Estrela do Norte 1865

,1 ESTUELL.il DO NORTE, sob esse especioso nom~ muitos_ dclks l tiva~entc realisados no solemni simo encerrem não pequenas immoralidades ; Dommgo de Paschoa. » mas emfim bavia'sempre nessas compo- j Estes accentos do Arcebispo são bem sições um pensamento religioso que até proprios a fazer uma profunda impres– certo ponto as adaptava ao tempo qua- são. Nem se pode escusar a represen tação resmal. que se annuncia, em vista do caridoso Tem-se permittido e permittir-se-ha fim á que ella se destina. A bondade ou ainda como nos mais fcultos paizes ca- a malícia de uma acção não deriva só– thoUcos, que se executem nestes san- mente do fim, mas de sua pro_pria natu– to1; dias_ musicas como o Stabat Mater reza. e das circumstancias em que ella se de Rossmi, a Cte1J.ção, as sete palavra faz . da Cru;;. de Ilyd n, e outras composições Em qualquer tempo seria louvavel _of– deste genero, que sobre serem obras pri· ferecer-se um divertimento em si ut_1l e morosas de arte, se acham muito em con- e moral, em beneficio dos pobres, isto formidade com opensamento christão que porém, no nosso caso, já não se pode mo– domina esta parte do anno liturgico. Mas ralmentc fazer em razão da circumstan – u Igreja reprova todas as representações eia do tempo. profanas durante o tempo da quaresma. Ninguem dirá com effeito qu e fosse_b~m .Mo é doutrina minha, mas de todos os cabido um baile Sexta-feira da Pai_xao, moralistas christãos. sob pretexto que as pessoas qne _o dao ~e cc Ah I exclama cheio de dôr o grande propõe a uw. fim caridoso. A' vista pois ArcebiSJ,lO D. Romualdo, o q~e é hoje de tã~ graves J?Otivos espe~o, Sr. Dr., que entre nos o tempo quaresmal, ou quein- v. S. mterpora sua autoridade para qu e lluencia exerce elle sobre a moral publi- seja differida para depois da Pascbo'.1- e st a ca ou particular? Qual é o caracter que o representação, satisfazendo-se assif as distingue nos juízos do mundo corram- pias intenções da Igreja tanto quan ° as pido, ou cm que differe elle doe; outros exigcncias de uma sociedade, com<? a nos– tempos do anno, a não ser nas pompas sa, baseada nos princípios cathollcos. - l1;1gubres d6 11m culto !meramente exte- Deos Guarde a V. S. r10r, e despido !d'aquella intima adoração cm espírito e verdade, que!nos ensina o Evangelho? Ao passo que a Igreja, re– PE-ssada de profunda magoa pela recorda– çao da mo1·te do seu Divino Esposo, se cobre de luto, e convidando seus filhos ao recolhimento e compuncção suspende a solemnidadc d'aquelles me;mos actos que, apesar de santos e veneraveis, cos– tumam dar logar aos festins e prazeres do mundo, estes, longe de interromper– sc, cm reverencia dos mais sacrosantm, mystcrios do _christianismo, continuam com a mesma msaciavel avidez, sem que ao menos pare a caudalosa corrente, em quanto passa a Arca Santa. u Uma_ mistura ou confusão sacrílega fe– re contmuamente os olhos, e contrista o· cor~ções catholicos. A par das repre– s3n ta~oes tocanées da Paixão do Redemp– tor, sobem á scena nos thoatros dramas profanos, e que, segundo nos consta não t ANTONIO, BISPO DO PARÁ . Illm. Sr. Dr. José d'Araujo Rozo Danin, D. Chefe de Policia da Provwcia. Seeretaria da Policia do Pará 6 de Abr il de i8!fü. - Exm . e nevm. Sr. - Em ~e~– posta ao officio que V. Exc. Revma. diri– giu-me hontem, pedindo que faça trans– ferir para depois da Paschoa a rep_resen– tação theatral annunciada para hoJe, por ser ella inconveniente no tempo presen– te, declaro a V. Exc. nevma. que para esse fim tenho dado as minhas ordens. E Deos Guarde a v. Exc. Revma. - xm . e nevm. sr. D•. Antonio de Macedo ci st ª• D. Bispo desta Diocese. - O chefe d Po– licia, JosE n' ARAUJO llOZO DANIN. PORTARIA. podc~l achil:r escusa ante a moral ~inda a .m~)~ b~p1gna e tolera~te ! E por er;ta occasuo n,to podemos dmxar de reiterar Attendendo Nós á variada in strucção, os ~os~os votos por uma reforma que im- aptidão para o ensino e mais partes que peuo_sll;~ento reclamam as conveniencias reune o Dr. Adolpho Kaulfuss O Temos tia ,civill'?çilo christã. Nós lamentamos, nomeado e constituído, em dat~ de 4 de qu_r, se n,io tenha comprehendido o que Dezembro de i863 lente de musica vocal exige ª santidade do tempo quaresmal do No~so e.mina.rio desta capital, e de e 1 1~? .po~· ,vezes se haja pretendido oITe~ 1mgua grega em 8 de Junho de f 864 ; e rr,r,t 1. igu,i, ~ (; ·~1;1:.ta ·ulos o bailes de mas- como o mesmo profcs or tenha desempe– fara. no prnpno ~ül.ibado tianto, e efl'ec- rthado até o presente este duplo mugiste-

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