PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: 70 ~i PROCESSOS PEDAGOGICOS ~.,!_ -r: =~ 5111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111:, nutenção de bons · habitos ·de v-ida e de trabalho, de modo que todo o tempo é preenchido numa justa proporção entre os estudos, os. recreios, a hygiene e o repouso. Procuramos, antes de tudo, dar aos nossos alumnos uma vida intensa para livrai-os de pensamentos e habitos malsãos, fiscalizando seus lazeres para encorajal-os e defendel-os contra tudo que possa violar os princípios da bôa educação, cuja principal base é a moralidade das acções. Em vez de uma auctori– dade mecanica, elles têm de ser conduzidos pela conscien– cia dos deveres, no seu proprio interesse. Usamos admoes– j:al-os, justificando sempre a prohibição dos actos que lhes são desfavoraveis. Bem cedo fazem elles uma iníciação litteraria em livros de bôa leitura ou sejam contos, viagens e romances, manu– seados em horas proprias, para que o habito ·dessa lei– tura possa radicar-se, apurar o bom gosto do vernaculo e concorrer para uma auto-educação post-escolar. A eliminação do que possa causar escandalo é imposta como um dos primeiros en-sinamentos moraes. Quem ouvir ou !obrigar palavra ou acto inconveniente e condemnavel, escripto ou não, fará o possível de evitar que chegue ao co– nhecimento de outrem, .ora apagando uma inscripção, ora condemnando um mau gesto, na consciencia de que pra– tica um dever Iouvavel, segundo o bom criterio do educador. No que concerne ás relações com as suas collegas, -procedemos ainda como João Aicard, para quem os adoles– centes devem ser acostumados- a se considerarem protecto– -res cavalheirescos das jovens em geral, especialmente das suas companheiras de estudos, não vendo nellas seres ex– tranhos nem objecto de curiosidade constante ou maliciosa. Já uma vez dissemos que a propria coeducação de mo– ços e moças parece influir bem na formação: moral de to– dos, pois eu não creio .na heresia ·de quem, talvez por não ter competencia para educar moças, condemnou a coeducas -ção entre nós, avançando que ella dá maus resultados, por :força de nosso clima e de nossa raça, tornando os alumnos _inclinados aos maus pensamentos e actos. Este modo de edu– _car é uma idéa vencedora entre os povos de raça germa– -nica, na Allemanha, Suissà, Suecia, Inglaterra e parte da Norte-America como tambem -na propria França, onde o ~problema foi tantas vezes discutido. E ella veiu a ser ac– ceita e proclamada .no 2.° Congresso Internacional de obras e instituições femininas, reunidas em Paris em 1900. Em nosso .pe,gueno campo de cultura escofar posso affir.mar que temos tiracfo b.om resultado da coeducação. As al~mnas _acompa– nham e~até atgumas _vencem _os seus co~panheirq,s em e_s_-
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