Estrela do Norte 1865
.i. ~ST RELL.~ DO ~OllTIE, E quando o filho prostra-se e supplica, Alada multidão De cherubins entoa jubilosa o hymno do perdão . Laço que o mu ndo prendes ao empyreo Oom sublime d'orar, · Que prolongas teus echos no universo Sem mais poder fi ndar 1 Qu' és tu senão o grito da i nnocencia Olhar do peccador fito nos céos, O suspil'o do pobre desvalido, A voz da gratidão subindo á Oeos? S. II . i\I. 27 de Maio de t 865 . e u .-011 ·ea .Religios a . Está terminada a festa do l\1ez deMaria no corrente anno. Entre as Santas praticas da Religião escoou-se saudoso o mez flori– do consagrado a vara prodigiosa de Jessé, que trouxe ao mundo as flores da Graça, annuncianllo-lhe a primavera Eterna da r edempçã.o dogenero humano. Extraordinaria foi sempre a concurren– cia do povo aos actos religiosos : muitas noites o vasto templo de Sa nto Alexandre não teve mais lugar para acommodar muitas familias que voltaram. Desde o primeiro dia até o ultimo não faltou o pão da palavra de Vida para o alimento das almas qne anciosas a buscavam . Que felices disposições as de um povo a quem anima o sentimento catholico 1 Piamen te crêmos , que multiplicando-se o numero dos fieis, não deixou tambem de ser magnificada a sua alegria espiri– tualque resulta da verdadeira piedade. Como foi tão bonito observar-se o res– peito devido á casa da Oração; como edi– ficante a attenção em ou vi r a palavra de Deos, e mesmo sublime con templ ar um povo inteiro pendente do:; labios do Pas– tor desvelado em lhe instr uir a i ntelli– gencia, a fallar ao coração! como conso– lante ouvir-se a doce harmonia dos lou– vores de Maria qne tan tas vezes r epetidos lá. foram sem duvi.da confundir-se com os h ymnos celestiacs dos Anj os, deixando– nos na a~ma o perfume que se respira ao pronunc1ar es tc nome mvstcrioso ! Quanto commoven to presenciar~se um povo pros– trado cm profunda adoraçãopara receber , tod?s os dias a henção do Deos presente no s.. l~rameuto do seu amor ! Dizer Ludo isto é i a.zer um:i recapitula ão do que se pas– sou no mcz de \ Ta.ria es te anno . o mez con.!l'''rado a santa Virgem lon– g-e Õi. ' ser uma festa esteril ó instituidn. nas condições da mai u til e frutuoza de– voção , pois é e pecialmento destinada á exci tar motivos de uma renovação espiri– tual. ,Assim o povo do Pará soube bem com– prehcnder isto, attento o crescido numero de ronfissões duran te o mez.Calcula-se cm mil e qu atrocentasdentro da Igreja desan– to Alexandre. S. Exc. r. vdm. celebrou a :\lissa do d1a no Altar da Senhora; e ahi com o espírito abalado de ternu ra em face de seu reba– nho deu a sagrada communhão a 400 pes– soas que hu mlhacl as e com edificante re– colhimento de respeito aspi ravam a grara. de tão alto sncramento . • Tornou-se be_m inter nccedor o especta– culo de tantas Joven e meninas trajan– do os symbolos da in nocencia e da can– dura na mesa dn.communhão; ahi foram representados di versos collegios da capi– tal, tocou-nos no tavelmente a simplicida– de e a modestia destas almits angelicas. Depois do acto do santo sacrifl.cio da Mis– sa S. Exc. nvdm . conferio o sacramento do ehrisma a t 80 pessoas. Denoite fechou a Festa deixando na be– nefica impressão da sua voz sempre auto– risada motivos parn uma santa perseve– rança na pratica desta devoção á Mãi de Deos. Oh ! Quanto ella se compraz de destri– buir as graças de seu amado filho I Quem sabe quantas nes tes dias descerião pelas suas mãos sobre tantas almas que a ella recorreram com verdadeiro fervor I Quem sabe! Vemos as exter ior idades; mas não podemos ondar o interior dos corações, nem nelles obser var esses movimentos se– cretos da graça que opera nas almas trans– formação maravilhoza. nematemos , fasendo vó tos p:rra que o bello culto da Alãi de Oeos no mez que lhe é especialmen te con sagrado , clesça tloreça, e viva entre nós de um mod~ sempre tão agradavel para Ella, quanto u til para as almas. Aplao1•isn11os , 1ensa11neuios e 11.•e– fiexaies 1.•eligi osn.s. -O habito suavisa o aurco jugo da virt ude· - A ignorancia é uma, como camara obscura, que alberga duvidas, decepção, err os e phantasmas, - E' documenlo irrefragavel da. limi– ta~ão da humana intelligencia, a Yolumo– sa e inlerminavel historia de seus erros. 'l'yp . el a ESTR~; T. J.A DO NOR T F.. ..
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0