Estrela do Norte 1865

uma pequena bacia de marmore, que di– zem ser o presepio onde a Virgem l\laria depoz eu Filho. Um altar, por cima do qual e tá um bello quadro que r epresenta a ad or:ição do reis magos, que vieram a este mesmo luga r para ador:uem o rccem– na cido, fica cm face de te presepio, de– corado, bem como o luga r do na cirn enlo, com precio. os ornatos, e com grande nu– mero de lampadas dechri stal e dü pra ta. Uma destas larupadas, em forma de cora– ção, encerra o coração de Antonio Camillo de Celis, varão piedoso que fez uma fun– dação para que ella ardesse continua– men te. ( A Voz da Beliaiao. } (Conto.} Jcrusalem era no principio um campo lavrado. - Dois irmãos possuíam o lugar onde dopois foi edificado o templo. - Um dellcs era casado e linha filh os, o outro vivia só .-Cultivavam em commum o campo, que tinham herdado de sua mãe. - Chegou o tempo da colheita e os dois irmãos juntaram os molhos das cearas faze ndo duas medas ig·uaes. Durante a noite o irmão que não era casado t eve um bcllo pensamento e disse comsigo : Meu irmão tem mulher e filhos para sus– ten tar; por isso não é justo , que a minha parte seja igualá delle, vamos, tomemos alguma porcúo do que me pertence, qu e eu aj untaréi secretamente á delle - clle não dará por isso e não poderá assim r e– cusal-a. - E fez como tinha pensado. Na mesma noite o outro irmão accordou e disse para a mulher :-Meu irmão é joven, vive sem companhia, não tem pessoa al– guma que o ajude no seu trabalho e que o console nas suas fadigas ; por isso não ó justo que fiquemos com uma por-ção ig nal á delle ; levantemo-nos, vamos e ponha– mos sem que se perceba no seu quinhilo uma parte do nosso; ámanhã não dará por isso, e assim não o r ecusará. E fizeram como ti nham pensado. No dia seguinte ficaram ambos os irmãos muito surprc– hendidos , porque quando voltaram ao campo acharam os quinhões iguaes; nem um nem outro podia inteiramen te da r conta des te prodígio. con_tinu ar~ro a fa.. Z-ero mesmo durante muitas n oites em segui da, mas cada um dos irmã(!_s ]?U nha no quinhão do outro uma porçao ig ual; os quinhões estavam sempre da mesma maneira , até que uma noite, em que am– hos cami nlrn rnm pat:1 avr-ri,:!'1rnr n c11ma QJ h h t-! .;e 1 >A"6i ~ ~ deste m ila re, e encon traram lernndo cada um a por ção que des tinam para o outro. Ora o lugar onde do is h omens tiveram um pensamento tam bom e tam conli– nuado devia ser um logar agradavcl a Deu . o~ homens o escolheram para er uma asa de Deus e o · nhor dignc.u- e consagral- o. ( Leitio·us populares.} Vftried:ules. ACÇÃO SUBL tm: . ·ão se pode lêr sem emoção a segu inte carta, cscripta por um sa erdo tc de Cbà– tcauroux: Eu recitava hontcm o officio de de– funtos na Igreja de . Marçal c;obre o i - retro de um pobr e pilcp tiuo fo ll ecido no '!Silo da mendicid ade. Ah! eu resarn só ! o defunto não tinha nes te paiz nem pa– rentes nem amig·os para recolher seus res tos mortaes. Quatro solda dos infan tes fazen do par te do ter ceiro batalhão e tr:izendo todos so– bre o peito os glorio os nomes de Alma, Inkermaan e Scbnstopol, de pa~sagem por Chateauroux, entraram en tão na Lgrcj a deserta. Esta solid .io ao redor deste feretro com– moveu- os e despertou-lhes no co raçiio um sentimento de pie1lade Tel i1?iosa? Eu o pensei com compaixão e rec0n hecimen– to. Elles ajoelharam-se e fi caram assim prostrados até o fim da ceremonia fu no– bre. Quando o enterro deixou a fgrej a para buscar o cemiterio, todos qua tro levan– taram- se, cu nada mais csper :iva delles e quisera por tanto agra decer- lhes em no– me de Deos a boa acção, qu e acabavam de faz er. Ma s qual não f0 i a m ín1rn sur – presa , vendo qul) ellcs tomavam lugar atraz da carroag-em do morto e seguiam-a com aca tamento, todos descubcr tos ! A– quelles que os viam,Julg-a vão que er ao tri– buto pago a um paren te, a um amigo, a um collega. de armas . Eu porém sabia que nada di sto era. Elles vinh am de Ton– lousa e não tinham ch egado senão algu– mas horas antes com os u batalhão e o pobre mor to, habitando n o asilo da ~1en– dicidade depois de mu itos annos r,11 sciclo em um can to do depar tamen to 'a o rndo lhes era inteiramen te desconhecido . Quan: do acabamos de percorrer os oito ou nove cen t?s ~1ctros, que separam aparochia do cem1ter1O(notai .bem ! es t s bons mili ta– res acahny;i 111 de fü:r,er u ma lon~a vfagem )

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0