Estrela do Norte 1865
A ESTRELLA UU NORTE, Na bonança ou na procclla E' sempre fulgente estrella ; Nem mesmo póde escondei-a Da morte o manto fatal! Ergue a fronte e não se humilha Sendo do céo alma ilha, E sua luz immortal brilha Através das gerações! Com a vida transitoria Do sabio não finda a gloria Porem revive na historia ' Dos povos nas tradições ! ' IV Eia! avante! estudar! seja o grito Que das lettras o fervido ardor Faça ouvir e morrer no infinito Jµnto ao throno do Eterno Senhor! Sem traball10 não quebram mu,,indo Doidas ondas, n'um bymno se~ fim• S~m tr~balho não rolam fulgindo ' Mil luse1ros no etbereo setim. Estudar! que sem fola e trabalho Não chegámos da luz ao fulgor. Como a flor reverdece no orvalho Cobra a mente no estudo vigor! Sem trabalho não vôa a avesinlia Que a Deos louva no doce cantar. ~em trab~lho não corre a fontinh~ Nem as brisas nos plainos do ar! Tudo á lei do trabalho obedece Homens, brutos, 0 os Anjos até': Onde amor do trabalho fallece Falta a luz da esperança e da fé! Eia! avante! estudar! seja O grito Que das lettras o fervido ardor Faça ouvir e morrer no infinito Junto ao tlll'ono do Eterno Senhor ! Pará 5 de Março de 186~. SANTA HELENA MAGNO. Clu•onica Religiosa. :- N~ dia_ r; deste mez foi feita no se– m~nario Episcopal a distribuição dos prc– im~s pelos alumnos que mais se distin– guulim !:Iº anno lectivo passado, por sua app caçao e comportamento. Teve este acto logar cm um recinto conveniente– me~te preparado, cujas pÚedes estavam or~adas com os retratos de cinco distinc– tos_ prelados desta diocese, e com o do fal– lccido Arcebispo Marquez de Santa Cruz par?' q_uc, attestando a todos as virtude~ ehri~tas de que foram cultores, incilaR– sem ª moridarl,, :.:. <,rna1'-se com os dotes em que tanto iwullaram aquelles illus– ll'CS personagens. htiu-sc ;i. solcmnida– dc com o bello ca.ntico, a c1uatro vozes, melodia dellydn,enthusiasticamentecxe– cu tada por todo o côro composto de mais de vinte voze : Honra ao merito ! Resoem Altos hym1ios d'alegria, Ao saber, á sa virtude Seja dadct a primazia. Aqui transcrevemos o que a respeito deste acto solemne publicou o Jornal do Amazonas de Gdeste mez : _«Fez~se no domingo 5 do correu te, no se– m!nario episcopal, a distribuição dos prc– m10s p_elos alumnos, que, no fim do an– uo lect1vo, mais se distinguiram por seus progressos, applicação e comportamento. . Foi uma festa litteraria, brilhante pela 11lustrada assistencia que teve, e . grave pela religião, que de tal caracter reveste sempre os actos a que preside.. Harmoniosos cantos executados pelos seminaristas discipulos do sr. dr. Kaul– fuss, nos prJpararam convenientemente para o que ia seguir-se. . Um elegante discurso do sr. conego Lmz Barroso de Bastos, como presidente da ~ongregação dos lentes, mo~trou que o 1~centivo do premio é prefenvel ao cas– tigo, para levar os homens ao bem ; e a sua tocante animação aos ec;t~dantes pa– ra continuarem a merecer .tao honrosa distincção, deixou de certo nessas tenras almas impressão bem profundas. . Seguiu-sé a distribuição dos premi~s feita pelo exm. diocesano e pe~o.s convi– d_ados ; e, depois de uma _rnagnrfica poe– sia do talentoso serninansta S~nta Hele– na Magno que mereceu o premio de ho!l– ra; o sr. dr. Kaulfuss discorr~u magis– tralmente sobre a origem da lrngua gre– ga e sobre as causas que lhe ~reara~ os di[erentes dialectos. A historia, ~ plulo– logia, a critica, a poetic~, a _musica d~r– ramaram riquezas aprec1ave1s no se~1 dis– curso, que, embora longo ( nec~ss1dade do plano), foi ouvido com attençao cons– tante. Seguiram-se em coÓclusão, novos can– ticos pelos me~mos seminaristas. » E~ lu_gar competente se acha a lis;a da _distribuição dos premios, e a poesia recitada pelo seminarista santa Helena Ma~no; em outro numero publicaremos º· discurso do Sr. conego Barroso . A ul– t11!1a cantata cm varios córos, que ter– m11:0~1 a solcmnidado, é primorosa com– pos1cao do r . 1 r. Adolpho Kaulfuss, pa– lavras do jovcn seminarista santa Hele– na, e fez um grande e bellis:simo offeilo. Typ. da ESTHELLA 1JO Nor-.n~.
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