PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

l :111111111111111111111111111111111111111111111111111HIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHI: 7'~ PROCESSOS PED A GOG I COS ~(~ i.11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111:i 87 colonia brasileira, recorrendo-se ás fontes authenticas ·de his– toriadores, como o Visconde de Porto Seguro, João Fran– cisco Lisbôa, Capristano de Abreu e outros, nós veremos que os primeiros symptomas duma evolução democratica pa– tenteia-se pelos effeitos moraes da expulsão holl,andezà em Pernambuco, onde um povo, cançado e desarmado, venceu as hostes militarizadas, muitas vezes vencedoras em bata- lhas européas. . Em seguida, em 1684, isto é, 30 annos · depois daquella luta armada, o povo de Maranhão teve a nobre coragem de insurgir-se contra os escandalos do monopolio commercial e da intervenção dos Jesuítas na vida colonial, .chegou a de– por o governo e organizar um regímen especial para sub– stitul-o, tendo por orgão o grande Manoel Beckman, embora fosse elle, traiçoeiramente abandonado, para ser assassinado pela chamada justiça d'El-i-ei. . · Parte dahi o movimento libertador do paiz. Não foi urna agitação republicana, porque teve um caracter patticu– larmente economico; mas pode-se affirmar que a revolução de Beckman é um dos elos da bella corrente ·democratica, que nos trouxe até á republica. Em 1711, em Pernambuco, o choque de interesses na– cionaes ou a questão nativista, travada entre portuguezes e brasileiros, lança toda a província na «Guerra dos Masca– tesn e, por essa occasião, banido ·o governador portuguez· e reunido o povo da capitania, em numero de 20.000 pessoas na cidade de Olinda, ouve-se pela primeira vez, a ousada proposta, feita pelo brioso sargento-mor Bernardo Vieira de Mello, para que rios libertassemos do governo p9Ftuguez, substituindo-o por um regímen republicano, á semelhança do de Veneza. · Tambem pouco importa que Vieira e seus companhei– ros fossem mais tarde victimados pelos inimigos da nascente nação, porque a semente da liberdade iria abrolhar na gran- diosa província de Minas. . Assim, a «Guerra dos Mascates » é um outro elo de nossa corrente democratica. . Sabemos como ali, em 1720, isto é, poucos annos de– pois, Felippe dos Santos fez levantar o povo dos arraiaes da industria de mineração, contra o mau governo,do Conde çle Assumar, que o opprimia com impostos e mais vexames. Em 1789, no mesmo seculo e na mesma província, a figura sympathica e santificada de Tiradentes enche o Brasil inteiro de enthusiasrno patriotico, devido ao seu martyrio, como ao relêvo que deu á conjuração republicana, que elle propagou. Tambem_não importa que a tyrannia tivesse reagido, exter•

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