Estrela do Norte 1865
o A ESTnELLA. 0}0 NOR'I' E. org-ulho venrlo sempre nas fileiras de seu clero homens distinctos, que perpetuem e ·tas gloriosas tradicções do Sacerdocio , :is qu:1.r,s aqui, como por toda a parte, merc,~ de Dcos se tem ainda felizmente cons'ffvauo? Aj udai- .·os, pois, a realisar um pensamento tão grande e tão fecun– do para o ú1 turo destas duas Provincias. Além dos alumos en vindos á Europa, te– mos ainda no Nosso Scminario 5a que Nos enchem da maior consola('àO e esperança; preciosos gcrmens, plantados junto das aguas do san tuario e que cultivamos cada dia com estremecido cuidaào. De"ejara– mos tambem, e é esta uma idéa que af– fagamos, de á muito, cm Nosso coração: desejáramos fundar aqui um a5ilo para meninos orphãos e indigentes. Corta-Nos com effeito o coração, Irmãos e Filhos muito bmados, encontrar sobretudo nas nossas Yisitas pastoraes, tantos men inos esperançosos, d 'intelligencia atilada e op– tima índole, que l'\os vem supplicar com lagrirnas nos olhos que os tornemos a Nosso cargo para educal-os nas virtu– des e nas lettras, e sermos obrigados a recusal-os por falta de um asilo con– veniente, onde pos am ser mantidos e educados. Que bem immenso não fa zi a ao Pal'á um estabelecimento desta ordem? Infelizmentefallecem-l\'os os recursos. To– dos os de crue podemos dispôr se acham já esgotados. Esmol:is da Caixa-Pia; obo– los offcrecidos no chrism:i.; pequenas som– mas dadas por um ou 0utropai; uma mo– dica subvenção com que concorre a Pro– víncia do Amazonas, e d'agora em diante tambem a a,juda de custo que Nos é offe– recida pela do Pará para a visita pastoral, tudo temo empregado, e en ,pregaremos, com summo gosto, nesta santa. e merito– ria obra da cd ucação dos meninos pobres. Mas e ses recursos são p0r demais insuf– fici entes. Não ha outro meio, pois, senão recorrer á caridade publica, senão fazer um nppello ao coração de Nossos caros diocesanos, bem certo que todos se apres– sariio a vir em Nosso auxilio. Nada que– remos para Nós ; para vós, para vossos fi– lhos tudo. Estamos vivendo na. pobreza; eontP11tando- os, como S. Paulo, de ter rnm que ves tir-Nos e alimentar-Nos par– l'amente : Ilabentes autem alimenta ct quibu teumnw· his contenli sumuf, (10) Se quere– mos augmentar Nossos recursos é so para ;podermos realisar maior bem. Filho& raríssimos I daí-Nos pois uma esmola; 6 o vosso Pastor, é o vosso Pai truc vos (':'l<'nilo a mão o vos pede uma esmola pam ruur.ar nlinrns meninos po- 110) T Tim bres, que uro dia \'OS pagarão com usura o beneficio que agora lhe- fareis. Não, não se dirá que um só de vó r ecusou uma esmola para um fim tão santo e tão jus– to I Dê o rico, de sua riquesa, muito ; de o pobre, de sua pobreza, pouco ; to– dos de bom coração para esta grande e piedosíssima obra l Deos, que não se dei– xa vencer em genel'osidade derramará so– bre vós toda a doçura de suas bençãos. Se Elle diz no Evangclbo que u m copo d'a~ gua fria dada em seu nome, não ficara sem recompensa, quanto mais uma es– mola tão meritoria, uma esmola de ta– manho alcance para sua gloria e salva– ção das almas I Quantas preciosas g raças attrahiriio sobre vós as orações desses bons jovens? Ficai certos que elles te– rão sempre as mãos levan tadas para.o Céo, implorando a divina 1\lisericordia em favor de seus bemfeitores t E quando um dia forem Sacerdotes, poderão elles esquecer no Santo Sacr iflcio áquell~s que lhes abriram as portas do Sanctu ano e <? 5 fizeram chegar á honra suprem~ de m~– nistros de Deos sobre a terra ? Nao tereis uma parte nas boas obras que ell~s pra– ticarem? E o numero immenso d almas que elles salvarem não vos bemdü:ão du– rante toda a eternidade? Dae, pois, esta preciosa esmola; nenhuma será por .cer– to mais do agrado de Deos e mais di gna de vosso coração. , Eis o que temos disposto para m elhoi regular o modo de recolhel-asd: Nossa 1. 0 Os Revds. Parochos de to ?- ª nta Diocese com o zelo de q11em muito co .. ' ·s vezes mos lerão no pul pito uma ou mai ' ' t N sacar- conforme a opportunidade, es a os plaros ta Pastoral, e farão circular exem della em toda a sua parochia . esmos 2. 0 Uma vez no anno os m a de– Revds. Parochos sahirão com toda ndo cencia pelas casas ou sítios r ecoll~eros as esmollas em dinheiro ou em g~ d d que lhes forem ofl'erecidas pela pie ª e dos fieis. xcur 3. 0 De volta de cada uma dessas e - sões Nos enviarão uma r elação exacta das esmolas r ecolhidas e os nomes dJs E~!– soas que as ofi'ertaram, o que tu O - rá archivado na ossa secretaria para em todo o tempo constar. , 4.º Os mesmos Revds. Parochos toma– rão igualmente nota exacta das esm.olas que lhes fowm es_pontaneament~ .911ere– cidas no correr do anno, e irao . em tempo fazendo remessa de t odas ao Nos– so Revm. Vigario Geral , que dará o com– peter1tP re"i-00 e as fará entrar para a Caixa-Pia da Diocese . ti .º Na. escolhn. qtie se tiver de fuzer de
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