PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:11111~1111n111111111111111111111111111111111\11111111111111111111111111111111111111111111111111: ~)~ O ENSINO EDUCATIVO NO PARA , ~{( ·. 5111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111:! em pedagogia não é o que se vê materialmente ( diplom.as , çertificados, etc.), mas o caracter moral cuja cultura e_lle diz que se faz, sobretudo ·nas escolas primarias e nos lyceus. e collegios de toda ordem. (15) Discordamos, porém, quandQ abre excepção para as escolas especiaes ou faculdades de sciencias, onde um professor « fait son c<;>urs ex cathedra, 1?ans se préoccuper des sentiments que ses explications pe1,1- vent faire naitre dans le creur de .ses _auditeurs ». Para nós, o mestre terá sempre de tomar p~rte activa no moral do alumno, por _p~lavras e obras. . Ainda mais : Ha escolas em que se não distingµe qual p ensino primario e qual o secundariq; ha outras em que os alumnos são electrizados, para satisfazerem vaidades tôlas_ e figurarem no curso secundario, onde parece que o mestre fica mais livre de responsabilidade, levando-os a se aventu– rarem nos exames officiaes de preparatorios. Taes aggra– vos feitos ao ensino dos nossos compatriotas deveriam con– stituir crimes capitulados no Codigo Penal. E ainda são pa· gos ! Poderíamos carregar mais.. o quadro de côres fiegras se fossemos analysar o ensino dado por certos . mestres ex· trangeiros, religiosos ou leigos, que desconhecem a noss~ língua e que, mesmo na sua, mostram-se incapazes de pro– duzir uma lição, uma palestra, um trabalho qualquer de JJ]e'. recimento pedagogico. . . , . _ Entre os grandes pensadores norte-americanos dos ul~ timos tempos1 Emerson, William James, ~-Theodoro Ro9se..: yelt, os dois ultimos occuparam-se com q problema da edu– cação moral, influenciados _por suas theorias sociologi~~s pessoaes; ínas ha um ponto em que elles se encontram para falar á consciencja de todos,- a actividade incessante, ho– nesta e creadora, proveitosa ao individuo: e á Patria. James diz: « Não ha caracter mai~ desprezível do que o do homem sem energia alguma_, sentimental e sonhador, que passa a vida afogado em emoções, sem praticar uma acção viril.n (16} _ E Rooselvelt, por sua vez, declarf\ que se lhe fQsse dado escolher entre a instrucção e a energia mor~l pa,ra actos nobres, elle não hesitaria em preforir esta; que um hq– mem instruído deve sempre se _apresentar como bom ciçla~ dão e com a consciencia de que só valer·á pelo merecimento real de suas obras e se viver armado ge corage_m, de re~9- lução e de força d~ resistencia para combat~r o mal; que a~ suas virtudes devem ser fortes com:o a do soldado no ca,_m– po de batalha; que, se adn,iiramos os gri:tndes oradores e o$ (15) V. «Philosophie __de l'Éducation•,. pag. 49. e 89. _ . (16) Cit. «Causerjes Pedagogiques». t1
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