PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
r r :IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHllllllllllllllllllllllllllflllllllllllllllt: ➔~ O ENSINO EDUCATIVO NO PARÁ ~~ 5,1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111u11111S 57 rnda um. E ahi estão as exposições officiaes e as particula– res desses trabalhos escolares para confirmar a excellencia do methodo moderno, condemnandõ-se a rotina dos profes– sores refractarios. Quanto á Instrucção Moral e Civica, o programma traz instrucções tão eloquentes e exactas que, diante dellas, não precisaremos recorrer ao estudo da pedagogia das emoções e das inclinações pessoaes e- moraes, para encaminhar ou formar o caracter dos alumnos. Nessas palestras, o mestre encontrará um fecho de ouro para encerrar a sua obra edu– cativa das faculdades moraes dos infantes. · Em synthese, e dispensando-nos de tratar das outrqs materias, estamos em affirmar, sinceramente, que os actuaes programmas de ensino primaria honram ao Estado e ao go– ver_no republicano do Pará. ,Mestres incapazes O que desmoraliza o ensino não é, portanto, essa ques– tão de programma e de disciplina escolar, mas sim a igno– rancia dos methodos pedagogicos ou a incapacidade de en– sinar por elles, de accôrdo com a sciencia da educação; o que a prejudica, quanto -a reformas, será talvez a instabili– dade de planos ou de systemas e não -a de detalhes, quando interrompem ou transtornam os bons habitas a seguir na cultµ_ra das faculdades dos_educandos. · Prejuizo de maior monta occorre sempre quando ha quem não os comprehenda, os não acate ou execute fielmen– te, deixando de concorrer, sob o_ponto de vista duma acção patriotica, com o seu contingente para que se realizem os fins legislativos e nacionaes. Não falamos do professor .inerte, descrente ou incapaz de_, ensinar, porque não o admittimos em actividade; referi– mo-nos a todos aquelles mestres, -publicas ou particulares, que possam desvirtuar a nobre missão, considerando-a um simples meio de vida ou uma empreitada para ganhar di– nheiro, explorando a vaidade imbecil de . certos paes d~ fa– milia que não comprehendem ·o ensino ou não têm ideaes; áquelles professores que desprezam os interesses da educa– ção, rebaixando-se em dar um vislumbre de conhecimento reclamado para certo fim particular, sem se preoccupar corri o caracter moral do individuo, antes armando-o da coragem de enganar o proximo ou o poder. publico e;privando-o da maior felicidade humana-a virtude do trabalho util, da sã consciencia .e do patriotismo. Eduardo Rrehrich, como ,todos os educacionistas adiantados, ensina que o verdadeiro exito
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