Estrela do Norte 1865
Dmuiugo A...tano .iUI :a D ele l'f.l,u-~o A ESTRELLA DO NORTE. SOll os AUSPICIOS Dll s. BXC. nBVMA. o sn. D. ANTONIO DE IIIACllDO COSTA , ll!SPO DO PARÁ . Carta Pas~oral i\lOSTRANDO A nussÃa RELIGIOSA E SOCIAL DO CLERO, E INVOCANDO A CARIDADE PUBLICA El'ú FAVOR DA OBRA DA EDUCAÇÃO. o. Antonio de Macedo Costa, por graça de Deos e da Santa Sé Apostolica, Bispo do . Pará, do Conselho de s. M. o Imperador a quem Deos guarde, etc. Ao Clero e ao povo fiel do Pard e Amazonas, saúde e bençao em Jesus Christo Salvador nosso. Tendo, graças á Divina Providencia, ter– minado com feliz exito a viagem que ri– gorosos deveres Nos obrigaram á empre– hender até á capital do Imperio, Nosso coração se dilata nas effusões do ~ a~s suave jubilo, vendo-Nos emfim rest1tm– do a este querido rebanho, em quem, du– rante a ausencia, tivemos sempre em– pregados nossos mais assid uos cuidados e pensamentos. - Deos nos é testemunha, Irmãos e Filhos caríssimos. que fizemos cada dia saudosa memoria de vós em Nos– sas orações e sacrificios, e que não pou– pámos esforços para tirar desta viagem todas as vantagens, á que Nos propuze– mos em prol de Nossa Diocese. Com ef– fcitd fomos, ante~ de tudo, adyog8:r ao pé do Governo os mteresses mais v1taes clelfo. • fomos expôr de viva voz tantas imm;nsas necessidades a que convém dar a mais immediata satisfação ; era um dever sagrado; cumprimol-o com respei– tosa franquesa, em toda a sinceridade de Nosso coração de Bispo. A_s pa!avras a_u– gustas que ouvimos, as ammaçoes precio– sas que recebemos, os opportunos soc– corros que nos foram dados e prometti– dos - senão tão abundantes como os re– qt1ercríam as necessidades 1 proporciona– dos pelo menos ás forças actuaes do Tlle– souro, tudo Nos fez volb'tF ch e-io de Venite et nmbulemus in lumine Domi ni. ISA!. TI. 5. nova animação e coragem aos ossos tra– balhos apostolicos. Muito pouco, Irmãos queridos, qua i nada temos feito no meio de vós; ape– nas um ou outro pequeno sulco aberto no v~sto camp_o_ que nos foi_ confiado pe– lo Pai de Familia ; mas nao desanima– mos por isso ; novos sulcos, com o favor de Deos, se abrirão ainda; a semente é boa, a terra fertil ; não faltarão os orva– lhos do céo; e a seára d'aqui á pouco esta– rá lourejando vistosíssima. Ah I quantas vezes nosso olhar, cançado de tantos es– ,pectaculos tristes, se embevece nesse bel– lo e grandioso futuro que se rasga dian– te de Nós todo Hluminado e cheio de es– peranças 1 Quantas vezes firmando bem a vista parece-Nos j á entrever bruxoleando nJ horizonte clarões precur1,ores de uma au– rora esplendida? E' a luz de Deos que se levanta; é Jesus Christo que vai tomar plena posse de vossas almas ; é o Evan– gelho da Salvação que se vai diffundir, como um relampago de luz immensa, no meio de tantos povos assentados á sombra da morte; é o trabalho, é a moralidade, é a civilisação verdadeira que vão desenvol– ver-se mais e mais nestas serenas regiões, ao sopro vivificante do Christianismo. Tal é o futuro de Deos, o futuro em cuj a rea– lisação temos tr~balhado, continuaremos á trabalhar até o fim. Morreremos talvez sem attingil-o? que importa! Nossa obri– gação é morrer extenuado na fadiga. Deos não nos hade pedir conta dos r esul tados obtidos ; mas sim dos esforços fe-itos. Fi– lhos dilectissimos, o que queremos é fa– zer-vos chegar ao fim --supremo de vossa creação, que é a gloria de Dec,s pela eter– na felicid~de de vossas almas. Para isto é necessar10, antes de tudo, fazer reinar em vós Jesus-Christo, caminho verdade. e vi~a ; Jesus Chri~to no seu Éspirit~ dÓ Santidade, na plomt uàe do sua for •a n a perfei ção de sous caminho na e 1111nu-
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