PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

I • ,.,.. :nn11ii1111n1111111111111111111m11111111mn11H1111n1m1111n1m11rm1111111nn111111c ~1 METHODOLOGIA PRATICADA NO CURSO PRIMARIO I* 103 i11111111111111111111111111111111111111111111111111uu1111111111111111111111111111u11111111111a! honestos, pois, não é preciso sermos ricos para sermos felizes; ao contrario, quando somos po– bres e bons, basta termos o necessario para vi– ver e alcançaremos a Felicidade. Maria Cravo. (Vencedora do 5. 0 anno ). A CORAGEM (A' vista de um quadro) Havia em uma choupana, arruinada pelo tem– po, mas embellezada pelo·jardimzinho- que a cir– cumdava, uma velha doente. Possuía uma filha carinhosa e loura como os raios do ·sol, ·que lhe dava os remedios e cuidava da limpeza da ve– lha cabana. Indo uma vez á villa proxima com– prar remediqs e alimentos para sua mãe, encon– trou . á beira da estrada um cão enorme, que sa– hira de uma quinta onde o seu dono m.orava. Sendo muito bravo, vivia amarrado a um pau que ali estava fincado no chão. • Nesse dia, aproveitando o momento de dis– tracção das pessoas da quinta,. tanto fez que desprendeu-se, indo deitar-se á margem do ca– minho por onde tinham de passar os viandan– tes. A pequena era muit<,> medrosa e logo que viu o animal correu, gritando_. . Este, porem, quanto mais corria ella, com mais força ladrava e .avançava, tentando mordei-a. Passando perto daquelle logar um menino, que ia para a escola e ouvindo gritos angusti– osos, afflictos, foi ver o que se passava. Deparou com a pequena na estrada, perse– guida pelo cão, e correu para defendei-a. Tomando um pau, ali existente, deu tanto no animal que este fugiu ganindo de dores. Depois, como a menina tivesse ·medo de com– prar os remedios, levou-a á pharmacia e con– duziu-a em seguida á casa. A mãe da pequena, alegre e commovida, a– gradeceu a bôa acção do rapazinho, que, pra• zenteiro, assobiando uma musica .de sua predi- lecção, se dirigiu á. escola. . Ao chegar lá, como já fosse tarde, a profes– sora perguntou-lhe por que razão se tinha de– morado. Elle -narrou~llrn a acção praticada, como de– ffendera a menina, sendo muito elogiado e applaudido por su:a mestra e collegas. As.sim devem proceder sempre todos os me– ninps. Acções como estas são muito louvaveis, Não se deve abandonar nunca um ente inde– feso nas occasiões de perigo; aos fortes cabe a defesa dos fracos.

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