Estrela do Norte 1865
demento para sua conrnrsão. Pela since– ridade de seu arrenpendimento fez Jpro– nimo squeccr a gravidade de seus cri– mes; e m~strou logo um vivo de Jo do ronsagrar a I>00~ os ultimos dias de sua vida . Com o ouro com que o mal'CfUC:~ a tinha prc an tcado provia fü> alia ás ne– cessidades de seu pai e ás d "spcz.as da viagem; quiz ella mesma concl uzil-o no mosteiro que cllo havia des ig nado. Eram .sem limittes o amor e rewnhecimcn to do convertido pa ra com a filha. - Ahaixo de Deos, dizia clle mnitas vezes , á ti devo a salvação ; á ti a tran- qu illidade d'alma e a esperanç-n da eter- n id :i.dc . · Estas palavras causavam sempre a don– zellala0-rimas de estremecimento. Joronimo esperava com ancia o dia de sua admissão ao mosteiro; mas Deos não o destinava para esta vocação. 1 a vespo– ra de sua entrada pegou fogo uma casa da cidade . .. Elle correu á soccorrel-a. A casa estava rodeada de chammas e quasi inacessível. D'uma janella do andar su– perior trez meninos estendiam as mãos e pediam soccorro. conheceu Jeronimo o perigo, e nelle julg:ou_ vêr, para si, a advertencia d' uma expiaçao. -Meu Doos, disse ellc, permittí que cu salve todos tres; eu bemdirei vosso no– me! Arrojou -se no meio das chnmmas : dir- sc-J Jia que estava animado d'uma força sobrenat ural. Não r ecuou diante rlc peri– go algnm para levará effeito seu proj ccto ,.,.oneroso. n Guion- o ncos atra \·és do elemento des- truidor, r cstit uio os tl'es meninos aos _lira– .cos de suas mães ; mas apenas os tmha cll deposto qn e uma vig-n inflnmmada desprendeu-se de cima e em sua qneda es- 01ag-ou o infeliz Jcronimo ! ourante alguns instantes que s0brovi– vc u mostrou admiravel res ignaç-ào. no– .salia, que não o tinh..t abandonado , cho– ro11-o amnrg·umentc, c1as ag-ra dccc n ~ Ocos ! el os sen timentos de piedade ad m11·a,·el Juc t inha co nced ido à este h omem tanto ri · · 1 \ don tem no desvrndo do bom camin,10. , - zellâ teve cm sna dôr umaoutraconsola– ~ão : tornou a vêr o digno capitão que com ioda sua gente tinha podido escapará h or– riYOl torme!1 ta ele q_u e já f~llamos. p 0 ucos dins depo1s part10 para o c~n– ven to onrle outr'ora tinha sido acoll11da com tanta bondade e conservavam cl ella tam aflec Luosa lembran ça . Ah i cncon~r~u a superiora Manica, qn e lhe_1~crnnttw tomar o vêo e uma ou tra rcl1~10sa, que na solidão e na oração ti nha vrndo pro- cura r lini tivo á uma tristeza prnfunda, e chorar uma amiga que não julgava mais tomar á ver. Essa r eligiosa era Victoria! s. li. r. (Trad. do fran cez de .Paulina Olhrier). W a1.'ieaD:ule. OS MALVADOS CONFUNDIDOS POR UM ME "JNO. Um menino indio, que apenas tinha oito annos, mas que tinha sido bem educado por paes christãos, achava-se em uma sal– la publica, onde muitos idolatras estavam reunidos, um dellescomcçJ u áb lasfcmar sobre a religião . O menino defendeu g ne– rosamente seu Doos. Para o embaraçar, pediram-lhe que mostrasse esse Deos que elle adorava. << !\IeuDeos, respondeu o me– nino, é o crcador de todo o Universo: é um puro espirita, e n ão posso vol-o mos– trar; poróm mostrarei o vooso .» Tomou elle ao mesmo tempo uma figura huma– na, e lançou por terra com um ar de ce– remonia e deu-lhe um ponta-pó, dizendo: « Eis os deoscs que adoracs.» Esta acção do menino foi applaudída por todos, e o máo gracejador r etirou-se coberto de ver– gonha e confusão. A AURORA . A aurora é o r iso do céo a alegria dos campos, a r espiração das fl ores , a harmo– nia dasaves, a vida e alento do mu ndo . Começa a sair e a crescer o sol , eis o A'ÓS– to agradavcl do rÍl undo e a compo ição da mesma natureza toda mu dada. O céo acccnd c-SP ; os campos seccam-se; as flo– res murcham-se ; as :1.ves emmudecem; os anirnaes bu scr. m ns covas, os h omen as sombras . E se Oeos não cor tá ra a car– reirn. ao sol com in torpos içtio da noite, fervêra e abrasára-c;e a terra, nrdêram as plantas ; seccaram-se os r ios, sumiram– se as fontes; o foram verd adeiros e n iio fab uloso~ os incendios de Phact.onte. CHRISTO PO ' TIFICE. Dà a rnzão são [•aulo porqu e o Filho de Ocos se fez h omem e n ão anjo, e diz quo fo i para que sendo homem podess ser verdadeiro e perfeito pontiflce, o qu e n ão podia ser sendo anjo. E porffue n ão po– dia ser pontífice send o anjo? Porque os anjos não tem carne, nem• sangue, sã0 immortaes e não tom peccado . E p r
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