PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

r :WIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHIIIHHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHIHIIIIIIIIIIIH: ~~ PROCESS 'Ó S PEDAGOG I COS i~ ~= ="' i1NN11NINIIIIHIIIIIIHRIIIIIHIHIIHllfNIIHINIMHllfflNtlN.IIII.........UIIIHIHUli 81 resistiu e resistirá ao torvelinho funesto e manterá como tem mantido, bem alto o lábaro desfraldado em 1909, vindo, sem desfallecimentos, trazer-vos esta pequena exposição que muito diz, muito representa e muito vale. O que ides ver, senhóres, é original e é produzido pelas mãos de cada um daquelles que, com a sua- assignatura .ainda mal segura, as– signa a responsabilidade do seu propnio trabalho. A acção do mestre é sobretudo moral e auentiva.:...não deixar errar,-mas lambem não in– tervem na interpretação _ individual que cada um sinta para dar a um mesmo modelo. · · · · Cada um aqui .é uma consciencia. Sabemos que se assemelhem os désenhos em .seu aspecto de conjuncto, porque o mestre é um só; elles não são iguaes porque cada um tem a sua _individualidade caracterizada. Para esses trabalhos, senho11es, eu não ·vos peço indulgencia; pe– ço-vos apenas que, antes de os julgardes, retlectaes que é o producto de crianças, de seus cerebros . que desabrocham, de stias mãos ainda in– experientes. O que ides ver alli não é mais do que a sinceridade e sin– geleza dessa sensibilidade delicada e subtil, .latente e viva que f o gos– to artístico por tudo o que nos cerca. Si o cerebro despertado sente emoções novas e inexplic::rveis, a mão, certo, muitas vezes, ainda não afeita á pratica adquirida com os annos, não consegue satisfazei-o; dahi ·esses pequenos senões no aca– bamento das obras infantis. Não ride; é assim mesmo a verdade es– pontanea que trata das .almas juvenis e que as pequenas mãos gra– fam com sinceridade e originalidade. São esses os verdadeiros dese– nhos de crianças. Aquillo não é mais que o embryão de onde amanhã desabrochará o artista de que a nossa Patria tanto precisa, seja elle o operario da Grande Arte ou da indispensave1 Arte Applicada. Emquanto o catalogo extrangeiro se impuzer dentro das, nossas officinas, não teremos nós a nacionalização da Arte Brasileira. E aqui, senhores, cada cerebro tem a mais ampla, a mais segura liberedade de pensar e de dirigir a mão para executar .com orgulho aquillo que lhe é proprio, aquillo que é seu. Exm. Sr. Dr. Antonino de Souza •Castro, digníssimo Governador do Estado, ·a vossa presença pessoal é um co9forto, é um estimulo aos que querem -evoluir pelo esforço, intellectual e eu, em nome dos jovens expositores, vos agradeço. Sr. Dr. Arthur Porto, tu duca, tu signore, e tu maestro, a vós, mais a ninguem, cabem os mais vehementes applausos pela grande obra de -civismo que construis, com os nossos dedicados companheiros, e de que ~ Exposição Escolar de 'Desenho é um . dos seus mais solidos exemplos. _ . BRASIL idolatrado, os que aqui trabalhaI!l te saúdam. Resta dizer algo sobre a ultima das nossas Exposições feita na ausencia do distincto professor Theodoro Braga, então licenciado e substituído por seu ex~discipulo · e adjun- cto, Dr. Edgar Porto. · · Sobre esta, que foi a 14.ª, realizada a 7 de Se~embro do anno passado, assim se exprimiu a « Folha do Norte n. «Durante tres lustros, o Collegio «Progresso .Par11-enseJ , ,nas suas exposições annuaes de de– senho e arte decorativ;a, não deixou uma vez sequer de otrerecer á apreciação dos que entre

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