Estrela do Norte 1865

1}0111h1go ~ .fu no IJI -4 ,ie Jna121ho d · 86 ~,x. ... : - AESTRELLA DO NORTE . . ou os AUSPICIOS llll s . nxc. RE\'MA. O sn. n, ANTO 10 DE Mi\Clll)O COST,I, u1sro DO PAn.L Vcnite et ambulenrns in lum ine Domini . ! SAI. II. 5. Vós sois o ultimo dos ho– mens pelo cornç:lo. (Carta de Modamu Denys a 1·ottairc, eu tio.) ( Conclusão. ) V. '1as onde a nullidade <lo coração do Vol– taire principalmente se mo trou, foi em seu odio a .Jesus Christo que cllc chama– va o Infame ! Blaspbemia horr ivcl, que faz extreme– cer, e que mostra por si só o que era esse homem cuja vergonhosa fama se procura ainda levantar. Sim , quem era~esse que Voltaire tanto aborrecia? Era Jesus, o amigo dos pobres, o Salva– dor do mundo, o hemfcitor da humani– dade. Jcrns, o divino fundador de uma r eli– gião dian1.0 da qual desapareceu a escra– ,•i.ãiio, de uma religião que levantou a muJher de seu abatimento, qu tem sus– citado tantas de<licaç-ões admiraveis, que cívilisou os Barbaras, salvou os monu– mentos da ci vilisaç:in antiga, proclamou a fraternidade de todos os homens e for- mou o mundo moderno ! _ Jesus o objcct das adoraçoes de . tre– zentos ?nilllões de homens. reconl_1cc1dos, o inspirador das mais subluncs virtud s, o inspirad or de s. Vicente de Paulo, que dotou o mundo com essas irmã.as do cu- . ridade que os proprios protestantes, que os pagãos invejam ao catholecís~o 1 Jesus o modelo de todas as Y1rt udes; o autor d~ mais espantosa e prof~nda r~vo– luçfío que nun ca so viu, o ma1'l sublime doutor que tinha apparecido n9 mundo e que seria ainda o maior, o mais amavcl dos homens mesmo se não fosse o ,·rr– dadeiro Filhb de neos, o Deos dian t" do qual to<lo o joelho dom dobrar-se no céo, na terra. e nos infernos. Jesus, foi pois o inimig-o que Voltaire perseguiu com seu oJio c.-tupido com seus sar"asmos ímpios dunnte toda sua vida, o que elle chama o infame na inti– midade de sua aborninaYel cor~·espon– dencia ! E ha quem nos venha dizer que o cora– ç-ã.o de Volt.ire foi cm certos momentos o coração da França ! o coração da França, cu o reconheço no respeito da mulher, na ternura pela infancia, nos cui.dados dado á velhice na Carida<lc, na fraternidade, na dedica- 5.o das r eligiosas e rclig"i.osos, nas virtu– des do nos os padres, na intrepidez de nossos bispos, no heroísmo de nosso. sol– dados, na coragem de nossos mi ssiona– rios, nas instituições ele bcnificcncia es– palhadas por toda a p, rte, no a!nor das grandes cousas que transporta sempre os Francczcs , na generosi dade a respeito dos outros povos, no odio da injustiça; 0 coração da França ó vi2to nos campos de batalha, nas grandes calamidades, nos hospitaes, nos asilos da ·rnlhice e da in– fancia ; o coração da França está em ~oda a parte cm que ha um hem que fazer um n. violencia que reprimir, um sacrificio que praticar. !\Ias onde tinha Voltaire posto sou co– ração quando esrreveu a Pucelle, quando c~crevcu sua corrcspondcncia , quando ria _d~ ~ossos tlesas~rcs, quando applaudia a dlv1sao da Polonrn., quando se arrasta– va diante de Fr ederico II, quando gaba– va os excessos de Catharina H, quando em– pregava a mentira, o perjur ío e o sacri– legio para o bom exito de s~as obras quando eng-a:nava sou ~i reiros, qnand~ se enrcquecrn. por m01os vergonhosos quando se entregava ás m ais immunda~ devassidões, quanuo testcmunhn.va Lã profundo despr ezo P~lo povo, quando me– re-cia qno sua proprrn sobrinha lhe lan-

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