Estrela do Norte 1865

- e Volt~ir~ não tou:ie_u faz er um poema to– do cheio 1mmund!cias e de imfamia so– bre a mais bella figura de nossa histo– ria. as artes florescem boj e I E' lá que se di– videm províncias com um traço de pan– na, que se di sipam confederações e se– nados cm dous dia , o que zomba- e so– bre tudo com muita graça dos confede– rados (de Bar) e do Nossa enhorn.n (Car– ta de 18 do novembro do Vi72). E é este o coração que foi u o coração da França! ... lf. A lealdade, a franqneza são virLucles eminentemente francezas. Voltaire men– Lio em toda a sua vida: u Importa mentir como um diaba, escrevia elle a Thiriot aos 21 de outubro de !73G, não timid a– mente e _por um tempo, mas affoutamen– te e sempre.» E elle punha em pratica os seus precei– tos. Passou a viela a conclemnar suas pro– prias obras, protes tando com o soccorro do perjurio, que o calumniava horrivel– mente quem Jh'as imputava, como se pó– de ver em cem lugares de sua correspon– dencia. commungava pela paschoa, e no mes– mo dia escrevia cynicas impiedades a seus amigos .. .. Escrevia a e.,se Thiriot, seu confidente: u Meu charo Thiriot, eu vos amo e não vos engano.» E na vespera tinha escripto a d'Argental : uThiriot é uma alma do lama, tão cobarde qu anto mizer:1.Ye ] ! » Que coração 1 •• • li[. um grande crime foi commetticlo no tempo de Voltaire: uma nação que havia salvado a Europa alguns seculos anles, foi a sassinada por trcs potencias qu e divi– diram entre si os seus despojos. Voltaire era amigo dos dous _principaes cumplíces, de Frederico II e de ca tharina J r. Elle, o representante da pbilosophi a, elle qu e se dava pelo reformador dos ab11- sos, pelo ving-ador dos direitos da huma– nidade devia fallar alto e protestar, de– via romper com esses assassinos coroados; elle não protesto u, nem rompeu suas r e- lações. · Pelo menos podia calar-se, não se cal- lou. Po.llou, mas foi para applaudir o assas– si nato, foi para r ir à cu sta da victima. Escutemos os gritos que escapam-sedes– se coração que querem dar-nos como ten– do sido o coração da França. -« Pretendem que fostes vós, senhor, diz elle a Frederico : « que imaginastes a divisão da Polonla: eu o creio, porque ni sto ho. genio. n (Carta de f3 de novem– bro !772.)-« E' _pois no Norte que todas E á cza1'ina elle diz tambcm : -« Uma outra peste é a dos confedera– dos de Polonia. Eu me lisong io do qu e Vossa Magestade os curará da doença con– tagiosa que os affiige. >> (Carta do L º do janeiro de i 772). Como os francczes tivessem ido levar soccorros a Polonia, oltaire escreve a G de março de 1772, é o cumulo do absur– do, do ridículo o-da injustiça. lV. E' assim qu e Voltaire comprehendia o que é grande e bello, é assim que ell c vin– gava os direitos da humanidade 1 Aconteceu que de5graçadas Poloneza , cnlpadas de terem soccorrido seus ma– r idos durante a g-ucrra, fossem en tregucs para serem o ludibrio de officiaes rus os , abriram-lhes o ventre, e arrancaram das entrenlrn.s daquellas que estavam gravi– das os fructos de seu casamento para substituil-los por gatos furiosos, e esses monstros do face humana, tornando a cozer as entranhas destas nobres victi– mas, dei xaram- nas [l SSim morrer em atro– ze:s convulsões 1 E' sem duvida nisto que Voltaire acha– '? . mat&l'ia para rir, é por isso qu e ellc d1z1a que se zombava com muitn graça dos confederados. Sim foi muito bem feito collocar esse coração cw uma vidraça, é uma curiosi– dade digna de ser estudada pelos phislolo– g~stas e pelos m?ralistas, porque pode-s . d~zer delle modificando um pouco o qne 01sse o poeta: Nada c!r J111m a no batia nesse mu cuJo h ediondo. (Continua) :' En11.biu:a-que aio o eo1• 110 tle voh&.lle.– t au•ios s!a B~ 1lc.ia e 1110 eorJPO ele pollieia d.@ n9a.JNÍ, il&.O . Uo e.le Jlb– nei1.•o. A's iO !22 horas da manh ã desfilaram estes corpos d? Larg-o do paço p la rua Di– reita, pr: ced1dos dos Srs. ministr o da. guerra, aJudante e c;.uarLcl-mcstrc gene– ral, e de outros_ofíicrnes, sendo sn.udados du ran te o transito por um immenso con– curso de povo que enchia a r ua e cro

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