Estrela do Norte 1865
& ESTRELLA. DO NORTE , O peeeodor aos pés do Cruei– n x o. Tibi soli peccavi. SALOllÃO 50. Quem não verte, SBNHOR, amargo pranto. Ao ver-vos neste estado? Quem não detesta o horrido pcccado, Ao ve.r na cruz o Ser tres vezes SANTO ? Ao ver na cruz o Deos, o Pai, o Amigo Abrindo-nos o peito! ' Esse dom, meu Jesus, não mais regeito, Quero só respirar, morrer com Tigo. De mim mesmo fugi, venho asylar-me Nesse Teu Lado aberto ; De antiga sordidez todo coberto, Venho, Ss:rnoa, no sangue Teu lavar-me : Lava Teu sangue o peccador contricto ; Para o remll' morreste; E, se o ealix no Golgotha bebeste, foi por dar ,i da. ao que Te busca affiictó. De dôr pungido o coração m'estala Pequei, SENHOR, e agora ' Perdão minh'alma gemebunda implora E nos Sti'lpiros, no pezar s'exala : ' Abraçado co'a cruz a noite, e o dia Me hade ver laçrimoso ; Abraçado co'a cruz serei ditoso Tendo a meu lado a Divinal M~IA,; Neste lancBroe vale, oh Virgem l)oa O' ?dài de dôr immensa ! ' Por H veja apagada a minha offensa : Ah! Mi1.nu é POJ' mim ! O' Deos, perdõa. A . J. DOMINGUES. Soneto. Da urna da ex lstencia mal se~ra com rapidez os dias vão cahindo ; Do passado no abysmo tetro, infindo Dos gozos deste mundo sepultura 1 !lisos e pompas de fallaz ventura Nas :7agas de?tc mar se vão sumindo. ;– Da vida o pr isma encantador e lindo S'en-volve em ma.nto de fatal negrura 1 Folguedos infantis, alegres dias Sonhos, arro ubos vãos da mocidade Varrem do terp_po as az~s qiui sombrias,! Mas a. virt ;u.de acceita â Drvindade, Re~lstmdo da morte ás ç1gou.ias, Mais bella ,ai surgir na- etortit<la,de. S. ll. .M. Claroniea Relig ios a . Os seminaristas celebraram no dia 25 de Março o primeiro anniversar io de uma associação litteraria composta dos mais adiantados, e que funcciona regularmen– te todas as semanas em uma das san as do mesmo Seminario. Fazemns aqui memo– ria desta solemnidade afim de animar os membros de uma associaçã.o tãou til, e pro– vocar a sua repetição annual com dispo– sições cada vez mais bem formadas na as– siduidade dos estudos, e interesse escolas– tico. Na manhã desse dia foi celebrada uma Missa cantada, a cujo evangelho orou s. Exc. Rcvma., e coI3?-mungaram_ todos os seminaristas ; seguiu-se a sessao an– niversaria com assistencia do mesmo Eenr. Bispo, qne, depois de lerem discur– sos analogos os Srs. Santa Helena, Magno, e Amanaj ás, dirigiu á associação palavr3:s cheias do mais vivo inter esse pelo seu adi~ antamento intellectual, com o que foi terminada a sessão. Oresto do dia e principio _d~ noite foram passados em distracções llclta~ J.?repar a– das de ante-mão, ás quaes ass1stm o Sr. :Bispo. A.plto1•is n1os, 11ens1u11ent o s e re– flexões _religiosas. P O'R UM PADRE DE :11uNAS. - A divindade do chrlsti~nismo bri– lha na victoriosa resiste?C]-a, com que responde ao furor das pa1~oes ; ao ran– cor das heresias, ao canh~o das ! evolu– ções, e ás cavillações do philosoph1smo no longo curso de desenove seculos. - A' activldade dos advogados ~os di– reitos civis e políticos assás cont ribua _a inercia dos que advogam a causa dos di– reitos e dever es religiosos. - Nas entranhas de cada homem m~– ra um Mentor divino., sever? e que se nao pode corromper: é a conscienc1a. - A consciencia psycolog:ica ~iz á Al– ma o que ella faz : ?. consciencia moral diz-lhe o que deve fazer. - Uma t.l!i-n4ade tutelar protege o ho– mem nesta. vida : a, saber - a r azão - a– consciencia,.- a Graça divina. - A prudencia é uma idéa, que se n ão contém 'Q,O printj,gio fatalista. 'fyp. d-a ESTRBLLA 1;)0, NORTE.
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