PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:1111111111t11111111111111111111111,1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: 40 -~;~ O ENSINO EDUCATIVO NO PARA ~~ E.1111111111111111111111111111111111111.11111111111111111111111111111111111111111111111111111111115 buzes. Cita, com acerto, pelos serviços prêstados, Nobrega, Anchieta, Antonio Vieira e outros mais e, para maior orgu– lho nacional, Lourenço de Gusmão, João Ribeiro Pessoa, Diogo Feijó, Mont'Alverne e João Manoel. Por sua vez, Viriato Corrêa, desenvolvendo o assum– pto, no mesmo sentido, salienta os padres revolucionarias de 1720 e 1789, de 1817, de 1824 e, sobretlldo, os patriotas que trabalharam para a nossa independencia de 1822, como Ja– nuario da Cunha Barbosa, frei Sampaio, Ildefonso Xavier, Amaral Gurgel e outros. E nós, em synthese, poderiam·os di– zer que os padres nacionaes quasi monopolizaram, em -tem– pos, o cultivo das artes e lettras. E foram bons pioneiros do ensino no Brasil, de accôrdo com os dogmas _catholicos. , Portanto, houve uma escola brasileira, qu_e, d'algum modo, sempre influiu no - caracter das classes sociaes, me– lhor do que suppunha ou entendia aquelle talentoso critico. Concordando com seu ponto de vista chegariamos a rebaixar, talvez, ·a propria nacionalidade, cujos principaes elementos, o portuguez, o africano e o indígena, produziram gerações que não degeneraram, apezar da mestiçagem, af– firmando o seu merecimento em varias pontos do paiz. No ensino cívico que ministramos, solidaria com as idéas de Affonso Celso e outros mestres, pomos sempre em relevo o primeiro elemento; porquanto, entre os colonos por– tuguezes, muitos eram fidalgos, administradores honrados e homens de brio, ao contrario do grosso dos ociosos e mais aventureiros vindos á procura de fortuna facil, na terra in– cuh.a. Sem sermos nacionalista exagera.do , comtudo não po– demos .concordar com o egregio sociologo pernambucano Oliveira Lima que, ainda ha pouco, na imprensa d'alli, tra– tav_a de acalmar os animas irrequietos na campanha, pre– gando a concordia com os lusos, sobretudo pela gratidão que lhes deve exclusivamentê o Brasil contemporaneo. -Quan– do se sabe que até mesmo a influencia physica e aspecto geral da natureza contribuem para a civilização dos povos e que aquelle grande escriptor brasileiro é um declarado e .gratíssimo filho de portuguez, vê-se logo que só se colloca no extremo opposto, impulsionado mais pelo coração do que pelo cerebro . Para nós, a figura de Estacio de Sá, abandonado aos seus proprios recursos e energia, resistindo aos francezes, no Rio de Janeiro, por dois annos, chegando a sacrificar-se, privando-se dos seus navios, porqµe os vis companheiros pre– _tendiam fugir; a de João Fernandes Vieira, em Pernambuco,, .lutando contra os hollandezes, e a de Martim- Soares Mo– reno e Pedro Teixeira, inician90 a colonização do norte até •
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