PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: ~= :-t.., 7'1 PR OCESSOS P EDAGOG I COS ª~~ =IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIINIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII= 89 escriptor que o Brasil poderia ter evitado esse massacre, cessando a luta logo depois de proclamado o governo na– cional em Ass4mpção, composto de amigos alliados .e repre– sentantes daquella phalange de patriotas paraguayos que ti– nham combatido ao nosso lado pela liberdade de sua Patria. Foi Lopez ou o governo deste que nos tinha offendido; des– de que tornou-se foragido e desmoralizado por tantas derro– tas, vendo arrazadas as suas fortalezas, destruída a · sua esquadra, esmagado o seu exercito, parece que o bravo ma– rechal Caxias teve razão de se recusar, dahi em diante, a fa– zer-lhe uma ·guerra de capitão de matto, caçando-o. A continuação dessa luta serviu apenas ·para augmen– tar o numero de sacrificados. de parte a parte, e ·dar maior realce á figura .de Lopez que, destemido patriota, ainda ar,. - rastou comsigo os ultimas jovens capazes de pegar em ar– mas, para todos morrerem com ellas na mão. Bastaria que o Brasil exercesse o seu ,protectorado sobre o novo gover– no nacional dos paraguayos e Lopez teria desapparecido da scena, fugido para à Bolívia e, desprezado pelo seu povo, que não mais governaria. -Como quer que seja, a ultima pagina dessa campanha dirigida pelo Conde d'Eu contem outros rasgos de heroi– cidade e de . estrategia militar dignas da primeira. j\cções heroicas Essas acções heroicas dos brasileiros, muitos dos quaes figuratll nesta gloriosa galeria, têm o mesmo cunho de brio e de nobreza das que precederam a guerra de Paraguay; Os seus auctores já traziam o nome aureo1ado da batalhç1 de Monte Caseros pelejada contra Rosas, como da de Passo de Tonelero, do Salto, do Paysandú, da tomada de Monte– video, e, rompendo a guerra contra o Paraguay, os nossos soldados e officiaes souberam imitai-os. Assim, vê-se o coro– nel Porto Carreiro e outros cobrirem-se de glorias na defesa de Matto-Grosso. Em Riachuelo, é bem a nossa marinha, ·di– gnamente representada pelo bravo Chefe Barroso ·e mais of– ficiaes inferiores, ·que faz respeitar o nome brasileiro, des- ~ truindo para sempre a esquadra inimiga; nos combates de Mercêdes e Cuevas, continúa o mesmo brio, ao passo que em terra são humilhados Duarte e Estigarribia, na batalha de Jatahy e no cerco de Uruguayana. Lopez desillude-se de sua empreza conquistadora e desperta de seus sonhos, mas resiste, pondo em prova o denodo dos nossos irmãos; com– mette atrocidades, e esses cdmes ainda mais reclamam a justiça dos alliados;' de vez em vez tomba um dos nossos he-
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