Estrela do Norte 1865

tJG .1. ESTllELLA DO SORTE. soque mancebos ainda na flor dos annos, que eram a. esperança da patria e_dos sem, •~cm sido victimas do seu muito amor pelas letras ; mas tamhem é certo que a t1orte prematura não rouba somente os infatigaYeis pela. cultura do espírito, mas a.nda os de:;cuidado della, e entregues á toda casta de vãos passatempos. E de– mais - o que é o homem? - Ouvi-o da hocca de um celebre moralista : « Um so– nho que ~e desrnnece, um phantasma que de apparece, uma ave que atravessa rapi– damente os ares, uma náo que não deixa raEto algum sobre as ondas, uma poeira que o ,·ento 1cm, um rnpor que se dissi– pa, um orvalho que se evapora ao pri– meiro raio do sol ! )) Oh l por tão poucos dias que se vive so– bre d. terra vale mais, mil vezes mais, dei– xar de si honrosa fama na memoria dos homens, do que passar por e11a como ani– mal vagabundo, destituído do dom subli– me da racionalidade ! Quando o Eterno , por um prodígio de sua bondade ini1nita, vivificou a ma.teria inanime, á que depois chamou homem, com seu sopro divino, infundindo-lhe a alma, ccntela de sua mesma essencia, im– poz-lhe o rigut'0so deYer de illustral-a, afim de que as trevas da ignorncia não occultassem á seus olhos a verdade e a desviassem do porto de seu verdadeiro destino; e é por isso que emprezas como csLa, encaminhadas a tão grande fim se– rão sempre abençúadas e amparadas'por E1le. Mocidade f lançai as vossas vistas curio– sas pelas orlas de mais amplos e bellos ho– rizontes O astro da esperança, que se nos mostrava outr'ora envolto em caliginoso manto, vibrando ã custo em nossas fron– tes desalentadas pallida e semi-morta luz· eil-o que desponta radioso, despertand3 nos?os brio?.~ coragem, _e parecendo pre– sagiar-nos Ja 1mmarcess1rnis louros f Não duvideis da victoria: não é só sob a in– fluencia do benlgno clima europeu que se criam os grandes genios capazes de fa– zer uma regeneração na litteratura; tam– bcm sob o céo equatorial ellcs brotam vi– <;osos. Ocos, que com prodiga mão espa– lhou tantas maravilhas ne ta terra do Santa Cruz, nas florestas virgens que as– sombram seu solo, nos animaes que as povo.a~, no matiz e aroma de suas flores, na "~nedade de seus fructos, nas aves ~ulhcores que fendem os ares, nos rios g1gante5 que nascendo de soberllissimas lJ!-Onlanb~s, l'egam amenos prados e cam– r,U1as; nao pn<lia deixar de fa:vorecel-o com u !11 clA ~'·u,, uiais aprecia veis dons– os !J mos " os t ;fün 11,s forundos que, ao aspecto desLa natureza ridente dessem vi– da e animação ! Mocidade ! aproveitai-vos dos dons que a natureza espontaneamente vos faculLa : estudo, união e perseverança sejam as armas com que anniquileis os obices que se vos opoem em tão gloriosa senda. Uma vez encetado o caminho cobardia seria retroceder; quanto mais renhida e incar– niçada é a lucta, tanto mais se infl.amma a coragem do guerreiro denodado. Ei-a? mancebos; r edobrai de ardor e esforço 1 e dentro em pouco as trevas da ignorancia, que já começam a adelgadar- se á nossos olhos, se dissiparão inteiramente aos da– rões ethereos do astro da sabedoria. HYPOLITO DE SANTA HELENA l\IAGl.'1O. Jesus (;laristo é :f.Deos . O Evangelho é a historia de Jesus-Chris– to escripta por testemunhas oculares, os Apostolas ; diante de testemu_nhas ocula– res tambem, que foram os Judeus e os primiti vos christãos ; contad1:1- pelos ho– mens mais santos que se deixaram ma– tar por attestar a verdade de suas pala– vras. A leitura do EvangeTho, só, é a melhor prova da sua verdade. Até_ u~ celebre impio o confessava: n Nao e ass,im que se in11enta, dizia elle, e o inven~o1' d u~ seme– lhante livro seria por isso mais admiravel do que o heroe. >> • Cada pagina deste divino Livro, éª pro– va evidente da divindade de Jesu Chnsto. << Nunca homem algum fallott c9mo est eJto.– mem - diziam os judeus. » Abri _com e . ei, to o Evangell10 ... Que poder maudi_to • que autoridade I que calma ! qu~ sim– plicidade 1••• Jesus n ão .discute,_nao tr!– ta de provar ensina o que vê; diz, e ba.– ta-lhe a Sua 'palavra· está certo, affirêa. Falla do futuro com~ do presente. V -se que elle sabe tudo, que pode tud~. Ou prophetise ou ameace, ou promett ' :7ê se que Elle é o Senhor SupTerno q~te nao faltará á sua. palavra. Deos só fmto I;o– mern, e fallando aos homens é capaz d u- ma t al lingua~em. . Napoleão tinha razão quando _disse : << Conheço os homens ; pois bem, eu d'lg.o-vos que AQUELLE é mais t o que um homem:, » Mais ainda- Jesus christo affirma in- ce.ssantementc ::i. Sua dtv.indade. 1 J Nunca homem algum.ousou faze -o · :.. E ell.c pr a esfü prodigiosa affirmaçao por meio do milagres tão evidentes, tã_o incontestaveis que os seus mais encarm– çaclos in1mig-os são obrigados a recçmhc-

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0