PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

:111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: 60 ~)~ O ENStNO EDUCATIVO NO PARÁ · ~~ :1IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHllllllllllllllllllllll.llllllltllllllllllllllllllllllllllllllllll= thezouros do Brasil, havefa de mostrar-lhes tambem os gran– des erros do passado, como os do presente, e quaes as ne– cessidades mais vitaes a satisfazer. Effectivamente, além da questão moral que interessa de perto a familia, a saúde e a vida util, ameaçada pela corrupção dos costumes actuaes, pela qual, com surpreza, vemos desgráçadamente attingidos alguns adolescentes, ha a questão economica que interessa o nosso credito, no exte– rior, e a nossa prosperidade, no interior, .e a questão social que env9lve interesses de todas as ordens. E' ·preciso que prepareis os futuros cidadãos para uma luta titanica em que o Brasil não deve ficar vencido, por– que teria que desapparecer nessa multipla concorrencia com o extrangeiro, convindo, desde logo, mostrar-lhes a marcha a seguir e as nl'elhores posições estrategicas a occupar, nesse combate estupendo e singular. O proprio desenvolvimento das nossas industrias, como jl;i se tem reclamado sem echo, demanda uma edúcação especial ·dos operarios brasileiros, para que, a par da habilitação technica, m(:l,ntenham seus de– veres, seus direitos, suas convicções e sua operosidade, su– bordinados ao sentimento nacional. . Como sabeis, essa agitação extraordinaria que Yves Guyot chamou « a comédia socialista», já se transformou numa tragedia anarchisante e devastadora; essas lutas de classes travadas internamente, que se -explicava pela lei da 'selecção natural de Darwin" e que hoje o socialismo procura abolir violentamente por uma acção commum entre todos os homens, devem por vós ser bem comprehendidas e bem en– sinadas para não desvairarem os moços, mais tarde. E' preciso assegurar a todos, como pregava Karl Marx, uma instrucção proporcional que os ponha no caso de estu– darem a sciencia fazendo-os adquirir capacidades especiaes, _concordes com suas aptidões, uma instrucção que adapte o trabalhador ás multiplas exigencias do trabalho, e o ensino a ministrar aos vossos discipulos, devendo faz'er justiça ao proletariado, deve tambem prevenir a defesa da proprieda– de, da familia, das religiões e do proprio Estado; deve com– bater e condemnar o arrazamento de instituições sociaes, que se formaram historicamente, numa lenta evolução e têm dado os mais bellos fructos á humanidade, entre as nações vivazes. Nessa magna questão de analphabetismo e de ensino moral e profissional da nossa . gente, a propaganda dos pro– fessores precisava ter a extensão e a •força daquelles deno– dados agitadores christãos do chamado e< exercito da salva- J

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