PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
.t -' . . ':flllllllllllHllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllnllllllllllllllllllllllllllllllll: ~'i METHODOLOGIA PRATICADA NO CURSO PRIMARIO !# 101_ in111111111111111111i1n111111l111111111i111lf1111il11111111i1111111111111í11'11111111111iuiifn! Ella eslá affÚctissima, porque o ceu acha-se .carregado dr nuvens escuras, os relampagos de instante a instante fuzilam em zig-zags. A pobre. camponeza não acha meios para ar– rancar o carro do lamaçal em que ficou enter– rado e vê que. se a · chuva desabar, estragará o trigo, causando-lhe enorme prejuízo. · M.as , como Deus não desampara quem é tra– balhador, appareceu-lhe um auxilio. Um rapaz– irrho, passando na estrada, dispoz-se a ajudai-a, empurrando: o carro por traz, tornando assim mais facil. Ao . longe· vejo outros moinhos, parecendo muito pequenos pela grande distancia em que elles estãq. Cezar Fernandes. ( ~ encedor do 3. 0 anno ). · O CARVÃO O quadro que tenho á minha frente reirresen– ta o .fabrico do carvão. Deve ser mais ou menos 1 hora da madru– gada; a iua ainda está ·brilhando no céu e pro– jeta os . seus bellos raips luminosos nas aguas de um manso ·regato. Avista-se a floresta na qual, a esta hora, os animaes que a habitam, de– vem estar · dormindo e, então, quatro homens · aproveitam essa occasi,ão para fazer o carvão, para, · no dia seguinte, o venderem na cidade proxima e com· o producto comprarem o neces– sario para o sustento de suas familias. Adianle, entre as arvores seculares, avista– se a coivara, logar onde elles põem a lenha, para mafs tarde se transformar em carvão. Mais á-. esquerda, .uma fogueira. Creio que elles a fi– zeram não só para aquecei-os como lambem para espantar ·os. animaes bravios que os qui– zessem. atacar. Em toróo dessa fogueira tres ho- . méns estão de pé, einquanto um outro traz nos braços pedaços• de lenha; penso que vêm depo– sitai-os nei\'sa fogueil'a · para avivar as chammas, Os rostos aesses homens estão avermelhados porque acham-se muito perto do fogo . Ao lado delles vê-se .um ancinho com o qual revolvem as brazas. .Os sapatos ;que elles trazem devem ser propriós para· esse trabalho, pois são mui- • to grossos. ,As chammàs das fogueiras elevam– se quasi •á . altura. delles. A um dos lados do quadro · vê-se' um pé de ananaz silvestre. Um d,os hqmens, o mais ,edoso, já eslando muito fa– tigado ·pelo excesso do trabalho, sentou-se numa .pedra ·ao lado da fogúeira para descançar um pouco. . - ' ; ' .. · · . . . Mal'io Femandes . • ' ~ :í 4 •~· .,.,.,_ __ , r. ·---:: ·..,. {Vencedor do 4. 0 anno)
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