PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111,: ~~· ." O ENSINO EDUCATIVO NO PARA . ~~ !uu11111111111111111111111111HUIIIIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! parecer dàdo, em commurn com os illustrádos Drs. Hen– rique Santa Rosa e Manoel· Lobato, .sobre um trabalho de Historia, destinado ás escolàs publicas; consta a seguinte dou– trina methodologica por nós adaptada para o ensino dos in– fantes: «Trata-se de um estudo que põe em jogo todas as faculdádes da intelligencia, co:nvindo que o mestre, mesmo sabendo pouco; u,ze de bastante clareza e de imaginação para fazer revi verem os · factos passados; elle não deve somente contar esses factos, mas saber tambem exprimir idéas e pos– suir ri'lerito litteràrio para impressionar o discipulo, maximé quando se tratar de lições escriptas. Nesse sentido, deve-se dirigir mais á intelligencia do que á memoria, pois não raro se abusa dessa- funcção dó espírito com .prejuízo do ensino. Não se deve decorar o que se não . entende. . Tambem devemos ter. em vjsta, como requisito . essen– cial, no ensino da Historia, a filiação que os factos guardam entre si, para que o discipu:lo possf). comprehender quanto a vida de outr'ora está ligada á de hoje, sem perder de vista · tambem ª ' utilidade desse estudo como grande auxiliar da etiucação cívica. Falando ou escrevendo, o mestre ·tem de convidar os seus ·discípulos a contarem e apreciarem os factos, julgando-. os em suas circumstancias ' e em seus .effeitos, · justificando-os com os factos anteriores e comparando-os com outros, si· tanto for possível. Não se deve desprezar o :que toca aos costumes, ás ar– tes e á civilização, mesmo tratando-se . do chamado methodo biographico, que não quer dizer que tudo seja attribuido a um heróe ou pessoa predestinada. . . . . Em lições escriptas, sobretudo, a leitura deve ser .uti– lizada como elemento de educação, ao mesmo tempo intel– lectual e moral, e como meio de dar. ao ensino o movimen– to e a vida. Jonathas Serrano, ,aliás invocado nasânstrucções officiaes do programma de Historia, .diz o seguinte : «O .que a· criança pode e ·deve aprender são os aspectos pittorescos e sugestivos do passado, os grandes feitos, as emprezas glo-: riasas e heroicas, Diga-se-lhe, em pbrases claras e simples, como eram aquellas sociedades, quaes os seus usos, a vida: publica e domestica, o que já conheciam de mais importante• nas industrias, nas artes, nas sciencias, comparando sempre com o que hoje temos». (Methodologia da Historia na aula, primaria, pag. 34.} V. «Folha do Norte » de 7 de Junho de. 1919 .. · . No entanto os actuaes prog~ammas de ensi~_o deixalll. ao professor ampla liberdade para · iniciativas felizes e ma– nifestação da sua personalidade,. justamente porque se acha • t
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