PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
,.. - :111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: /2i O ENSINO EDUCATIVO •NO PARÁ !~ S11111m11111111111111111111111111111111111111111111u111111111111111111'111111111111111111111111i imbuido 'do espírito do ensino educativo. · Basta attender á parte relativa ao estudo da nossa lingua, desde o .moderno methodo natural da sentenciação até aos exercícios evolu– tivos de composiçao e de expressão. Reputamos uma victo– ria o novo methodo de sentenciação, embora adoptado fa– cultativamente. Arnaldo Barreto, aliás antigo adepto do me– thodo phonic0 ou de syllabação, · defende a- conhecida crea- · ção de João de· Deus, dizendo que; sendo innumeros os vo– cabulos e . por ·isso impossivel gravai-os na .memoria, a cre– ança deve aprender pela syllaba que reconhecerá .em cada novo vocabulo, Mas diz elle com razão, que decorar sylla– bas-'-esses elementos inexpressivos--é um recurso · pedago– gico puramente artificial e, peor do que isso, um processo contrario á marcha natural do espírito da creança, na . apre– hensão de idéas; que esse methodo contraria em absoluto as leis historicas de evolução do cerebro humano as quaes a creança tem de reproduzir :no decurso do seu desenvolvi– mento. E João Kopke acrescenta. ((Não ha nexo logico e tudo se esgarça .nos espinhos das lettras e syllabas)) Que fa– culdades desenvolve o antigo methodo synthetico, pergunta · ~quelle operoso mestre? Ao aprender p_or elle, o espirito da Griança violentado sobre a parte abstracta e convencional do vocabulo só•attinge a idéa depois de realizar operações sub– sidiarias de valor nullo como educativas, porque precisa conseguir da me.moria a fixação das syllabas, graphica e pho– neticamente, e que a attençao as reuna e corporifique no vo– cabulo. •E conclue: «Se a ·marcha natural do espirito é ou– vir para entender, entender para falar e falar para que se entenda, o processo do ensino deve ser-mandar vêr para entender, entender. para lêr e lêr para que se entendan. ·Não podendo dar aqui maior desenvolvimento ao as– sumpto, recommendamos ao professorado o excellente livro <Palestras sol;:,re o .ensino)), por Francis Parker, que tambem se occupa do .ensino de outras materias do Curso .Elementar, cujos processos temos empregado com exito, a começar pelo de sentenciação, na leitura. . . . ~ãô se _deveni,,admittir id~as_ feitas, o decoram~nto, a Hmtaçao servil das escolas rotme1ras; o _professor pode dar os exercícios, de inspiração propria, em sua maneira de en- · tender, interpreta-r . e produzir, ensaiando gradativamente os alumnos nos generos da inv~nção, narração, descripção, bi– lhetes e cartas com a mesma liberdade competente por que os faz explicar e desenvolver themas de quadros muraes e o sentido das expressões, na leitur'1,, na recitação ou de- clamação. - ., Qua_.ndo Afrariio ,Peixoto, nmµa conferencia feita no
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