Estrela do Norte 1865
~ ES'I'RELLA DO NOll'.l'E , A.-0 poder que reveste a terra e ama- durece os fructos. r. -0 que é o outono? A.-0 celleiro do anno. P.-0 que é o anno? A.-A quadri'' a do mundo. r.-'\Jestre, o que é o navio ? A.-Uma casa erran te, um asylo por to– da a par te, um viajante que nã-0 deixa vestígio. P.-0 que é que torna dôce cousas amar– gas ? A.-A fome. P.~Qual é a cousa que nunca enfada os homens? A.- Os ganhos. P.- Qual é o sonho dos que velam? A.- A esperança. P.-0 que é a esperança ? A.-0 arn via do trabalho. P.-0 que é a amisade ? A.- A semelhança das almas . P.-0 que é u fé '? A.- A certesa dus cousas ignoradas e maravilhosas. P.- 0 que é maravilhoso'? A.-Vi ultimamente um homem de ca– beça para baixo, um morto andando e que nu nca ex istia. P.- Como pode ser isto, explicai- me ? A.-Era o reflexo de uma pessoa n 'agua. P.-E porque eu mesmo não compre- hendi isto, tendo visto tantas vozes cou– sas semelhantes? . A.-Como sois um manceho de bom ca– , racter, e dotado de um espírito natural, · vos proporei muitas outras cou sas ex– traordi narias. Procurai se put erdes des- cobrH-as. P.-Se cu me enganar emend ai-me ? A.-Fal-o-hei. Alo-uem que me é des– conhecido, sem língua nem voz , conver– sou commigo; elle não existiu antes e não existirá depois ; eu não o vi nem o o conheci. P.-Sem duvida tiveste algum sonho ? A. - Justamente, meu filho . Escutai ainda esta : Eu vi mortos formarem o vi– "º e aquelles foram devorados pelo sopro deste. P.-A fricçã.o de madeiras produzia o fogo e este as devorou '/ A.-E' verdade . .. A.-o que é um mensageiro mudo? P.- o que tenho na mão. A.-0 que tendes na mão? P.- Uma carta. e f F 1'2'!fF r: nsz.::r .,.,,,., ção ; ellas alte tum e ta avida curiosida– de com que o espirilo lonro e ignorante applica-se a todas as cou as , e este pra1.er tão vi vo, que elle toma de todo repen tina combina ção, e de toda a idéu um pouco engenhosa ; disposição que e manifesta tanto na vida dos individuo , como na dos povos, e produzindo umas , ezes som– nos os mais cstravagantes, ou tras as mais vãs sub tilezas. Elia dominava sem duvi– da alguma, no palacio de Ca~los Magno, e o singular dialogo de Alcu rno e Peppi– no provavelmente não são senão umu. amostra do que se passava muitas veze com grande alegria, en tre m,ses engenho'. semillarbar os, similettrados. ,, ( Continúa . ) Clu•o11Rica Beiigii.osa . A festa da semana santa foi nes te anno celebrada no conven to do Car mo, onde se acha funccionando o Cabido, sem o brilho elo cos tume, porque lhe faltou o r ealce da assistencia do Prelado, que não pôde ir fazer as solemnidades pois n ão se poder armar o solio em virtude do\acanhamen– to da respectiva capella-mór' 1 fo i por tudo feito pelo arcediago. A bençao dos san tos oleos ficou reser vada para quando estiv~– r em concluídos os reparos que se estao fazendo na cathedral. Na sexta-feira pregou S. Exc. Ilevma . ao recolher-se a procissão do enterro_ do Senhor no mesmo convento : o audito– rio foi immenso e ouviu , como sempre, com um respeit~ religioso, a voz do seu Pastor, que tambem , segundo~ costume, fallou aos seus diocesanos a lmg_u agem sincera da verdade, unica pr opna par a. convencer de erros e gravar nos se~s. ~ora– ções a moral do Evangelh o e a reh gw.o de Jesus Christo. . No conven to de s anto Anto~10 p r e-;sou o sermão da Paixão na s0xta-~e1ra o Re '-'.d. Missionario Apostolico Fr. Lm_z d~ Gub10, e consta que satisfez ao a:uditorio . ~as igrejas das Mer cez e Rosar~o dn. campm a tambem houveram sermaos que foram ouvidos com toda attenção por u m con– ourso numeroso. 1'la x i111.a 11101.•a1l. A. - Lrde pois felizmente . mr,n filho ? "C01!_Jü e~s1no, diz M. Gu isot, tacs con- - A. applicação do fatalismo á en ferm i – fütdo seria e<tu ivalente á sen t en ça ele pc-. na capital. ver açoos saCJ extremamente p11cri. : co– mo symptomiL e 11rincipio do movimen lo intellectnal, merecem uma grancle atton- Typ . dn EsTRELLh oo Nonn.
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