Estrela do Norte 1865
.1. .t:!!i'I'lll!:LLA DO NOllt'l'E. cUes vêl-a e rcconhccel-a logo, para não terem á deplorar desgraças irreparaveiS ! Os nossos jornaes ímpios não deixam de aproveitar-se de tão bella occasião de ul– trajar a religião. Eil-os a insuflar por Loda a parte a separação total da fgreja e do Estado! Porque desejam clles esta lndcpenden– cia absoluta_ destes dous grandes pode– res? Quererao augmentar as liberdades da Igreja, pois que, graças á Deus, o Es– tado não es tá atado ?-1.\ão, certamen– te.- Quererão nos dar um:i liberdade com leta d'ensino, igual a do ensino sr"u ar ?- Bem longe disso 1- Será a li– lirrdade para a sociedade de S. Vicente de Palllu; para as nossas casas religiosas se governarem segundo suas regras; ou fa– culdade para as nossas Ig rejas se apro– veitarem sem obstaculos das generosida– des dos fi eis ?-,m vezes não. Entretanto, porém, essas deviam ser as consequencias dessa separação. . . . Tal rnz; mas ellcs achariam meios bastantes para tirar d'ahi algumas van tagcns, para só fazerem a Igreja sentir os inwnvenientes e a op– pressão.-0 que elles querem é liberda– -.e aos vadios, que não faltam ás revol u– ções, de insultar publicA. o abertamente o exercício do nossa fé, de pr0fanar nos– sos ccmiterios, nossas Igr ejas necessita– das, de ultrajar nossos sacerdotes e r eli– giosos, sem medo que a torça publica os defenda. Sobretudo elles ficariam contentes do aviltar o clero á face de um seculo tão apaixonado pelos bens terrenos, arran– cando-lhe os meios de subsistencia, pon– do o sarcedote na odiosa necessidade ele viver da generosidarlc dos que clle deve muitas vezes contristar e irritar para soc– corrcl-o. Todos os maos jorn:u~s consideram are– tribuição ao clero como um salario , uma d adi \'a que lhe foz o Estado. Entretanto, clies bom sabem que essa mesquinha somma que o padre r ecebe mio 6 senão n~a indemnisação, uma r es tit11i(:,lo da– qu tllo q~e a Revolução de 1787 inju sta– mente tirou á Igreja. O c1ue são os quarent,a. milhões de francos que o estado atira aos cincoenta ~il sarcedotcs _de França, cm comparn– ç~o do que danam os bensinjn stámente tiradoi; ? _os revolucionarios delapidaram para mai s de dons milhar es ele bens do C~el'o; estes hen · hoj e valerião m ais de crn_r C:enta 1nilhares: o crue é rssa contri– bmçao cl? gov"rno M Clero? uma qu arta, u_uia cru:nLu_ parte, tal vez, do que com rig~ rosa ,1usll ~u lhe 1ierten ceria; e ainua assim mesmo se atrevem a pedir que so lhe tire este resto, como se fosse um favor que se lhe faz. Tal é cl probidade doe; ímpios. Isto, na verdade, faz indignar, faz conceber contra essa gente um des– preso indisi vel. Sem duvida os seus diabo– licos calculos seriam confund!dos; o sarce– dote redusido á mendicidade não perderia por isso o sceptro das almas; os divinos attracti vos da dedicação lhe tornariam mais aifeiçoados os coraçõe das pessoas de bem; mas lambem, como não triumpha– riam as almas baixas pela sua miseria, e como não seccaria a fonte de tantas obras boas?! Eu muito desejaria que um publicista acreditado tratasse largamente desta questão:-q ue o ordonado ao Clero não é totalmente uma esmola, uma da.diva do estado, mas sim uma compensação, um premio do 1 ºlo de um capital de que este so apossou. o coração do Summo Pontífice vae ser ainda profundamente contristado pela conducta que começa a ter o cardeal d'Andrea Bispo de Sabina, que, depois de ter feito publicamente o elogio do triste padre Passaglia, acaba, por uma conver– sação, publicada na. mór parte de nossos jornaes, de exprimir pens_amentos que estão bem longe do que deviam ser. Será isto mais um escandalo . .. A' desenove annos, os chefes da franco– maçonneria diziam, cm uma de suas ins– trucções secretas á seus adeptos : << Todos os cardeaes nos tem escapado. A adula– ção mais bem conbinada, não tem sido cap~z de faz er que urn só caia n~ laço» Em breve, prova~e]mente elles terao con- seg- niclo esse cl escJo. : • . Quão cl eploravel o agora a nossa pos1- çilo ! o clero fran cez não devorá se pre– parar para as mais rudes provas ? c:e acon tecesse morrer o Imperador, q;'em nos protegeria do oclio _ante-reli– gfoso ? oens provavelmente nao nos ~ará passar por os a prova; mas o futuro se nn– nu ncia. com simptomas aterradores. Este r eceio t erá ao menos a. vantag-em dn rennir a Igreja de França ao pé elo che– fe de todas as Igrejas. A b~rca de S. Pe– dro tem luctado contra. mm tas te~pesta– des, á mais de desoito seculos; nao _será portanto esta que hade submcrgll-a. Portce inferi nonprrevalebunt. •• . Mas como outras barcas não se tem li– vrado' do nrmfragio I Nisi DomintlS custo– dierit ... fr~{.strn vigilat qui wstodit. Taes são as impressões que por agora se me offcr eccm a apresentar. Possam el– las merecer o geral assentimento.
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