PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

:11111n1u1111111111111111111111111111n11r11111111111111111111111111111111111111111111111111111:- ~)i O ENSINO EDUCATIVO NO PARÁ t( 5111111111n11nu1111111i1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111.S Rio de Janeiro, ôccupóu-se do problema fo:túiti vo '.de 'ii0ssa: língua, Já as escolas publicas do Pará . tinham abandonado; os velhos moldes Por nossa parte, em nosso . Collegio,,: sem-, pre promovemos torneios de recitação de poei:;ias e de, Jei-. tura de trechos de .prosa litteraria,, betn escolhidos~:.~ e; para assumptos de ·composição, sempre prefe'dmos os éapazes . de. inspirar trabalhos originaes, desenvolvendo: a s .idéa:s como os sentimentos moraes e creando um estylo exponta'neo. No Curso Elementar, esses themas são tirados de · quadros rriu– raes; e, no, .Complementar, alem delles, · costuOJ,amos pedir , por exemplo, a historia de . um menino preguiçoso· ou .des-: 0bedien(e,• a opinião sobre a melhor carreira a seguir ou s.o- · bre : o emprego duma fortuna a d.esfructar, etc. E •é;de v:er a naturalidade com que cada alumno manifesta desejos.,.e, convicções e até mesmo certo humor atravez do desalinho · litterario a .corrigir. Como exemplo, aqui transcrevemos uma· destas composições, publicada na « Folha Escolar n, de 7 de Setembro de 1917 : · ·:; .. O MENINO .GULOSO .. j ~ '. ' ,:_· . ..., ; . , Rodolpho bello menino, apezar de calmo ·:-& forte, i:ira guloso .como um ga to. Logo de ma;,, nhã, a ntes de ir par,:1 o collegio, e nc hi a os bol 7 sos a transborda r de doces, fructas e out ras gq,, loseimas; e, se po r acaso algum dós seus co1Je<,: gas lh 'as ped ia, dava- lhe um ctmlr'a e fugia, che_,; gando ao ponto de tra nca r-se :ll O qual'to da rou 0: pa de gymnastica _e comel:-as_ .~) t~, aca,b_ai:em. / J .Uma vez , comeu .quasi um qua rto dum queia. jo fl amengo, e .tal éfa â gulodice. qu e· nem as cascas esca pa ram. -O"ahi a ,Pouco·, .o ' menino es'.. 1 lava pallido como défurit 9,·;~emia .com·:dóres _nól estomago e, obl eQdO · li ç_eq_ça . de ,sEm, professor, retirou- se. Em éasa qu eixou-s~ _á ·s ua :m ãe d0,c qu e um gré!nd e desa rranjó •faz. ia-o c-o·rr'er~ mui~' t as vezes, para certo qua r to, ::e- eHa, ·por castigo' e co nselho nredico,"obrigou-o .a. passar. oilo dias; a sueco de Ja ré!nja, . _.:: ~ ._.. Collegas, não devemos ser g~losos 1 .ao me nos pa1'a .não soffr~r taes jej uns ·f cahir ainda em r idiculo, de que só as pessoa~. gra ndes sab~m. escapar ..• R AUL C OIMBRA (ven cedor'.do 6.'? anno).. . - ' , ~ . Q_uantó ao qesenho, o novo programma é muitq .supe-: i:iór .ao_antigo, permittindo ao professor ·esperar resultados çertos, e admfraveis, conforme a intelligencia e temperamen-. tQ ;dQs álumnos,_ porque o ·methodo . nelle ;apontado tem '. O> tr!.e.smo m~recimento ,psychologico do _pro.cesso maturai .de, Pestal?zzi _ou>- do .educativo de He_rl,~rt, po~endo-_se .v'~rificac, a personahdaae e o . progresso nos trabalhos graph1~os de

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