Estrela do Norte 1865
& E~TRELL~ DO NORTE. todas as partes por cumes amarellos e pe– dregosos ;testes cumes só se entreabrem ao nascen te , para deixar ver o abysmo do mar Mor to, e as mon tanhas remo tas da Arabia. No centr o desta paisagem de pe– dras sobre um terreno desigual, e incli– nadJ no recinto de um muro outr'ora abalddo aos golpes de arletes , fortificado por torres desmoronadas, avista-se vastos restos; cyprestes espalhados-, moutas de alóes e de nopal, casas arruinadas, á ma– neirH de sepulchros caiados, cobrem este montão de rui nas. E' a triste Jerusalem. A' primeira vista desta desolada regi ão, uma grande tristeza apodera-se do animo; mas quando , passando de solidão em so– lidão, o espaço se estende sem limites diante de nos, pou co a pouco a tristeza se dissipa, e esperim.enta o viajante um ter– ror secreto que, longe de abater a alma, dá coragem, e espansão ao genlo. Aspe– ctos extraordinarios patentéam de todas as partes uma terra em que se operaram tantos milagres : o sol ardente, a agula impetuosa, o humilde hysope, todos os quadros da escriptura es tãoahi. Cada nome encerra um mysterio, cada grutta declara um porvir, cada cume ec– côa os accêntos d'um propheta. Deos mes– mo fallou n estas margem : torrentes ex– tinctas, rochedos feridos, sepnlchros aber– tos, attestam o prodlglo; parece ainda mu– •do de terror o deserto, e dir-se-hia que n ão ousou quebrar o si1enció úepois de ter ouvido a voz do Eterno 1 Chroniea Religiosa. o l\fez de Maria tem continuado com muita concurrencia, o altar da Senhora decorado rro melhor gosto apresen ta sem– pre o melhor effeito da bella illuminação. Apezar das chuvas a igreja de s. Alexan– dre tem-se enchido de fi eis, que vão con– sagmr seus louvores á l.\laria Santíssima e ouvir a palayra de Deos annunciada pela bocca do primeiro Pastor; S. Exc. com eITeitc querendo satisfazer a avidez com que a procuram, tem occupado o Pulpito todos os dias desenvolvendo os pontos mais importantes da moral chris– tã, e crêmos que a semente evangelica não deixará de fructificar. Grande tem sido o numero das confis– sões e não menos edificante o espectaculo das communhões quotidi anas, onde al– mas devotas vão alimentar-se com o pão celestial dos Anjos. Quarta-feira proxima termina esta "fes– ta tão bella e edificante. s. Exc. Rvma. hade conferir nesse dia de manhã o San– cto sacramento do Chrisma á todos quan– to e!>tiverem na:s condições de o receber. A piedade ~o :povo c_ath~lico ~o Pará· virá com a triges1ma primeira fl or com– pletar o tecid~ affectuo~o da 9 rinalda que– com reconhecimento filial deixará deposi– tada sobre o Altar da Excelrn Rainha dos Anj ús levando destes dias, tão felizes jun.– to d ella, a mais sancta: recordação. (Clw;teaubriand, les Martyrs, L. XVII.) A.plí.orisni-ós, pens,-.nentd1ire re– ftexões religiosas . Versos no alb-uind'u.n• menino. AMEMO-NOS! Irmãos, amemo-nos Com·lealdade, Nasce do amor A felicidade. Somos pequenos, Mas cresceremos, Deos e a virtude Sempre amar emos. Caros á patria, Aos pais. mimosos Teremos sempre Dias ditosos. O bom desejo Que Deos nos dá: Na terra e céo. remio terá. O de ov.tl1lno do 1861. POR 0111 PADRE DE l\IINAS. - Forme o mais engénhoso sophista das obj ecç-ões do philosophismo e da heresia um como labyrintho da Creta contra as. instituições sacro-santas do chTistianis– mo e oeos no tremendo dia da sua 1na– nif~stação abrirá o espelho da verdade, e– sérá justificado plenamente. -O prospecto symbolico e enigmatico das sociedades secretas, ao passo que á uns affugenta com; justo horror, atrahe a outros pela curioaidade. - ·ouaóto mais cresce o bem alheio, mai.s sangra o cancro da inveja. - o estado miseravel da natureza hu– mana patentêa..:-se na brevidade dos pra– ~eres; e na longanimidade dos soffrimen– tos. Typ. da EsTRE"LLlt Do·NoR•n;.
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