PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
42 51t1IIIIIIIHIIIIIUllllllllllllllllllllllllllll1lllllltlllllllllllllllllllllllllllltllHIIIIIIII= ~)~ O ENSINO EDUCATIVO NO PARÁ ~< :1111111i1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111~11111111111111: lhor ·aparelhada do que nós, neste sentido, a Argentina já pos– sue cinco desses grandes institutos de ensino superior, de que nos dá noticia Oliveira Lima, depois de visitai-os, descre– vendo a vida que nelles borbulha., ;com o de La Prata á frente, seguindo os melhores modelos. (4) Effecti vamente, desses centros de actividade culta poderíamos sempre lançar o olhar, livre e desapaixonada.mente, sobre todo o paiz, jul– gar das suas necessidades geraes, propagar idéas salvado– ras e, sobretttdo, promo"er a nossa fraternização com as ou– tras nações; e, assim, interessando-se a mocidade estudiosa e patriotica em todos os problemas nacionaes, deiles havia de partir maior movimento de espirito fecunda~te em todas as direcções do Brasil. A respeito da Inglaterra, disse um professor: « Oxford póde ensinar a -um gentleman como elle deve ser inglez ! )) . J\ questão do analphabetisrno Povo e governos temos desCcurado os interesses patrios, por vezes entretido lutas ~stereis, quasi abandonando aos ex– trangeiros a exploração das nossas riquezas e industrias na– cionaes e deixando de apertar todos os laços de . solidarie– dade, em prol do. levantamento da nossa gente, por meio do ensino educativo, profusamente disseminado, cor:no dissemos. Isto lembra logo os males provenientes do analphabetismo. E' sabido que, desde o cangaceiro do sertão nortista, desde o seringueiro englebado no valle do Amazonas, desde o ro– tineiro lavrador dos nossos campos att; ao mau operario, ao vicioso, ao vagabundo de tod;1.. parte, encontra-s~ de norte a sul, estampado na fronte: desses brasileiros infelizes, como um signal maldito, este estigma da ignorancia e falta de in– strucção profissional nos misteres da vida util e, em muitos, o esquecimento dos proprios deveres familiares; de sorte que uma grande parte do povo acha-se 1:,tssim inferiorizada e dis– tanciada por um immenso atrazo e a nação retardada na sua •marcha de progresso. Tudo isso é incontestavelmente muito grave, mas não devemos desanimar deante desse e de outros feios aspectos vitaes. Por iniciativa patriotica, devemo-nos empenhar em sanar esses erros de tantos governos pondo os apedeutas sob a influencia de escolas idoneas, para que pos– sam bem servir a patria, e ficará conj_urado o grande peri– go. Porquanto, não devemos esquecer que a critica de José Veríssimo, onde aliás se lê com agrado muitos conceitos va– liosos e justos, constitue hoje U\11 documento retrospectivo, (4) V. "Na Argent ina " pelo ci tado escrip tor. i •
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