Estrela do Norte 1865
t õ O A E!!l'l'Hi:LL~ DO NOll'l'E , dedo na orla do vestido do objecto dos arrobos de sua alma : no en tretanto, es te homem sensí vel, ne~a com os factos de sua vida a doutrina que escre\ e : confes– sa que teve cinco filhos da sua Thereza e mandou engeitar todos os cincos ! . . Lamar tine, o terno poeta do amor o h omem de coração sensível e senLim~n– tal , o coração mais terno e de sentimen– tos humanos, como se apresenta em to– da a sua vida, tem a falta de generosida– de, tem a crueldade, a crueza de illudir a candida, a sincera, a ingenua Virgem Napolitana; de ouzar de todos os estra ta– gemas para exasperar no coração d'a– quella pobre menina um amor que elle confessa não ter a menor tenção de le– gitimar a realisar; um amor que não p:issava para elle de um brinco ideal de fa ntasia, . e tem a coragem maligna de exaltar ainda este amor, por meio de uma ausencia subita e mysteriosa, no mo– mento em que ella se deve decidir por um casamento hor_iesto e vantajoso que lhe ofierece seu primo : 1, não seria mais generoso, mais christão, que elle em vez d_e irrita: o amor i~ feliz desta pobre Gra– ziella, visto que nao queria cazar-se com e1Ia, porque era fidalgo e ella a filha do pest.:ador, a procurasse desenganar, e acon – lbar, em vez de a arrastar de dece– pção em decepção até ao tumulo ? Ede– p_ois da J?Obresin_ha morrer, o meu sen– timentai+sta nedlo e _gordo, con tinuando n a .carreira de sua vida sen timental, por un\~ª recompensa lhe faz um verso. Nao é nosso fim deprimir o talen to e gr~nde capacidade in tellectual destes dou s plulosophos : pelo contrario é o seu gr an– de talento que mais serve para provar q~e, fóra da _base da doutrina christã, mnguem flc~ 1Sento do erro e que os phi– losophos mais celebres que della se apar– taram pagaram o seu peccado. (Extr.) A NATUREZA E A GRAÇA. fl&'t&V !Jlí&.J...N;'..&iir~~ miuda : ondea-1he os cabullos., aliza-lhe a tesLa, r:i sga-lhe 0s olhos, !afila-lhe o na– r iz, abre-lhe a bocca, avulta-1he as faces, tornea-lhe o pescoço, es tende-lhe os bra– ços, espalma-lhe as mãos, dividi-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos : aqui desp re– ga, ali arr uga, acolá r ecama: e nca um homem perfeito, e talvez u m Santo , que se póde pôr no Altar. O mesmo será cá, se a vossa industria não fal~ r ~ gra– ça divina. E' uma pedra, como dizeis e se Indio r ude ? Pois trabalhai , e con tinuai com elle rque nada se faz sem trabalho, e perceverança) applicai o cinzel um dia, e ou tro dia, dai uma mar telada , e ou tra martelada e vós vereis como dessa pedra tosca e i~forme, fazeis não só um ho– mem', senão um Christão, e póde ser que um santo. ão é menos, que promessa, e propheci:i do maior de todos os prophetas: Podero o é Deos a f azer desta , pedras fi,lhos deAbraham. Abraham é o pai de todos os que tem l•'é : e dizer o Baptista , que Deos faria de padras filho s de Abrah am foi certificar, e propbetizar, que de Gen– tios idolatras, bar baros,_e duros como pe– dras, por meio da dou tr_ma do Evangel ho havia Deos de fazer n ao só homens, se– não Fieis, c hris tãos, e Santos. Padre Vieira. O PROGRESSO , Desde que os h omens não sabem ao que se atenham a respeito de couza alguma, não se falla senão no progr esso das luzes : mais um pouco de tempo, e saber-se-11:a tudo. Entre t an t8:s desc~bertas . as "!Il.:us u tcis as que assignalana ro melhor um verd~deiro prog-resso do gener? ~mmano, a ·a a perfeição, ou pa ra a felicidade, se– P...,1m as descobertas m o1aes. IMas· qnal foi ri,. · t d . d J ~ a virtude que se m ven ou epo1s e e::ius Cluisto? La Mennais . O MERCENARIO . Di zei-me, qual é mais poderosa, a gra- ç~ . ou a natureza ? A graça ou a arte ? Au m gr ão principe da Halia ped iu um Pv1s o que raz a arte, e a natureza, por- ecclesiasLico seu vassallo qu e lhe fiz esse q~c hn.v,cmos dc ctc confiar , que o faça a mercê de certa Tgreja. - E_qu~n to ren de graça.d; Deos acompanhada da vossa in- essa JgTeja? perguntou o prmcipe. - Ser e– dustn a . Concedo-vos qu e esse Indio bar- niss imo, r espon deo O pretendente, rendo har o, e rude se.ia u m~ pedra : vêde O que oitocentos até mil escudos. - Bem está , faz e~ uma pedra a ar te. Arranca O es- n ão é muito o r endimento. E quantos fre– taluar~o uma pedra dessas montanhas guezes tem? tornou o pr in cipe a pergun – tos_ca, iruta , d t~ ra, informe , e depois qu~ t ar. E como o pretendente dissesse qu e n ão des.ba 5t t 1 0 m~1s grosso, toma o maço, e sabia, o despacho com ultima e severa ro– o cinze na ~ao 1 e começa a formar um I i oJUJl - .Joi-este.. E vós sabeis a con~a aos homem_, Pll~eiro membro a membro , 1 escudos que h aveis de comer, e n a? sa– e depois teiçao por feição até a mais I beis o numero ele al mas que haveis de
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0