Estrela do Norte 1865
outra vez para que apostatas,;e; e recu– ~ando eu, puzcram-me de novo a ca!lga ao 1-cscoço, ligaram-me ambas as maos, com') no dia anterior, ataram-me forte– mente pelos r ins a uma polijonda, em segu:da puzeram-me um forc:1 de debaixo da barba para me obrigar a olhar para o céo, e deixaram-me nesta posição até ao meio dia, exposto aos ardores de um sol abrasador. O magistrado quiz ainda re– conduzir-me a casa do prefeito, mas an– tes que eu fosse introduzido em sua ca– sa, um dos satellites nos expulsou. En– tão o magistrado ordenou ao apostata illeô que me prendei;se os braços em fórma de cruz, e· que me atasse uma corda á roda da cin~ura; elle tomou uma vara, e le– rnu-me assim até á villa de Tien-Tbiep. Era já noute quando lá chegámos; o magistrado fez-nos conduzir atójunto do charco onde eu tinha bebido agua; ata– ram-me os pés a duas estacas, prende– ram-me fortemente os braços á canga e deixaram-me a•sim estirado no chão to– da a noite, para ser espicaçado pelos mos– quitos. A 29, fizeram-me levantar, collocaram a.traz de mim u . a estaca, á qual me li– garam fortemente pela cin tu ra, os bra– ços sempre presos á canga, em fórma de cruz, e puzeram-me novamente um for– cado debaixo da barba para me obrigar a olhar para o céo. Dei xaram-me n esta posição até á tarde, exposto aos ardores do sol. Quando entrei para casa do magistra– do, apalparam-me desde os pés a té á ca– beça, para ver se achariam a g raça de neos que me tornava t ão corajoso para supportar estes tormentos. Eu disse-lhe: (( Quanto sois n escios ; a graça de Deos é uma cousa invisível e espiritual , como quereis achal-a nos meus fatos?>> A 30, puzeram-mQ na mesma posição da antecedente, empregaram mais uma cruz que suspenderam eo tre as minhas JJCrnas: um individuo estava a meu la– <.lo; de tempos a tempos o magistrado perg'_!rntava-me : « Cáo, queres apostatar? - \a0: este ind ividuo dava-me então urna. hofctacla. Prenderam além disto um tão ao 1Jé de mim. Fiquei nesta posição por espaço de tres dias. A' noute despren– deram-me. atanazar-me ?" O magistrado ficou fó ra de si. Só se tinha preparado uma tenaz; ellc mandou crue lhe mettessem o meu dedo pollegar direito. SofJri uma dõr hor– rível; o dedo ficou esmagado; o braço inchou todo, mas eu não disse urna pa– lavra. o magistrado, disse-me : 11 cami– nha sobre a cru z ! Não! n Eu já n ão sa– bia o que havia de fazer, nem o que h a– via de dizer. No di a seguinte, disse ellc a um homem da villa : (< Vai a casa do ferra dor e dize-lhe qu e prepare u ma ta– boa guarnecida de pregos agudos par:a nella fazer assentar Cáo; dize-lhe m_a1s qu e traga as suas tenazes. Em sei;md~ mandarei fazer uma gra nde cruz e fa rei prcg-ar nella Cáo na estrada como o seu Jesus ; depois fal-o-h ei morder pelas abe– lhas e dei tar n'um formigu eiro, etc._ Entretanto, os chefe5 da villa se aJun– taram para assen tar praça a um soldado. Quando se acharam r eunidos) um d~lle? disse . uNo ou tro dia nós levamos Cao a casa do prefeito ; elle or denou que ~e afiassem os sabres e que cor tassem Cao em tres bocados e elle respondeu em al– ta voz: uAinda' bem l ,i Ter á elle medo de nós ? Os outros esforçar am-se tambe~ po~ dissuadir o magistrado, ~as elle n a~ qmz attendel-ob. Então disseram-lhe · Se matardes Cáo só vós sereis o r espon– savel; nós não 'quer emos tomar parte nesse negocio. » A 8 de outubro O magistrado poz-se a caminho para lev~r o novo recrut~ ~ ca– pital ; voltou no fim de m ez e m ~io,. e~ julgava que â sua volta m e comena vivo , mas com admiração minha,. poz-me e1:11 liberdade ; sómente fui obnga~o \ VJ.r dormir em su a casa todas as noiJe\ Agora, Cão, que d'antes era t ?-o_ _imo– r ato> préga afoutamente a r eh giao a_os p~gãos da ~ua villa, e exbor_ta os chfis= taos das v1sinhanças a con trnuarem t 1: mes na fé. o seu exe;nplo t em _c0n i::,1- buido pod er osamente par a .ª ~i.hficaçao dos chrlstãos d'aquella prov1ncia. ( Extr .) Vari.e1la1le 0 A 2 _de outubro, o magistrado mandou nrranJar quatro especies de tenazes para me apertar os dedos àas mãos e dos pós. Quando ll~e ouvi transmittir esta ordem, aproxirnr\-mr dclle fóra de mim, e dü,– se--lhe: uSfinhnr í-'.Gvernador, aqui tendes o ?Di;ú pescor,o, tomai uma faca e cortai– mo para ar.ahar com isto; de que serve DELLA MANIFESTAÇÃORELIGIOSA. EM PA.LERMO. Uma grande e important e demonstrac- 9ão, na qu al a cidade de Palermo to~o~ rnteiramcnte-pftrte tflve lugar no dia ., a tarde, em hon ra' da I.mma.cula~a Con – ceição, e apczar dos revol uciona! 10~ que empregaram todos os meios passiveis pa-. ra imped il-a ...
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