Estrela do Norte 1865

& ES'.:'RELJ... A. li}@ ~ CJ>llTIE. +:AÇ/ > R " ª *ª W'- <>&1Gi&M • ISPUMS Seste moment o, assohiou á c;eus ouvi– dos uma halla. Vencido pelo cançaço e pelo medo foi obrigado á parar. - Avança, avança! gritou-lhe Perpe– tua ; quando não , estamos perdidos. - Não posso. - Dei xa abi nosalia, tornou-lhe aind a a b arbara mu lher . - !\las ella nos trahirá, respondeu ico– las com espanto e cólera . Qu ando assim dizia, coste.ava um pr o– fu ndo pricipicio. Um pensamento borriYel lhe passou pela mente. - An tes morra um que tres, disse elle comsigo, e aqui ella não poderá trahir– nos. . Dizendo isto tomou a pobresinha nos braços, arrojou-a ao fu ndo do r.bysmo, e pôz-se á correr com a velocidade do gamo até internar-se no bosque, ondo os que o seguiam per deram-lhe logo as pizadas e as de Perpetu a . ( Cont.inú,a. ) Varieda•le. CEDO o u TARDE unrA DOA ACÇÃO É RECO:11- PENSADA . Eis como a ttestam o facto: (( Acaba-se de dar no nosso povo, d iz um habitante de Baisieu x (em França ), um facto proprio para justifi car mais u ma vez aquelle bello adagio pop ular: cedo ou tarde uma boa acção acha recom– pensa. <'. Um h onesto fabrican te tinh a, h aviam qumze an nos, r ecolhido em sua casa um orfão, cujo pai tinha por mu itos annos trabalhado em sua casa. Mandou elle es– te 1:1enino, como pensionista de um col– leg10 para Lille, onde estudou as primei– ras e essenciaes materias, e depois empre– garam-no em um escritorio on de elle tor– nou-se, ainda que bem jo\·en um em– pregado tão activo, quanto d~dicado ás f~us palrõcs, que tract.avam como se cllc ura membro d.a fami lia. . ." J\ revolução de 1848 rP.bentou e n a crise com · 1 • ' ' tore :mercia. que se seguio os bemfei- uas sfido Jovcn tlve-cam nu morosas per – con~ iscram bancarota. Brevementr-, para ,ervar honrado nome, deviam elles ~~d~ suas dividas, e depois de ter com– ~otalm~~~s obri~ações, el}es _ach aram-se A O arrnmados ; nao 1.1 ham mes- r;:i ac, ':n qu : "1 vussem parcamente. Nes– t puros O Joven p,,rtiu para Paris achou H 111 emprego, 0 ,lo seu ordenado' tirava uma c rta quantia, que remettia r egular– mente á seus amigos. Sua intelligcncia, sua actividade, pose– ram-no cm estado de emprehender alguns negocios por sua conta; foi bem succedi– do nelles, e hoj e, em uma posição feliz, elle veio visitar aqu elles que lhe ser viram do paes e assegurar a esta honesta fami– lia uma renda sufficien te para satisfazer as suas necessidades. (Trad. ) A MORTE, Trazemol-a com nosco logo ao nascer. Parece que bebemos nas entranhas de nossas mães um veneno len to, com que vimos ao mundo, que nos faz definhar , u ns mais, outros menos, mas que acaba sempre pela morte. Nós morremos todos os di:':ls ; cada instante rouba-nos uma por– ção da nossa vida, e nos augmenta um pas– so para o sepulcbro. O corpo arruina-se, a saúd e deteri ora-se, tudo quanto nos ro– deia nos destróe, os alimentos corrom– pem-nos, os r emedias delibitam-nos, o fôgo do espirita quo nos anima interior– mente, consome-nos, e toda a nossa vida não é senão uma longa e penosa agonia. Nesta sit uação pois que imagem deveria ser mais familiar ao homem do que a da morte ? Um criminoso condemnado a mor– rer, para qualquer parte que lance a vis– ta, o que vê senão este triste object o? E o mais ou o menos que temos que ,viver faz por ventura uma differença assas no– tavel para n os reputarmos immortaes so– bre a terra ? E' verdade que a medida dos nossos destinos não é igu al: uns veem crescer em paz, até á mais avançada ida~e, o nu– mero dos seu s annos, e, h erdeiros das . bençãos do antigo tempo, morrem con– tentes no melo de uma numer~sa poste– ridade ; outros, detidos no me10 da sua car reira veem abrir-se-lhes a por ta do sepulcb;o em uma idade ainda fl.orecente , e procuram em vão o res to de seus an_nos . Emfi m , alguns ha que não fazem mais do qu e mostrar-se ào mundo, q ue acabam da manh ã para a tarde, e que semelhan– tes á flor dos campos, quasi n ão p~e inter– vallo entre os instan tes qu e os vrn B&.hir á luz, e o que os vê seccar ~ desaparecer. O momen to in evitavel ass1gnalado a ca– da um, é u m segredo' escripto no livro eterno. Todos vivemos, portan to , i~certos da àuraçütr dos nossos dias; e est a m certeza tão capaz só por si de n os torn ar atten tos l esta der radeira hora , é a mesma que aüor– men ta a nossa vig-ilan ria. Não pen samos

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