ele asse– gn r:11' aos po \'Os a l!berdm1e daJu,tiça di– yi u:i., regra e senhora da ,·011Lauc dos– nrincipes temporaes. O fl• rcciro caracter é- o f'e::w·i.smo ou ne– aa li~mo, i:toé a 0mnipotcntia do homem e do F,S~a:;o _na ordem i'cligiosa e sotial. O chn!' nn,,,mo, cntr:rndo no m11ndo acho~ o 1-renPro hull'ano cu ·,·,ulo debaix~ iº .1n.;o ~~ Cesar, todo o poclcr con entrn– o na mao ue um homem todo o direi.to 11"0, s na vontade, e r-:se llom~m chamava-se . nus l mprrrit1Jt. e era ao mesmo tempo S11m1m1s 1'1mfif e:1:. • 1~' assi 111 rrue os sohern nos das nar; õrs ca– tholicas comcç.nram a nioslrar-s_? ele •con– fi ados para com a lfTClª slrn maP., a c:on– siderar suas prrscnp~oes como tendentes a oimi nu ir o poder d e1les, o atacn l-a ora por meios encolJCl'tos, ora. aburtamente Este trab [!-lho tenebroso progred ind~– de d ia cm dia_ é agor~ ~hegaclo a tal pon– to que a lgre_pt qu as1 1s01a.da , vê-se em grande parte J espoJatla de sua provl'ie– da.de. A_ flm <1c qitclirar csLe monstrno odes– po fismo, 1) l'hri · t iani. mo rli Yidiu o po– <lPr. ( Continúu. ~ o '

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0